Uso sustentável dos mares para soberania alimentar.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , , , , , , , |
Tipo de documento: | Capítulo de livro |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice) |
Texto Completo: | http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1104148 |
Resumo: | Os mares e oceanos contribuem para a soberania alimentar das nações por meio da pesca e aquicultura, e também para a manutenção das fontes de água doce e do clima da Terra. Há uma crescente demanda por pescado para a alimentação humana na maioria dos países produtores (FAO, 2016), sendo que estimativas da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) indicam que a demanda global por esses produtos irá aumentar em 70% nos próximos 30 anos. Hoje, a maior parcela desta demanda (71%) é suprida pelos estoques naturais capturados, em que a aquicultura desponta como uma atividade com potencial para fornecer pescado em longo prazo e com sustentabilidade (Boletim de Estudos & Pesquisas, 2015). À medida que a população humana mundial continuar a expandir-se para além de 8 bilhões, a dependência da produção aquícola como uma importante fonte de proteína também aumentará. A produção aquícola mundial de peixes mais que dobrou, passando de 32,4 milhões de toneladas em 2000 para 73,8 milhões em 2014. O Brasil ocupa a 14ª posição no ranking mundial, com um total de 562.500 toneladas de pescado (1,1% do total mundial) sendo 474.300 toneladas de peixes de água doce, 65.100 toneladas de crustáceos e 22.100 toneladas de moluscos (FAO, 2016). A maricultura brasileira é concentrada em camarões e moluscos, entretanto, pode-se desenvolver a piscicultura marinha por causa de seus enormes recursos naturais ambientais e condições climáticas adequadas (Schwarz et al., 2007; Cavalli; Hamilton, 2009; Cavalli et al., 2011; Collaço et al., 2015), principalmente considerando que o Brasil dispõe de uma vasta costa marítima, com mais de 8.500 km de extensão e grandes áreas de estuário, que se aproximam de 2,5 milhões de hectares (Barroso et al., 2007). Nesse sentido, a Embrapa, juntamente com parceiros, vem desenvolvendo projetos voltados para aumentar o conhecimento científico, desenvolver capacidades de pesquisa e transferir tecnologias marinhas, a fim de melhorar a contribuição da biodiversidade marinha para o desenvolvimento do País, sendo que os resultados aqui descritos poderão ser replicados em países com condições ambientais semelhantes dentro da América Latina (meta 14.a). Neste capítulo serão descritas ações, projetos e resultados de pesquisas voltadas ao desenvolvimento e à sustentabilidade da aquicultura, com vistas ao desenvolvimento econômico e social do Brasil (meta 14.7). |
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