Dinâmica alimentar de Rhaphiodon vulpinus Agassiz, 1829 (Teleostei, Cynodontidae) no alto Rio Tocantins (GO) em relação ao represamento pela UHE Serra da Mesa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pacheco,Andreza Cecília Gomes
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Bartolette,Renata, Caluca,José Filipe, Castro,André Luís Moraes de, Albrecht,Míriam Pilz, Caramaschi,Érica Pellegrini
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Biota Neotropica
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-06032009000300006
Resumo: A dieta e atividade alimentar de Rhaphiodon vulpinus foram estudadas antes e após o represamento do alto Rio Tocantins pela UHE Serra da Mesa, GO, em duas grandes áreas: reservatório e jusante. O conteúdo estomacal de 214 exemplares foi analisado, sendo 46 da fase rio (dez./95 a out./96), 100 da fase enchimento (dez./96 a abr./98) e 68 da fase operação (jun./98 a fev./00). A espécie confirmou-se como piscívora, com consumo eventual de insetos e material vegetal. Na área a jusante, dentre os peixes-presa identificados, nenhum foi comum às três fases. As presas mais importantes foram Geophagus cf. surinamensis, Hemiodus ternetzi e Pimelodus blochii nas fases rio, enchimento e operação, respectivamente. Anchoviella sp. foi exclusiva da fase operação. Já no reservatório, a riqueza de presas foi maior. Caracídeos de pequeno porte foram consumidos nas três fases, ao passo que H. ternetzi, Leporinus friderici e Tetragonopterus argenteus foram exclusivas da fase rio, Ctenobrycon hauxwellianus e Pimelodidae, da fase enchimento, e Satanoperca aff. jurupari, da fase operação, tendo a última sido a presa mais importante nessa fase. A atividade alimentar, dada pela proporção de estômagos com alimento (EcA%) e vazios (EV%), apresentou um aumento a cada fase de estudo na jusante. No reservatório, foi observado padrão inverso. Não houve correlação entre os tamanhos do predador e da presa; entretanto, predadores maiores consumiram presas de vários tamanhos.
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