Efeito de doses de fósforo na mobilidade do arsênio e no desenvolvimento de duas essências florestais.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MELO, R. F. de
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: DIAS, L. E., ASSIS, I. R. de, ANJOS, N. dos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1098340
Resumo: O arsênio (As) é o elemento químico mais nocivo à saúde humana. A recuperação de áreas com presença de As requer utilização de espécies tolerantes e manejo adequado da adubação, especialmente do fósforo (P). Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a interação de doses As e P no desenvolvimento de mudas das espécies florestais ingá (Inga edulis Mart.) e angico-vermelho [Anadenanthera peregrina(L.) Speg.]. O delineamento utilizado foi em blocos casualizados, com três repetições, em esquema fatorial 5x3, sendo 5 doses de As (0, 100, 200,400 e 800 mg dm-3) e 3 doses de P (0,150 e 450 mg dm-3)com três repetições. As variáveis analisadas foram matéria seca, altura e diâmetro das plantas e análise do néctar produzido pelas plantas. Aos 10 dias de cultivo as plantas de ingáapresentaram asbordas das folhas basais arroxeadas com clorose internerval, seguida de necrose, apenas nas doses de 400 e 800 mg dm-3 de As e na ausência de P. Isto evidencia que o P reduz a toxicidade das plantas ao As, mesmo em doses elevadas. Por outro lado, as doses crescentes de arsênio, mesmo na presença do P, contribuíram para reduzir significativamente as variáveis de crescimento como produção de matéria seca de raízes e parte aérea, altura e diâmetro de planta. O aumento das doses de P para cada dose de As resultou no aumento das variáveis de crescimento, principalmente nas plantas de angico. O efeito tóxico do As varia com as espécies, levando-se em consideração os sintomas de toxidez foliar e as variáveis de crescimento analisadas. As plantas de angico apresentaram-se mais tolerantes que as de ingá. Na avaliação do néctar coletado constatou-se que tais espécies florestais podem absorver transportar e eliminar parte do arsênio através dos nectários foliares, provavelmente, como mecanismo de eliminação desse metalóide. Maiores teores de As no néctar foram encontrados em angico- vermelho (40,50 mg kg-1), enquanto o ingá apresentou teor médio de 3,24 mg kg-1, para a combinação 100 mg dm-3 de Ase ausência de P, ambos valores acima do permitido em mel para consumo humano.
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