Recuperação de áreas degradadas com a utilização das técnicas do Sistema Bragantino para implantação de sistemas agroflorestais com açaizeiros.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: NOGUEIRA, O. L.
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: CRAVO, M. da S., MENEZES, P. B. de
Tipo de documento: Capítulo de livro
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/410266
Resumo: O sistema de agricultura utilizado no nordeste do Estado do Pará sempre foi o itinerante, baseado no processo de derruba-e-queima, responsável pela substituição quase que total da floresta primária, pela atual vegetação de capoeira (CONTO et al., 1999). Esse sistema é praticado com pouco ou nenhum uso de insumos agrícolas, principalmente calcário e fertilizante, levando ao esgotamento dos nutrientes dos solos (CONTO et al., 1996). Desta forma, os solos da região encontram-se em elevado estágio de degradação, onde as culturas alcançam baixíssimas produtividades. Diante desse cenário, Cravo et al. (2005) lançaram um sistema de cultivo - o Sistema Bragantino - direcionado à recuperação de áreas degradadas, para permitir o uso intensivo da terra, com rotação e consórcio, com a realização de até três cultivos de culturas anuais por ano, sendo adaptado a qualquer parte da região amazônica e à realidade de produtores da agricultura familiar e empresarial. Entretanto, esse sistema, não se restringe apenas ao cultivo de culturas anuais, uma vez que o passo inicial para sua implantação é a recuperação da fertilidade do solo da área que, assim, fica pronta para receber quaisquer tipos de cultivos, sejam eles de culturas anuais, semiperenes ou perenes. A introdução das culturas semi-perenes e perenes no Sistema Bragantino, pode ser ao mesmo tempo do plantio das culturas anuais ou pode ser feita paulatinamente, à medida em a área vai sendo utilizada com as culturas anuais. Assim, com o passar do tempo, o produtor transforma sua área em um verdadeiro sistema agroflorestal produtivo, ao invés de abandoná-la para regeneração de uma capoeira improdutiva, como no sistema tradicional. Essa 453 experiência já vem sendo posta em prática por produtores em solos de terra firme da região, onde vários sistemas de produção de açaizeiros, em plantios solteiros ou consorciados, mesmo sem muitos critérios tecnológicos, estão sendo conduzidos. Esses sistemas, devidamente ajustados e validados, podem se constituir em excelentes opções para a recuperação gradativa da cobertura vegetal e, também, garantir a geração de renda e emprego. Considerando esses aspectos, o presente trabalho teve como objetivo recuperar áreas degradadas, com uso das técnicas preconizadas pelo Sistema Bragantino, para elaborar, validar e recomendar sistemas diversificados de produção mais eficazes quanto à produtividade, custo de produção e sustentabilidade ambiental, com vistas a melhorar a qualidade de vida do produtor e subsidiar os agentes de planejamento, crédito, fomento e assistência técnica.
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