Indicadores microbiológicos de solo e as correlações com a aplicação de biocarvão em cultivos de Teca.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: FERREIRA, A.
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: MIORANZA, M., REZENDE, F. A. de
Tipo de documento: Capítulo de livro
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1103783
Resumo: Os microrganismos são a parte viva e mais ativa da matéria orgânica do solo, são muito importantes nos processos de decomposição de resíduos, ciclagem de nutrientes, fixação biológica do nitrogênio, solubilização de nutrientes, formação da matéria orgânica e estrutura do solo (Zilli et al., 2003; Karlen et al., 2003). Em condições naturais os solos tropicais, possuem baixa fertilidade natural, porém características físicas e biológicas favoráveis. Uma vez incorporados ao processo produtivo, para que proporcionem condições adequadas ao crescimento das plantas cultivadas, é necessário o aumento da sua fertilidade química, por meio de calagens, gessagens e adubações (Corazza et al., 1999). Nesse sentido, novas alternativas para manter o manejo adequado e a conservação da qualidade de solos, devem ser exploradas como, por exemplo, uso de biocarvão como condicionadores de solos. Para regiões como o Cerrado e áreas de transição com a Amazônia, onde as práticas de queimadas são comuns, a quantidade e a qualidade de matéria orgânica do solo (MOS) ao passar do tempo podem ser influenciadas pela produção de carvão vegetal, que representa uma fração de carbono orgânico total (COT) estável no solo (Fontana, 2006). Biocarvão é o produto da combustão incompleta de material orgânico. Possui alto teor de C e grande área superficial devido a sua porosidade, em consequência do processo de queima na ausência do oxigênio (Madari at al., 2009). Apresenta baixo teor de nitrogênio, o que resulta em elevada relação de C:N. Segundo Bird et al. (1999), o biocarvão pode ser significativamente degrado em escala de décadas ou milhares de anos em solos tropicais. A biodegradação do biocarvão no solo é um processo lento que resulta na imobilização do carbono e na alteração das propriedades da superfície do carvão, aumentando a concentração de sítios quimicamente reativos que podem fazer ligações com os nutrientes presentes no solo, além de contribuir para aumentar a CTC do solo (Glaser et al., 2003). Dentre os possíveis benefícios ambientais que podem ser alcançados com uso de biocarvão podemos citar: (1) mitigação nas mudanças do clima; (2) melhoria na fertilidade dos solos; e (3) redução da poluição ambiental (Lehmann et al., 2011).
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