Fatores prognósticos para sobrevivência após transplante de medula óssea em portadores de anemia aplástica
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24697 |
Resumo: | Introdução: A anemia aplástica (AA) é uma doença rara, com alta letalidade e potencialmente curável com o transplante de medula óssea (TMO). A literatura médica em população brasileira é escassa. Objetivos: Analisar os fatores prognósticos associados à mortalidade global e por causas específicas, falha do enxerto secundária e doença do enxertocontra-hospedeiro (DECH) aguda e crônica. Metodologia: Coorte retrospectiva de todos os pacientes portadores de AA grave adquirida submetidos à TMO no Instituto Nacional de Câncer no período de 1984 a 2010. Foram calculadas taxas de mortalidade até 100 dias pósTMO, por período de realização do transplante, comparadas com regressão de Poisson. Foram estimadas funções de sobrevivência pelo método de Kaplan-Meier para a população global e estratificada em algumas variáveis, comparadas com teste de Log-Rank. O efeito das covariáveis sobre os diferentes desfechos foram estimados por regressão de Cox, com variáveis tempo-dependentes e modelagem para riscos competitivos. Resultados: Foram incluídos 126 pacientes. A idade mediana foi de 20 anos. A sobrevida global em cinco anos foi de 52% (IC 95%: 44-62%), sendo superior para aqueles com idade menor que 20 anos (64% versus 37%, p<0,01). A causa mais comum de óbito foi infecção. As incidências de falha primária e secundária de enxerto foram de 5,7% e 10%, respectivamente. As incidências da DECH aguda grau II-IV em 100 dias e da DECH crônica moderada-grave em cinco anos foram de 30% e 20%. A taxa de mortalidade nos primeiros 100 dias foi significantemente superior nos anos de 1991 a 1995, período também associado ao maior risco de óbito global e especificamente por infecção. Outros fatores de risco significantes para o óbito global foram: idade maior que 20 anos, DECH aguda e DECH crônica. Na análise multivariada, apenas a DECH aguda perdeu significância. A idade maior que 20 anos esteve independentemente associada ao óbito por DECH até o D+120, enquanto a utilização de radioterapia no condicionamento aumentou o risco de óbito por DECH a partir do D+120. O uso prévio de ATG associou-se ao óbito por falha secundária. O transplante com doador não aparentado associou-se ao risco de óbito por falha secundária e surgimento de DECH aguda. A ocorrência de DECH aguda representou forte fator de risco para surgimento de DECH crônica. O período de realização do TMO de 2006 a 2010 associou-se a proteção da DECH aguda e ao risco de óbito por falha secundária. Discussão: A sobrevida global alcançada nesta amostra foi inferior à maioria dos estudos. Há em nossa amostra, excesso de mortalidade precoce e por infecção no período de 1991-1995, refletindo a realização de alguns transplantes fora da unidade apropriada, devido à realização de obras na mesma. Observamos efeito deletério da DECH crônica, o que foi até o momento pouco relatado na literatura em populações semelhantes. A mudança do ATG de cavalo para coelho parece estar relacionada a redução do risco de desenvolvimento de DECH aguda e aumento do risco de óbito por falha do enxerto, com consequente piora na sobrevida global. Esta hipótese necessita ser reavaliada em estudos futuros. Finalmente, a utilização de metodologias estatísticas mais sofisticadas permitiu a captação de resultados, que sob nova óptica, cooperam para validação dos mesmos. Considerações finais: Há necessidade de ampliar estudos com estas características na população brasileira, a fim de identificar singularidades e semelhanças a estudos internacionais. É fundamental que o SUS disponha de indicadores de qualidade, como taxas de sobrevida e qualidade de vida, para que se façam ajustes necessários em programas de alta complexidade e custo, como o TMO. |
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Sousa, Adriana Martins dePacheco, Antonio Guilherme Fonseca2018-02-05T13:51:54Z2018-02-05T13:51:54Z2012SOUSA, Adriana Martins de. Fatores prognósticos para sobrevivência após transplante de medula óssea em portadores de anemia aplástica. 2012. xvii,94 f. Dissertação (Mestrado em Epidemiologia em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2012.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24697Introdução: A anemia aplástica (AA) é uma doença rara, com alta letalidade e potencialmente curável com o transplante de medula óssea (TMO). A literatura médica em população brasileira é escassa. Objetivos: Analisar os fatores prognósticos associados à mortalidade global e por causas específicas, falha do enxerto secundária e doença do enxertocontra-hospedeiro (DECH) aguda e crônica. Metodologia: Coorte retrospectiva de todos os pacientes portadores de AA grave adquirida submetidos à TMO no Instituto Nacional de Câncer no período de 1984 a 2010. Foram calculadas taxas de mortalidade até 100 dias pósTMO, por período de realização do transplante, comparadas com regressão de Poisson. Foram estimadas funções de sobrevivência pelo método de Kaplan-Meier para a população global e estratificada em algumas variáveis, comparadas com teste de Log-Rank. O efeito das covariáveis sobre os diferentes desfechos foram estimados por regressão de Cox, com variáveis tempo-dependentes e modelagem para riscos competitivos. Resultados: Foram incluídos 126 pacientes. A idade mediana foi de 20 anos. A sobrevida global em cinco anos foi de 52% (IC 95%: 44-62%), sendo superior para aqueles com idade menor que 20 anos (64% versus 37%, p<0,01). A causa mais comum de óbito foi infecção. As incidências de falha primária e secundária de enxerto foram de 5,7% e 10%, respectivamente. As incidências da DECH aguda grau II-IV em 100 dias e da DECH crônica moderada-grave em cinco anos foram de 30% e 20%. A taxa de mortalidade nos primeiros 100 dias foi significantemente superior nos anos de 1991 a 1995, período também associado ao maior risco de óbito global e especificamente por infecção. Outros fatores de risco significantes para o óbito global foram: idade maior que 20 anos, DECH aguda e DECH crônica. Na análise multivariada, apenas a DECH aguda perdeu significância. A idade maior que 20 anos esteve independentemente associada ao óbito por DECH até o D+120, enquanto a utilização de radioterapia no condicionamento aumentou o risco de óbito por DECH a partir do D+120. O uso prévio de ATG associou-se ao óbito por falha secundária. O transplante com doador não aparentado associou-se ao risco de óbito por falha secundária e surgimento de DECH aguda. A ocorrência de DECH aguda representou forte fator de risco para surgimento de DECH crônica. O período de realização do TMO de 2006 a 2010 associou-se a proteção da DECH aguda e ao risco de óbito por falha secundária. Discussão: A sobrevida global alcançada nesta amostra foi inferior à maioria dos estudos. Há em nossa amostra, excesso de mortalidade precoce e por infecção no período de 1991-1995, refletindo a realização de alguns transplantes fora da unidade apropriada, devido à realização de obras na mesma. Observamos efeito deletério da DECH crônica, o que foi até o momento pouco relatado na literatura em populações semelhantes. A mudança do ATG de cavalo para coelho parece estar relacionada a redução do risco de desenvolvimento de DECH aguda e aumento do risco de óbito por falha do enxerto, com consequente piora na sobrevida global. Esta hipótese necessita ser reavaliada em estudos futuros. Finalmente, a utilização de metodologias estatísticas mais sofisticadas permitiu a captação de resultados, que sob nova óptica, cooperam para validação dos mesmos. Considerações finais: Há necessidade de ampliar estudos com estas características na população brasileira, a fim de identificar singularidades e semelhanças a estudos internacionais. É fundamental que o SUS disponha de indicadores de qualidade, como taxas de sobrevida e qualidade de vida, para que se façam ajustes necessários em programas de alta complexidade e custo, como o TMO.Introduction: Aplastic anemia (AA) is a rare disease with high mortality and is potentially curable with bone marrow transplantation (BMT). The medical literature is scarce in the Brazilian population. Objectives: To analyze prognostic factors associated with overall and cause-specific mortality, secondary graft failure and acute and chronic graft-versus-host disease (GVHD). Methods: Retrospective cohort of all patients with acquired severe AA undergoing BMT at the Instituto Nacional de Câncer in the period of 1984 to 2010. Mortality rates up to 100 days post-BMT was calculated by periods of the transplant, and were compared with Poisson regression. Survival functions were estimated by the Kaplan-Meier method for the all population and stratified by some variables, compared with log-rank test. The effects of covariables on different outcomes were estimated by Cox regression with timedependent variables and modeling for competing risks. Results: A hundred twenty-six patients were included. The median age was 20 years. The overall survival at five years was 52% (95% CI: 44-62%), being higher for those aged under 20 years (64% versus 37%, p <0.01). The most common cause of death was infection. The incidence of primary and secondary graft failure was 5.7% and 10% respectively. The incidences of acute GVHD grade II-IV in 100 days and moderate-severe chronic GVHD in five years were 30% and 20%. The mortality rate in the first 100 days was significantly higher in the 1991 to 1995 period, which was also associated with increased risk of death specifically due to infection. Other significant risk factors for overall mortality were age greater than 20 years, acute GVHD and chronic GVHD. In multivariate analysis, acute GVHD has lost significance. Age greater than 20 years was independently associated with mortality due to GVHD until D+120, while the use of radiotherapy in the conditioning regimen increased the risk of death due to GVHD beyond D+120. Previous use of ATG was associated with mortality due to secondary failure. Transplantation from unrelated donor was associated with risk of death due to secondary failure and onset of acute GVHD. The occurrence of acute GVHD represents a strong risk factor for development of chronic GVHD. The timing of BMT from 2006 to 2010 was associated with protection for acute GVHD and risk of death due to secondary failure. Discussion: The overall survival achieved in this sample was lower than most studies. There were in our sample, high early mortality due to infection in the period 1991-1995, reflecting the outcome of some transplants which were performed outside the appropriate unit, due to construction works. We observed deleterious effect of chronic GVHD, which was in our knowledge little reported in similar populations. The change of horse ATG to rabbit ATG seems to be related to reduced risk of developing acute GVHD and increased risk of death due to graft failure, with consequent deterioration in overall survival. This hypothesis needs to be reassessed in future studies. Finally, the use of more sophisticated statistical methods allow collect results, that under new optical concur for their validation. Conclusion: Further studies of this nature are needed in the Brazilian population, to identify singularities and similarities to international studies. It is essential that the national health system has quality indicators, such as survival rates and quality of life, for making adjustments in programs of high complexity and cost, such as BMT.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porAnemia AplásticaTransplante de Medula ÓsseaAnálise de SobrevidaAplastic AnemiaBone Marrow TransplantationSurvival AnalysisAnemia Aplástica/mortalidadeTransplante de Medula ÓsseaDoença Enxerto-HospedeiroFatores prognósticos para sobrevivência após transplante de medula óssea em portadores de anemia aplásticaPrognostic factors for survival after bone marrow transplantation for aplastic anemiainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.Rio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALve_Adriana_Martins_ENSP_2012application/pdf2112261https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24697/1/ve_Adriana_Martins_ENSP_20121a30021c2ceb7e99452b2467444830f8MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24697/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXT731.pdf.txt731.pdf.txtExtracted texttext/plain205572https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24697/3/731.pdf.txt5cbebf9e355935eb406dd472e8fe7292MD53icict/246972023-01-17 11:14:30.683oai:www.arca.fiocruz.br:icict/24697Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-17T14:14:30Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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