Análise da qualidade da informação, potencialidades e limitações do indicador de mortalidade prematura por doenças crônicas não transmissíveis e sua utilização nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Jéssica Muzy
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/30218
Resumo: A taxa de mortalidade prematura por doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) é um indicador utilizado pela ONU para acompanhar uma das metas propostas para a área da saúde nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Seu uso para o monitoramento qualidade da atenção à saúde e bem-estar da população de 30 a 69 deve-se ao reconhecimento da evitabilidade da morte até esta idade. O indicador também é pactuado em políticas e programas nacionais como o Plano de Enfrentamento das DCNT e o COAP. Ele funciona como uma ferramenta para medir a eficácia e efetividade das ações de prevenção, tratamento e promoção da saúde. No entanto é fundamental verificar se as fontes utilizadas para estima-lo são confiáveis e de qualidade. Este estudo tem como objetivo geral analisar as potencialidades, limitações e a qualidade das informações epidemiológicas, demográficas e socioeconômicas utilizadas para o cálculo e uso da Taxa de Mortalidade Prematura (TMP) por DCNT, bem como a qualidade do indicador como ferramenta de monitoramento e planejamento das políticas relacionadas à redução da desigualdade socioeconômica e territorial. Foram utilizadas as informações de óbitos do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) para a população brasileira de 30 a 69 anos de idade de 2000 a 2014. Para a análise da qualidade das informações foi utilizado o indicador de proporção de óbitos por causa mal definida e a completitude das variáveis socioeconômicas do SIM. Para a análise da relação entre a mortalidade prematura por DCNT e desigualdade social e regional foram utilizados modelos de regressão logística, tendo como variável resposta os óbitos prematuros por DCNT e como variáveis independentes raça/cor, estado civil e escolaridade A TMP mostrou-se um indicador adequado e sensível para conhecer a situação de saúde da população e acompanhamento de políticas. No entanto deve-se atentar para seu uso em algumas abrangências geográficas aonde a qualidade da informação não é boa. Cerca de 63% dos municípios brasileiros apresentam qualidade adequada da informação da causa básica de óbito. A TMP para o Brasil na faixa etária de 30 a 59 anos foi de 181,0 para a faixa de 60 a 69 foi de 1045,4. A regressão logística mostrou resultados diferentes de acordo com regiões brasileiras. Ser branco aumentou ligeiramente as chances de morte prematura por DCNT (OR 1,267 IC 1,250-1,284), assim como ter escolaridade alta (OR1,256 IC 1,216-1,298). Ter apenas ensino fundamental mostrou um aumento um pouco maior na chance de morte por DCNT (OR 1,413 IC 1,368-1,458). Ser casado/união estável (OR 1,966 IC 1,938-1,994) e ser separado/viúvo (OR 2,002 IC 1,965-2,041) aumentou cerca de duas vezes mais a chance de morte prematura por DCNT. O SIM se mostrou uma excelente fonte de dados para estimar a TMP, apesar disso, a qualidade da informação de suas variáveis não é a mesma em todas as abrangências. Embora a maioria dos municípios brasileiros apresente boa completitude da informação da causa básica de óbitos, muitos ainda apresentam péssimo preenchimento, sendo necessário identificá-los para não estimar um indicador pouco confiável. A menor chance de óbitos por DCNT observada em populações consideradas mais vulneráveis na literatura é uma questão que deve continuar sendo investigada. Morrer menos por DCNT não pode ser considerado um proxy de melhora na atenção à saúde, visto que esses grupos populacionais podem estar morrendo precocemente por outras causas que não deveriam levar a óbito caso houvesse ação efetiva e oportuna da atenção primária do SUS.
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O indicador também é pactuado em políticas e programas nacionais como o Plano de Enfrentamento das DCNT e o COAP. Ele funciona como uma ferramenta para medir a eficácia e efetividade das ações de prevenção, tratamento e promoção da saúde. No entanto é fundamental verificar se as fontes utilizadas para estima-lo são confiáveis e de qualidade. Este estudo tem como objetivo geral analisar as potencialidades, limitações e a qualidade das informações epidemiológicas, demográficas e socioeconômicas utilizadas para o cálculo e uso da Taxa de Mortalidade Prematura (TMP) por DCNT, bem como a qualidade do indicador como ferramenta de monitoramento e planejamento das políticas relacionadas à redução da desigualdade socioeconômica e territorial. Foram utilizadas as informações de óbitos do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) para a população brasileira de 30 a 69 anos de idade de 2000 a 2014. Para a análise da qualidade das informações foi utilizado o indicador de proporção de óbitos por causa mal definida e a completitude das variáveis socioeconômicas do SIM. Para a análise da relação entre a mortalidade prematura por DCNT e desigualdade social e regional foram utilizados modelos de regressão logística, tendo como variável resposta os óbitos prematuros por DCNT e como variáveis independentes raça/cor, estado civil e escolaridade A TMP mostrou-se um indicador adequado e sensível para conhecer a situação de saúde da população e acompanhamento de políticas. No entanto deve-se atentar para seu uso em algumas abrangências geográficas aonde a qualidade da informação não é boa. Cerca de 63% dos municípios brasileiros apresentam qualidade adequada da informação da causa básica de óbito. A TMP para o Brasil na faixa etária de 30 a 59 anos foi de 181,0 para a faixa de 60 a 69 foi de 1045,4. A regressão logística mostrou resultados diferentes de acordo com regiões brasileiras. Ser branco aumentou ligeiramente as chances de morte prematura por DCNT (OR 1,267 IC 1,250-1,284), assim como ter escolaridade alta (OR1,256 IC 1,216-1,298). Ter apenas ensino fundamental mostrou um aumento um pouco maior na chance de morte por DCNT (OR 1,413 IC 1,368-1,458). Ser casado/união estável (OR 1,966 IC 1,938-1,994) e ser separado/viúvo (OR 2,002 IC 1,965-2,041) aumentou cerca de duas vezes mais a chance de morte prematura por DCNT. O SIM se mostrou uma excelente fonte de dados para estimar a TMP, apesar disso, a qualidade da informação de suas variáveis não é a mesma em todas as abrangências. Embora a maioria dos municípios brasileiros apresente boa completitude da informação da causa básica de óbitos, muitos ainda apresentam péssimo preenchimento, sendo necessário identificá-los para não estimar um indicador pouco confiável. A menor chance de óbitos por DCNT observada em populações consideradas mais vulneráveis na literatura é uma questão que deve continuar sendo investigada. Morrer menos por DCNT não pode ser considerado um proxy de melhora na atenção à saúde, visto que esses grupos populacionais podem estar morrendo precocemente por outras causas que não deveriam levar a óbito caso houvesse ação efetiva e oportuna da atenção primária do SUS.The premature mortality from chronic noncommunicable diseases (NCDs) rate is an indicator used by the UN to monitor one of the health goals proposed in the Sustainable Development Objectives (ODS). Its use for monitoring quality of health and population well-being from 30 to 69 years is due to the recognition of the avoidability of death up to this age. The indicator is also used in national policies and programs such as the Brazilian Plan for Confronting the NCDs and the COAP. It works as a tool to measure the effectiveness of prevention, treatment and health promotion actions. However, it is critical to verify that the sources used to estimate it are reliable and of good quality. The objective of this study is to analyze the potentialities, limitations and quality of the epidemiological, demographic and socioeconomic information used to calculate and analyze the Premature Mortality Rate (PMR) by NCDs, as well as the quality of the indicator as a tool for monitoring and Planning of policies related to the reduction of socioeconomic and territorial inequality. It was used death information of Brazilian population aged 30 to 69 years from 2000 to 2014 from the Mortality Information System (SIM). For the analysis of information quality, the indicator of the proportion of deaths due to ill-undefined causes and the completeness of the socioeconomic variables of the SIM were used. For the analysis of the correlation between premature mortality by NCD and social and regional inequality, logistic regression models were used, using premature death by NCD as dependent variable and as independent variables race / color, marital status and schooling PMR proved to be an adequate and sensitive indicator to perceive the health situation of the population and to monitor policies. However, attention should be paid to its use in some geographic areas where the quality of the information is not good. About 63% of Brazilian municipalities present adequate quality of information on the basic cause of death. TMP for Brazil in the age group of 30 to 59 years was 181.0 and for the range of 60 to 69 was 1045.4. Logistic regression showed different results according to Brazilian regions. Being white slightly increased the odds of premature death by NCDs (OR 1,267 CI 1,250-1,284), as well as having high education (OR1,256 CI 1,216-1,298). Having only elementary school showed a slightly greater increase in the chance of death by NCDs (OR 1,413 CI 1,368-1,458). Being married / stable union (OR 1,966 CI 1,938-1,994) and being separated / widowed (OR 2,002 IC 1.965-2.041) increased about twice more the chance of premature death due to NCDs. SIM has proved to be an excellent source of data to estimate TMP, despite the fact that the quality of the information of its variables is not the same in all the ranges. Although most Brazilian municipalities present good completeness of the information on the basic cause of death, many are still poorly filled, and it is necessary to identify them in order not to estimate an unreliable indicator. The lower chance of deaths due to NCDs observed in populations considered more vulnerable in the literature is an issue that should continue to be investigated. To die less for CNCD cannot be considered a proxy for improvement in health care, since these population groups may be dying prematurely for other causes that should not lead to death if there was effective and timely action of the SUS primary care.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porDoenças não transmissíveisObjetivos de Desenvolvimento SustentávelMortalidade PrematuraAnálise da qualidade da informação, potencialidades e limitações do indicador de mortalidade prematura por doenças crônicas não transmissíveis e sua utilização nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2017Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em SaúdeFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúdeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/30218/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALjessica_rodrigues_icict_mest_2017.pdfapplication/pdf1591348https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/30218/2/jessica_rodrigues_icict_mest_2017.pdfec89a5adf80ee611912e74e27f150e88MD52TEXTjessica_rodrigues_icict_mest_2017.pdf.txtjessica_rodrigues_icict_mest_2017.pdf.txtExtracted texttext/plain155355https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/30218/3/jessica_rodrigues_icict_mest_2017.pdf.txt82215377b0b12cfdd237dc6a442217e3MD53icict/302182018-11-28 02:02:14.258oai:www.arca.fiocruz.br:icict/30218Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352018-11-28T04:02:14Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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