A relação entre 1-metilciclopropeno e o progresso da podridão 'olho-de-boi' (Neofabraea brasiliensis) em maçãs 'MaxiGala'.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: TORALLES, I. G.
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1112913
Resumo: Com o uso de tecnologias de refrigeração, atmosfera controlada (AC) euso do 1-metilciclopropeno (1-MCP), estendeu-seo período de conservação de maçãs, por cerca de12 meses. Mesmo assim, ainda são limitantes, a ocorrência de distúrbios patogênicosna pós-colheita. Nesse caso, tem sido cada vez mais frequente a incidência da podridão ?olho-de-boi?(Neofabraea ssp.). Dados gerados pela cadeia produtiva da maçã apontam paraperdas de 6 a 8% dos frutos durante a pós-colheita,devido a essa doença. Afora isso, há a percepção empírica de que a incidência de podridões seja maior em frutos tratados com 1-MCP.Buscando compreender se o 1-MCP é um fator facilitador deocorrência dapodridão ?olho-de-boi?, estudaram-se maçãs ?MaxiGala?, com e sem 1-MCP, durante duas safras (2017 e 2018), em dois pontos de colheitaporsafra, inoculadas ou nãocom o fungo N.brasiliensis. Além disso, investigaram-se duas situações: aplicar o1-MCP nas maçãs previamentee posteriormenteà inoculação. Avaliou-se, após 90 dias sob AC,diâmetro da lesão, percentual de frutos podres, amolecimento de polpa, teor de sólidos solúveis, acidez titulável, e o acúmulo de transcritos dos genes MdACO, MdPG, MdPGIP,MdPPO,MdPALe Mdthau. Observou-se que maçãs tratadas com 1-MCP antes da inoculaçãotiveram menores diâmetro de lesão, quando comparada àsmaçãs com tratadas 1-MCP depois da adição do fungo. Por outro lado, essasapresentaram menores %de frutos podres, quando comparadaàsmaçãs tratadas antes da inoculação. O 1-MCP teve efeito isoladoapenas sobre o diâmetro da lesão, em que maçãs tratadas com 1-MCP depois da inoculação com o fungo apresentaram, em média, 1 mm de diâmetro de lesão a mais do que maçãs sem 1-MCP. Sobre o percentual de frutos podres,foram fatores intrínsecos(safra e ponto de colheita)osefeitosmais proeminentes, e não o 1-MCP.Safra 2017 e 1ª colheita contribuíram para osmenores% de maçãs podres (< 44%). As maçãs com maior amolecimento de polpa foram as que tiveram um maior acúmulo de transcritosde MdACO, MdPG, MdPGIP. Omaior acúmulo de transcritos de MdPPOe MdPAL tevecorrelação significativa com a podridão ?olho-de-boi?, enquantoMdthaunão. Para esseúltimogene, provavelmente, algum efetor desencadeado previamente ao armazenamentofoi responsávelpelo maior acúmulo de transcritos. De modo geral, os resultados indicaram que as respostas globais foram devidas as variáveis intrínsecas, e não pelo 1-MCP. Com os resultados obtidos fica evidenciado de que não se pode atribuir ao 1-MCP a maior suscetibilidade de maçãs à infecção de N. brasiliensis. Além disso, como os fatores safra e ponto de colheita foram os mais relevantes, isso indica que, para se chegar numa conclusão tecnológica mais robusta, os experimentos devem ser conduzidos para mais safras.Palavras-chave:Maçãs ?MaxiGala?.1-MCP.Podridão ?olho-de-boi?.Atmosfera controlada. Expressão gênica.
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