Trabalho intensificado e afastamento do trabalho: uma análise nos frigoríficos no estado de Mato Grosso do Sul
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Cadernos EBAPE.BR |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-39512021000300464 |
Resumo: | Resumo Os abatedouros de bovinos, suínos e aves estão entre as dez atividades econômicas que mais empregam no estado de Mato Grosso do Sul. Contudo, figuram entre aquelas com maiores índices de afastamento do trabalho por acidentes ou doença. Diante disso, o objetivo deste artigo é analisar a relação de intensificação e dos afastamentos do trabalho nos frigoríficos do estado. À luz do materialismo histórico, a pesquisa se utilizou das bases de dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do banco de dados do Ministério da Agricultura referente ao abate de carne no estado de Mato Grosso do Sul (Sipoa/DDA/SFA-MS), bem como, de forma complementar, recorreu à análise documental de processos trabalhistas do Tribunal Regional do Trabalho e de procedimentos do Ministério Público do Trabalho. Por meio da triangulação dos dados, foi possível concluir que há relação positiva entre a intensificação do trabalho e os afastamentos nos frigoríficos. Esse processo se materializa na intensificação da exploração do trabalho no período entre 2007 e 2017. Um trabalhador em 2017 produziu o equivalente a 1,75 trabalhador de 2007. Foi constatado que o processo de intensificação do trabalho tem levado os trabalhadores ao adoecimento. Em 2017, foram registrados 1387 afastamentos de longo período, trabalhadores que permaneceram afastados de suas funções laborais por 360 dias ou mais, o equivalente a 5,3% dos empregados do setor frigorífico. |
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