Fatores predisponentes para infecção em pacientes portadores de fraturas expostas e criação de escore
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública |
Texto Completo: | http://www7.bahiana.edu.br//jspui/handle/bahiana/73 |
Resumo: | Os principais objetivos do tratamento ortopédico das fraturas expostas são a prevenção de infecção, estabilização da lesão óssea e restauração da função do membro. A prevenção da infecção, entretanto, representa a principal medida para que os outros objetivos possam ser alcançados. Objetivo. Identificar os fatores de risco associados à infecção em pacientes acometidos por fraturas expostas, utilizando a força de associação destes fatores para propor um escore que possibilite a estratificação do risco no atendimento inicial. Pacientes e Métodos. Uma análise retrospectiva foi realizada. O estudo incluiu todos os pacientes que foram submetidos ao tratamento da fratura aberta no Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), Salvador, Bahia, Brasil, de março a dezembro de 2009. Foram excluídos do estudo pacientes com fratura exposta do esqueleto axial (face, crânio, tórax), crianças abaixo de 8 anos e os que não permaneceram na unidade hospitalar por, no mínimo, um dia após o procedimento inicial, seja por óbito ou por transferência. Também foram excluídos pacientes com prontuário sem as informações buscadas no estudo. Os dados clínicos e demográficos foram coletados e os resultados foram divididos em dois grupos: pacientes com e sem infecção. Os dois grupos foram avaliados em busca de fatores associados que podem levar à infecção. Resultados. Foram estudados 122 pacientes. A taxa geral de infecção foi de 25,4%. Os pacientes oriundos do interior estavam mais predispostos a desenvolver infecção (61,3%), bem como aqueles com tempo de exposição superior a 24 horas (média de 30,3 h, p = 0,007). Fraturas classificadas como Gustillo III tiveram uma maior chance de infecção (74,2%, p = 0,042), principalmente a IIIB (41,9%). Fraturas classificadas como Tscherne II e III tiveram uma maior chance de infecção (48,4% e 25,8%, p = 0,001). Conclusões. Foi possível identificar que o tempo de exposição, a classificação da fratura segundo Gustillo e a classificação de lesões segundo Tscherne estão associados ao desfecho infecção em fraturas expostas. Também foi possível criar um escore de risco para predizer infecção nesse tipo de fratura (ERI), que pode ser utilizado no atendimento inicial do paciente, com sensibilidade de 0,840, especificidade de 0,544, ponto de corte de 6,5 e área sobre a curva de 0,709 (p = 0,002). |
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Os principais objetivos do tratamento ortopédico das fraturas expostas são a prevenção de infecção, estabilização da lesão óssea e restauração da função do membro. A prevenção da infecção, entretanto, representa a principal medida para que os outros objetivos possam ser alcançados. Objetivo. Identificar os fatores de risco associados à infecção em pacientes acometidos por fraturas expostas, utilizando a força de associação destes fatores para propor um escore que possibilite a estratificação do risco no atendimento inicial. Pacientes e Métodos. Uma análise retrospectiva foi realizada. O estudo incluiu todos os pacientes que foram submetidos ao tratamento da fratura aberta no Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), Salvador, Bahia, Brasil, de março a dezembro de 2009. Foram excluídos do estudo pacientes com fratura exposta do esqueleto axial (face, crânio, tórax), crianças abaixo de 8 anos e os que não permaneceram na unidade hospitalar por, no mínimo, um dia após o procedimento inicial, seja por óbito ou por transferência. Também foram excluídos pacientes com prontuário sem as informações buscadas no estudo. Os dados clínicos e demográficos foram coletados e os resultados foram divididos em dois grupos: pacientes com e sem infecção. Os dois grupos foram avaliados em busca de fatores associados que podem levar à infecção. Resultados. Foram estudados 122 pacientes. A taxa geral de infecção foi de 25,4%. Os pacientes oriundos do interior estavam mais predispostos a desenvolver infecção (61,3%), bem como aqueles com tempo de exposição superior a 24 horas (média de 30,3 h, p = 0,007). Fraturas classificadas como Gustillo III tiveram uma maior chance de infecção (74,2%, p = 0,042), principalmente a IIIB (41,9%). Fraturas classificadas como Tscherne II e III tiveram uma maior chance de infecção (48,4% e 25,8%, p = 0,001). Conclusões. Foi possível identificar que o tempo de exposição, a classificação da fratura segundo Gustillo e a classificação de lesões segundo Tscherne estão associados ao desfecho infecção em fraturas expostas. Também foi possível criar um escore de risco para predizer infecção nesse tipo de fratura (ERI), que pode ser utilizado no atendimento inicial do paciente, com sensibilidade de 0,840, especificidade de 0,544, ponto de corte de 6,5 e área sobre a curva de 0,709 (p = 0,002). |
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