Bagaço de cana-de-açúcar como único volumoso para vacas mestiças lactantes em regiões semiáridas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freitas, Wandemberg Rocha
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Ferreira, Marcelo de Andrade, Silva, Janaina Lima, Véras, Antônia Sherlânea Chaves, Barros, Leonardo José Assis, Alves, Adryanne Marjorie Souza Vitor, Chagas, Juana Catarina Cariri, Siqueira, Thamires Damascena Quirino, Almeida, Gleidiana Amélia Pontes de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Pesquisa Agropecuária Brasileira (Online)
Texto Completo: https://seer.sct.embrapa.br/index.php/pab/article/view/25594
Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes níveis de bagaço de cana-de-açúcar, como volumoso exclusivo, sobre consumo e digestibilidade de nutrientes, comportamento ingestivo, síntese de proteína microbiana e desempenho leiteiro de vacas mestiças. Dez vacas da raça Girolando (600±34,3 kg de peso corporal) foram distribuídas em delineamento de quadrado latino duplo 5×5. A dieta controle, baseada em palma forrageira, bagaço de cana-de-açúcar e concentrado, foi formulada para atender a média de produção de 20 kg de leite por dia, com 3,5% de gordura. Foram avaliados os seguintes níveis de bagaço de cana-de-açúcar: 30, 38, 46 e 54% da matéria seca. O consumo e a digestibilidade de matéria seca diminuíram linearmente com os níveis de bagaço. O tempo de ruminação foi maior para vacas alimentadas com 54% de bagaço. Os níveis de inclusão não tiveram efeito sobre o conteúdo de ácidos graxos não esterificados ou sobre a síntese de proteína microbiana, mas as concentrações de β-hidroxibutirato apresentaram comportamento quadrático com os níveis de bagaço. Maiores produções de leite corrigido a 3,5% de gordura foram obtidas com vacas alimentadas com 30% de bagaço. A inclusão do bagaço de cana-de-açúcar na dieta de vacas mestiças reduz seu desempenho; contudo, o bagaço pode ser utilizado como volumoso exclusivo quando associado a 70% de concentrado.
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