Levantamento epidemiológico da hanseníase no nordeste brasileiro durante o período de 2001-2010

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Vagne Melo
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Assis, Caio Rodrigo Dias de, Silva, Kaline Catiely Campos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Scire Salutis
Texto Completo: https://sustenere.inf.br/index.php/sciresalutis/article/view/ESS2236-9600.2013.001.0002
Resumo: É uma doença infecciosa, crônica, de grande importância para a saúde pública devido à sua magnitude e seu alto poder incapacitante, atingindo principalmente a faixa etária economicamente ativa. Ela acomete principalmente a pele e os nervos periféricos, mas também se manifesta como uma doença sistêmica comprometendo articulações, olhos, testículos, gânglios e outros órgãos. O alto potencial incapacitante da hanseníase está diretamente relacionado à capacidade de penetração do Mycobacterium leprae na célula nervosa e seu poder imunogênico. Com este trabalho, objetivou-se delinear a situação epidemiológica dos Estados da Região Nordeste, durante o período de 2001 a 2010, baseado nos registros nos relatórios de situação epidemiológica do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde, publicados no ano 2011. Segundo informações do Sinan/SVS-MS, em 2010, a situação epidemiológica da hanseníase no Brasil, era de 34.894 casos novos, 2.461 (7,1%) em menores de 15 anos, coeficiente geral de detecção 18,2/100 mil habitantes. O coeficiente de detecção < 15 anos foi de 5,4/100 mil habitantes. Queda significante no coeficiente de detecção em todas as regiões geográficas de 4,0% ao ano e 31,5% no período em média nos últimos 10 anos. Especificamente, nos Estados da região Nordeste, apesar da importante redução do coeficiente de prevalência de hanseníase em Alagoas (atualmente: 1,1 casos/10 mil habitantes), Bahia (1,9 casos/10 mil habitantes), Ceará (1,1 casos/10 mil habitantes), Maranhão (5,7 casos/10 mil habitantes), Paraíba (1,5 casos/10 mil habitantes), Pernambuco (2,7 casos/10 mil habitantes), Piauí (3,5 casos/10 mil habitantes) e Sergipe (1,2 casos/10 mil habitantes), os Estados da região Nordeste demandam intensificar as ações para eliminação da doença, justificadas por um padrão de média endemicidade segundo os parâmetros de prevalência. O Rio Grande do Norte, embora tenha havido uma importante redução do coeficiente de prevalência de hanseníase, que atualmente é de 0,74 casos/10 mil habitantes, o Estado demanda intensificação das ações para eliminação da doença em alguns municípios que ainda não alcançaram o nível de eliminação. Os dados revelam a importância das ações da vigilância sanitária de cada Estado para a diminuição e posterior erradicação desta enfermidade.
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