Placas ósseas confeccionadas a partir de diáfise cortical equina na osteossíntese femoral em coelhos
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Pesquisa Veterinária Brasileira (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2013001000005 |
Resumo: | A evolução tecnológica tem possibilitado o desenvolvimento e o aperfeiçoamento de novos materiais para implantes. Apesar dos fundamentais benefícios providos pelos dispositivos ortopédicos, complicações decorrentes de corrosão, degradação, infecção, além de outras podem ocorrer. O entendimento das características dos biomateriais é fundamental para a previsibilidade do seu comportamento in vivo, fornecendo subsídios para que o composto mais adequado seja escolhido na reconstrução do defeito ósseo. As placas de origem metálica são as mais utilizadas para o reparo de fraturas de ossos longos, sendo mecanicamente resistentes e biocompatíveis. No entanto, a necessidade de remoção e o enfraquecimento do osso são suas principais desvantagens. Neste trabalho, placas produzidas a partir de osso cortical equino foram empregadas experimentalmente em fêmur osteotomizado de coelhos (Grupo osso-GO), num estudo comparativo com placas de metal (Grupo metal-GM). A avaliação radiográfica foi realizada a cada 30 dias, durante 120 dias, momento em que foi então realizada análise histológica do material em estudo. Não houve diferença estatisticamente significante entre os dois grupos com relação à morfometria do calo ósseo e consolidação óssea em todos os momentos avaliados, sendo que ambas as placas permitiram a consolidação em todos os animais. Entretanto, observou-se que o calo ósseo foi menor no GO, em relação ao GM, em todos os momentos do estudo. Por outro lado, a maior parte dos animais do GO apresentou consolidação completa da fratura aos 90 dias, enquanto que no GM isto ocorreu aos 60 dias. Não foram evidenciadas células do tipo corpo estranho na histopatologia dos animais do GO, mas maior quantidade de tecido fibroso foi identificada, envolvendo este biomaterial. A placa confeccionada com osso equino representa uma alternativa de baixo custo e muito viável, uma vez que permitiu estabilização adequada para consolidação óssea de fratura de fêmur em coelhos. Neste estudo, a menor formação de calo periosteal, associada a um tempo superior para consolidação em GO sugerem maior estabilidade da fratura onde a placa de osso foi utilizada. |
id |
EMBRAPA-2_3e66fbaf4ab03e1a5db4758ddf42010a |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0100-736X2013001000005 |
network_acronym_str |
EMBRAPA-2 |
network_name_str |
Pesquisa Veterinária Brasileira (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Placas ósseas confeccionadas a partir de diáfise cortical equina na osteossíntese femoral em coelhosOrtopediaosso corticalplacacoelhosA evolução tecnológica tem possibilitado o desenvolvimento e o aperfeiçoamento de novos materiais para implantes. Apesar dos fundamentais benefícios providos pelos dispositivos ortopédicos, complicações decorrentes de corrosão, degradação, infecção, além de outras podem ocorrer. O entendimento das características dos biomateriais é fundamental para a previsibilidade do seu comportamento in vivo, fornecendo subsídios para que o composto mais adequado seja escolhido na reconstrução do defeito ósseo. As placas de origem metálica são as mais utilizadas para o reparo de fraturas de ossos longos, sendo mecanicamente resistentes e biocompatíveis. No entanto, a necessidade de remoção e o enfraquecimento do osso são suas principais desvantagens. Neste trabalho, placas produzidas a partir de osso cortical equino foram empregadas experimentalmente em fêmur osteotomizado de coelhos (Grupo osso-GO), num estudo comparativo com placas de metal (Grupo metal-GM). A avaliação radiográfica foi realizada a cada 30 dias, durante 120 dias, momento em que foi então realizada análise histológica do material em estudo. Não houve diferença estatisticamente significante entre os dois grupos com relação à morfometria do calo ósseo e consolidação óssea em todos os momentos avaliados, sendo que ambas as placas permitiram a consolidação em todos os animais. Entretanto, observou-se que o calo ósseo foi menor no GO, em relação ao GM, em todos os momentos do estudo. Por outro lado, a maior parte dos animais do GO apresentou consolidação completa da fratura aos 90 dias, enquanto que no GM isto ocorreu aos 60 dias. Não foram evidenciadas células do tipo corpo estranho na histopatologia dos animais do GO, mas maior quantidade de tecido fibroso foi identificada, envolvendo este biomaterial. A placa confeccionada com osso equino representa uma alternativa de baixo custo e muito viável, uma vez que permitiu estabilização adequada para consolidação óssea de fratura de fêmur em coelhos. Neste estudo, a menor formação de calo periosteal, associada a um tempo superior para consolidação em GO sugerem maior estabilidade da fratura onde a placa de osso foi utilizada.Colégio Brasileiro de Patologia Animal - CBPA2013-10-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2013001000005Pesquisa Veterinária Brasileira v.33 n.10 2013reponame:Pesquisa Veterinária Brasileira (Online)instname:Colégio Brasileiro de Patologia Animal (CBPA)instacron:EMBRAPA10.1590/S0100-736X2013001000005info:eu-repo/semantics/openAccessMilori,Fernando PinheiroQuitzan,JulianySouza,Renato Silva deCirio,Silvana MarisDornbusch,Peterson TrichesPrado,Antônia Maria R. Binder dopor2013-12-20T00:00:00Zoai:scielo:S0100-736X2013001000005Revistahttp://www.pvb.com.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpcolegio@cbpa.org.br||pvb@pvb.com.br0100-736X1678-5150opendoar:2013-12-20T00:00Pesquisa Veterinária Brasileira (Online) - Colégio Brasileiro de Patologia Animal (CBPA)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Placas ósseas confeccionadas a partir de diáfise cortical equina na osteossíntese femoral em coelhos |
title |
Placas ósseas confeccionadas a partir de diáfise cortical equina na osteossíntese femoral em coelhos |
spellingShingle |
Placas ósseas confeccionadas a partir de diáfise cortical equina na osteossíntese femoral em coelhos Milori,Fernando Pinheiro Ortopedia osso cortical placa coelhos |
title_short |
Placas ósseas confeccionadas a partir de diáfise cortical equina na osteossíntese femoral em coelhos |
title_full |
Placas ósseas confeccionadas a partir de diáfise cortical equina na osteossíntese femoral em coelhos |
title_fullStr |
Placas ósseas confeccionadas a partir de diáfise cortical equina na osteossíntese femoral em coelhos |
title_full_unstemmed |
Placas ósseas confeccionadas a partir de diáfise cortical equina na osteossíntese femoral em coelhos |
title_sort |
Placas ósseas confeccionadas a partir de diáfise cortical equina na osteossíntese femoral em coelhos |
author |
Milori,Fernando Pinheiro |
author_facet |
Milori,Fernando Pinheiro Quitzan,Juliany Souza,Renato Silva de Cirio,Silvana Maris Dornbusch,Peterson Triches Prado,Antônia Maria R. Binder do |
author_role |
author |
author2 |
Quitzan,Juliany Souza,Renato Silva de Cirio,Silvana Maris Dornbusch,Peterson Triches Prado,Antônia Maria R. Binder do |
author2_role |
author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Milori,Fernando Pinheiro Quitzan,Juliany Souza,Renato Silva de Cirio,Silvana Maris Dornbusch,Peterson Triches Prado,Antônia Maria R. Binder do |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Ortopedia osso cortical placa coelhos |
topic |
Ortopedia osso cortical placa coelhos |
description |
A evolução tecnológica tem possibilitado o desenvolvimento e o aperfeiçoamento de novos materiais para implantes. Apesar dos fundamentais benefícios providos pelos dispositivos ortopédicos, complicações decorrentes de corrosão, degradação, infecção, além de outras podem ocorrer. O entendimento das características dos biomateriais é fundamental para a previsibilidade do seu comportamento in vivo, fornecendo subsídios para que o composto mais adequado seja escolhido na reconstrução do defeito ósseo. As placas de origem metálica são as mais utilizadas para o reparo de fraturas de ossos longos, sendo mecanicamente resistentes e biocompatíveis. No entanto, a necessidade de remoção e o enfraquecimento do osso são suas principais desvantagens. Neste trabalho, placas produzidas a partir de osso cortical equino foram empregadas experimentalmente em fêmur osteotomizado de coelhos (Grupo osso-GO), num estudo comparativo com placas de metal (Grupo metal-GM). A avaliação radiográfica foi realizada a cada 30 dias, durante 120 dias, momento em que foi então realizada análise histológica do material em estudo. Não houve diferença estatisticamente significante entre os dois grupos com relação à morfometria do calo ósseo e consolidação óssea em todos os momentos avaliados, sendo que ambas as placas permitiram a consolidação em todos os animais. Entretanto, observou-se que o calo ósseo foi menor no GO, em relação ao GM, em todos os momentos do estudo. Por outro lado, a maior parte dos animais do GO apresentou consolidação completa da fratura aos 90 dias, enquanto que no GM isto ocorreu aos 60 dias. Não foram evidenciadas células do tipo corpo estranho na histopatologia dos animais do GO, mas maior quantidade de tecido fibroso foi identificada, envolvendo este biomaterial. A placa confeccionada com osso equino representa uma alternativa de baixo custo e muito viável, uma vez que permitiu estabilização adequada para consolidação óssea de fratura de fêmur em coelhos. Neste estudo, a menor formação de calo periosteal, associada a um tempo superior para consolidação em GO sugerem maior estabilidade da fratura onde a placa de osso foi utilizada. |
publishDate |
2013 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2013-10-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2013001000005 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2013001000005 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0100-736X2013001000005 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Colégio Brasileiro de Patologia Animal - CBPA |
publisher.none.fl_str_mv |
Colégio Brasileiro de Patologia Animal - CBPA |
dc.source.none.fl_str_mv |
Pesquisa Veterinária Brasileira v.33 n.10 2013 reponame:Pesquisa Veterinária Brasileira (Online) instname:Colégio Brasileiro de Patologia Animal (CBPA) instacron:EMBRAPA |
instname_str |
Colégio Brasileiro de Patologia Animal (CBPA) |
instacron_str |
EMBRAPA |
institution |
EMBRAPA |
reponame_str |
Pesquisa Veterinária Brasileira (Online) |
collection |
Pesquisa Veterinária Brasileira (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Pesquisa Veterinária Brasileira (Online) - Colégio Brasileiro de Patologia Animal (CBPA) |
repository.mail.fl_str_mv |
colegio@cbpa.org.br||pvb@pvb.com.br |
_version_ |
1754122233676038144 |