A idade como fator prognóstico in vitro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomes,Luiz Mauro Oliveira
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Canha,Aparecida dos Santos, Dzik,Artur, Novo,Neil Ferreira, Juliano,Yara, Santos,Sandra Irene Sprogis dos, Cavagna,Mario
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032009000500005
Resumo: OBJETIVO: avaliar a idade da paciente como fator indicador de resultados em um programa de fertilização in vitro. MÉTODOS: estudo transversal que incluiu 302 mulheres, com idade variando entre 24 e 46 anos, submetidas ao tratamento com fertilização in vitro (FIV), no período de Maio de 2005 a Julho de 2007. As pacientes foram divididas em três grupos, de acordo com a faixa etária: G<35 (n=161), G36-39 (n=89) e G>40 (n=52). Foram avaliados: número de oócitos aspirados, taxas de fertilização, número de embriões transferidos, qualidade embrionária e taxas de gravidez. A análise estatística foi realizada pela análise de variância de Kruskal-Wallis e pelo teste do χ2. RESULTADOS: no Grupo G<35, obteve-se a média de 8,8 oócitos por paciente; no Grupo G36-39, a média foi de 7,4 oócitos por paciente; e no Grupo G>40, 1,6 oócitos por paciente. O número de oócitos obtidos no Grupo G>40 foi significantemente menor que nos Grupos G<35 e G36-39 (p<0,001). As taxas de fertilização nos três grupos foram semelhantes: 61,4%, 65,8% e 64,6%, respectivamente (p=0,2288). O percentual de embriões de boa qualidade também não foi estatisticamente diferente entre os grupos estudados, encontrando-se, respectivamente, taxas de 57,4%, 63,2% e 56,0% (p=0,2254). O número médio de embriões transferidos em cada grupo foi de 3,1 (G<35), 2,8 (G36-39) e 1,5 (G>40), havendo redução estatisticamente significante no Grupo G>40 (p<0,001). Com relação às taxas de gravidez, o Grupo G>40 apresentou taxa de 9,6%, resultado significantemente inferior (p=0,0339) aos Grupos G<35 e G36-39 (26,1 e 27,0%, respectivamente), que não apresentaram diferenças significantes entre si. CONCLUSÕES: embora a qualidade embrionária, do ponto de vista morfológico, não seja diferente entre mulheres de diferentes faixas etárias, o número de oócitos coletados, o número de embriões transferidos e as taxas de gravidez confirmam que a idade da mulher é um importante fator preditivo das taxas de sucesso das técnicas de reprodução assistida e deve ser levada em consideração no momento da proposta desse tipo de tratamento para mulheres com mais de 40 anos.
id FEBRASGO-1_f8b57aa68bdfcde5bb51cfd2f337a980
oai_identifier_str oai:scielo:S0100-72032009000500005
network_acronym_str FEBRASGO-1
network_name_str Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)
repository_id_str
spelling A idade como fator prognóstico in vitroFertilização in vitroFertilização in vitro/estatística &amp; dados numéricosFatores etáriosTransferência embrionáriaTaxa de gravidezPrognósticoOBJETIVO: avaliar a idade da paciente como fator indicador de resultados em um programa de fertilização in vitro. MÉTODOS: estudo transversal que incluiu 302 mulheres, com idade variando entre 24 e 46 anos, submetidas ao tratamento com fertilização in vitro (FIV), no período de Maio de 2005 a Julho de 2007. As pacientes foram divididas em três grupos, de acordo com a faixa etária: G<35 (n=161), G36-39 (n=89) e G>40 (n=52). Foram avaliados: número de oócitos aspirados, taxas de fertilização, número de embriões transferidos, qualidade embrionária e taxas de gravidez. A análise estatística foi realizada pela análise de variância de Kruskal-Wallis e pelo teste do χ2. RESULTADOS: no Grupo G<35, obteve-se a média de 8,8 oócitos por paciente; no Grupo G36-39, a média foi de 7,4 oócitos por paciente; e no Grupo G>40, 1,6 oócitos por paciente. O número de oócitos obtidos no Grupo G>40 foi significantemente menor que nos Grupos G<35 e G36-39 (p<0,001). As taxas de fertilização nos três grupos foram semelhantes: 61,4%, 65,8% e 64,6%, respectivamente (p=0,2288). O percentual de embriões de boa qualidade também não foi estatisticamente diferente entre os grupos estudados, encontrando-se, respectivamente, taxas de 57,4%, 63,2% e 56,0% (p=0,2254). O número médio de embriões transferidos em cada grupo foi de 3,1 (G<35), 2,8 (G36-39) e 1,5 (G>40), havendo redução estatisticamente significante no Grupo G>40 (p<0,001). Com relação às taxas de gravidez, o Grupo G>40 apresentou taxa de 9,6%, resultado significantemente inferior (p=0,0339) aos Grupos G<35 e G36-39 (26,1 e 27,0%, respectivamente), que não apresentaram diferenças significantes entre si. CONCLUSÕES: embora a qualidade embrionária, do ponto de vista morfológico, não seja diferente entre mulheres de diferentes faixas etárias, o número de oócitos coletados, o número de embriões transferidos e as taxas de gravidez confirmam que a idade da mulher é um importante fator preditivo das taxas de sucesso das técnicas de reprodução assistida e deve ser levada em consideração no momento da proposta desse tipo de tratamento para mulheres com mais de 40 anos.Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia2009-05-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032009000500005Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia v.31 n.5 2009reponame:Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)instname:Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)instacron:FEBRASGO10.1590/S0100-72032009000500005info:eu-repo/semantics/openAccessGomes,Luiz Mauro OliveiraCanha,Aparecida dos SantosDzik,ArturNovo,Neil FerreiraJuliano,YaraSantos,Sandra Irene Sprogis dosCavagna,Mariopor2009-07-29T00:00:00Zoai:scielo:S0100-72032009000500005Revistahttp://www.scielo.br/rbgohttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phppublicações@febrasgo.org.br||rbgo@fmrp.usp.br1806-93390100-7203opendoar:2009-07-29T00:00Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online) - Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)false
dc.title.none.fl_str_mv A idade como fator prognóstico in vitro
title A idade como fator prognóstico in vitro
spellingShingle A idade como fator prognóstico in vitro
Gomes,Luiz Mauro Oliveira
Fertilização in vitro
Fertilização in vitro/estatística &amp; dados numéricos
Fatores etários
Transferência embrionária
Taxa de gravidez
Prognóstico
title_short A idade como fator prognóstico in vitro
title_full A idade como fator prognóstico in vitro
title_fullStr A idade como fator prognóstico in vitro
title_full_unstemmed A idade como fator prognóstico in vitro
title_sort A idade como fator prognóstico in vitro
author Gomes,Luiz Mauro Oliveira
author_facet Gomes,Luiz Mauro Oliveira
Canha,Aparecida dos Santos
Dzik,Artur
Novo,Neil Ferreira
Juliano,Yara
Santos,Sandra Irene Sprogis dos
Cavagna,Mario
author_role author
author2 Canha,Aparecida dos Santos
Dzik,Artur
Novo,Neil Ferreira
Juliano,Yara
Santos,Sandra Irene Sprogis dos
Cavagna,Mario
author2_role author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Gomes,Luiz Mauro Oliveira
Canha,Aparecida dos Santos
Dzik,Artur
Novo,Neil Ferreira
Juliano,Yara
Santos,Sandra Irene Sprogis dos
Cavagna,Mario
dc.subject.por.fl_str_mv Fertilização in vitro
Fertilização in vitro/estatística &amp; dados numéricos
Fatores etários
Transferência embrionária
Taxa de gravidez
Prognóstico
topic Fertilização in vitro
Fertilização in vitro/estatística &amp; dados numéricos
Fatores etários
Transferência embrionária
Taxa de gravidez
Prognóstico
description OBJETIVO: avaliar a idade da paciente como fator indicador de resultados em um programa de fertilização in vitro. MÉTODOS: estudo transversal que incluiu 302 mulheres, com idade variando entre 24 e 46 anos, submetidas ao tratamento com fertilização in vitro (FIV), no período de Maio de 2005 a Julho de 2007. As pacientes foram divididas em três grupos, de acordo com a faixa etária: G<35 (n=161), G36-39 (n=89) e G>40 (n=52). Foram avaliados: número de oócitos aspirados, taxas de fertilização, número de embriões transferidos, qualidade embrionária e taxas de gravidez. A análise estatística foi realizada pela análise de variância de Kruskal-Wallis e pelo teste do χ2. RESULTADOS: no Grupo G<35, obteve-se a média de 8,8 oócitos por paciente; no Grupo G36-39, a média foi de 7,4 oócitos por paciente; e no Grupo G>40, 1,6 oócitos por paciente. O número de oócitos obtidos no Grupo G>40 foi significantemente menor que nos Grupos G<35 e G36-39 (p<0,001). As taxas de fertilização nos três grupos foram semelhantes: 61,4%, 65,8% e 64,6%, respectivamente (p=0,2288). O percentual de embriões de boa qualidade também não foi estatisticamente diferente entre os grupos estudados, encontrando-se, respectivamente, taxas de 57,4%, 63,2% e 56,0% (p=0,2254). O número médio de embriões transferidos em cada grupo foi de 3,1 (G<35), 2,8 (G36-39) e 1,5 (G>40), havendo redução estatisticamente significante no Grupo G>40 (p<0,001). Com relação às taxas de gravidez, o Grupo G>40 apresentou taxa de 9,6%, resultado significantemente inferior (p=0,0339) aos Grupos G<35 e G36-39 (26,1 e 27,0%, respectivamente), que não apresentaram diferenças significantes entre si. CONCLUSÕES: embora a qualidade embrionária, do ponto de vista morfológico, não seja diferente entre mulheres de diferentes faixas etárias, o número de oócitos coletados, o número de embriões transferidos e as taxas de gravidez confirmam que a idade da mulher é um importante fator preditivo das taxas de sucesso das técnicas de reprodução assistida e deve ser levada em consideração no momento da proposta desse tipo de tratamento para mulheres com mais de 40 anos.
publishDate 2009
dc.date.none.fl_str_mv 2009-05-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032009000500005
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032009000500005
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0100-72032009000500005
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia
publisher.none.fl_str_mv Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia v.31 n.5 2009
reponame:Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)
instname:Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)
instacron:FEBRASGO
instname_str Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)
instacron_str FEBRASGO
institution FEBRASGO
reponame_str Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)
collection Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia (Online) - Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)
repository.mail.fl_str_mv publicações@febrasgo.org.br||rbgo@fmrp.usp.br
_version_ 1754115940410195968