Mortalidade de homens jovens por agressões no Brasil, 2010-2014: estudo ecológico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Melo,Alice Cristina Medeiros
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Silva,Gabriela Drummond Marques da, Garcia,Leila Posenato
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Cadernos de Saúde Pública
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2017001105008
Resumo: O objetivo foi analisar a associação entre o risco de morte por agressões em jovens do sexo masculino e características sociodemográficas dos municípios brasileiros. Estudo ecológico tendo como unidades de análise os 1.651 municípios com mais de 20.000 habitantes. Foram utilizados dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e indicadores obtidos do Censo Demográfico 2010 e do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Razões de taxas de mortalidade foram estimadas por modelo de regressão binomial negativa. No período de 2010-2014, foram registrados 127.137 óbitos por agressão a jovens de 15-29 anos de idade do sexo masculino. A taxa corrigida de mortalidade foi 133,3/100 mil habitantes no conjunto dos municípios (mediana 71,5/100 mil habitantes). A taxa foi maior à medida que aumentou o porte populacional dos municípios. Razões de taxas mais elevadas no modelo ajustado foram observadas nos municípios mais urbanizados (1,95; IC95%: 1,70-2,23), em categorias intermediárias de desigualdade de renda (1,10; IC95%: 1,01-1,20) e proporção de pobreza (1,69; IC95%: 1,51-1,89), com menor proporção de jovens frequentando o Ensino Médio (2,05; IC95% 1,83-2,30), maior proporção de jovens de 18-24 anos desocupados (1,27; IC95%: 1,16-1,40) e maior número de mulheres em relação ao de homens (1,28; IC95% 1,05-1,58). A mortalidade de jovens do sexo masculino por agressão foi elevada, especialmente nos municípios maiores, mais urbanizados e com maior proporção de jovens buscando emprego e fora do ensino médio. Evidencia-se a relevância das políticas sociais para o enfrentamento da violência entre jovens.
id FIOCRUZ-5_16527659901a75a326320deabc409111
oai_identifier_str oai:scielo:S0102-311X2017001105008
network_acronym_str FIOCRUZ-5
network_name_str Cadernos de Saúde Pública
repository_id_str
spelling Mortalidade de homens jovens por agressões no Brasil, 2010-2014: estudo ecológicoHomicídioViolênciaDesigualdades em SaúdeHomensO objetivo foi analisar a associação entre o risco de morte por agressões em jovens do sexo masculino e características sociodemográficas dos municípios brasileiros. Estudo ecológico tendo como unidades de análise os 1.651 municípios com mais de 20.000 habitantes. Foram utilizados dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e indicadores obtidos do Censo Demográfico 2010 e do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Razões de taxas de mortalidade foram estimadas por modelo de regressão binomial negativa. No período de 2010-2014, foram registrados 127.137 óbitos por agressão a jovens de 15-29 anos de idade do sexo masculino. A taxa corrigida de mortalidade foi 133,3/100 mil habitantes no conjunto dos municípios (mediana 71,5/100 mil habitantes). A taxa foi maior à medida que aumentou o porte populacional dos municípios. Razões de taxas mais elevadas no modelo ajustado foram observadas nos municípios mais urbanizados (1,95; IC95%: 1,70-2,23), em categorias intermediárias de desigualdade de renda (1,10; IC95%: 1,01-1,20) e proporção de pobreza (1,69; IC95%: 1,51-1,89), com menor proporção de jovens frequentando o Ensino Médio (2,05; IC95% 1,83-2,30), maior proporção de jovens de 18-24 anos desocupados (1,27; IC95%: 1,16-1,40) e maior número de mulheres em relação ao de homens (1,28; IC95% 1,05-1,58). A mortalidade de jovens do sexo masculino por agressão foi elevada, especialmente nos municípios maiores, mais urbanizados e com maior proporção de jovens buscando emprego e fora do ensino médio. Evidencia-se a relevância das políticas sociais para o enfrentamento da violência entre jovens.Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz2017-11-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2017001105008Cadernos de Saúde Pública v.33 n.11 2017reponame:Cadernos de Saúde Públicainstname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZ10.1590/0102-311x00168316info:eu-repo/semantics/openAccessMelo,Alice Cristina MedeirosSilva,Gabriela Drummond Marques daGarcia,Leila Posenatopor2017-11-16T00:00:00Zoai:scielo:S0102-311X2017001105008Revistahttp://cadernos.ensp.fiocruz.br/csp/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpcadernos@ensp.fiocruz.br||cadernos@ensp.fiocruz.br1678-44640102-311Xopendoar:2017-11-16T00:00Cadernos de Saúde Pública - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.none.fl_str_mv Mortalidade de homens jovens por agressões no Brasil, 2010-2014: estudo ecológico
title Mortalidade de homens jovens por agressões no Brasil, 2010-2014: estudo ecológico
spellingShingle Mortalidade de homens jovens por agressões no Brasil, 2010-2014: estudo ecológico
Melo,Alice Cristina Medeiros
Homicídio
Violência
Desigualdades em Saúde
Homens
title_short Mortalidade de homens jovens por agressões no Brasil, 2010-2014: estudo ecológico
title_full Mortalidade de homens jovens por agressões no Brasil, 2010-2014: estudo ecológico
title_fullStr Mortalidade de homens jovens por agressões no Brasil, 2010-2014: estudo ecológico
title_full_unstemmed Mortalidade de homens jovens por agressões no Brasil, 2010-2014: estudo ecológico
title_sort Mortalidade de homens jovens por agressões no Brasil, 2010-2014: estudo ecológico
author Melo,Alice Cristina Medeiros
author_facet Melo,Alice Cristina Medeiros
Silva,Gabriela Drummond Marques da
Garcia,Leila Posenato
author_role author
author2 Silva,Gabriela Drummond Marques da
Garcia,Leila Posenato
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Melo,Alice Cristina Medeiros
Silva,Gabriela Drummond Marques da
Garcia,Leila Posenato
dc.subject.por.fl_str_mv Homicídio
Violência
Desigualdades em Saúde
Homens
topic Homicídio
Violência
Desigualdades em Saúde
Homens
description O objetivo foi analisar a associação entre o risco de morte por agressões em jovens do sexo masculino e características sociodemográficas dos municípios brasileiros. Estudo ecológico tendo como unidades de análise os 1.651 municípios com mais de 20.000 habitantes. Foram utilizados dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e indicadores obtidos do Censo Demográfico 2010 e do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Razões de taxas de mortalidade foram estimadas por modelo de regressão binomial negativa. No período de 2010-2014, foram registrados 127.137 óbitos por agressão a jovens de 15-29 anos de idade do sexo masculino. A taxa corrigida de mortalidade foi 133,3/100 mil habitantes no conjunto dos municípios (mediana 71,5/100 mil habitantes). A taxa foi maior à medida que aumentou o porte populacional dos municípios. Razões de taxas mais elevadas no modelo ajustado foram observadas nos municípios mais urbanizados (1,95; IC95%: 1,70-2,23), em categorias intermediárias de desigualdade de renda (1,10; IC95%: 1,01-1,20) e proporção de pobreza (1,69; IC95%: 1,51-1,89), com menor proporção de jovens frequentando o Ensino Médio (2,05; IC95% 1,83-2,30), maior proporção de jovens de 18-24 anos desocupados (1,27; IC95%: 1,16-1,40) e maior número de mulheres em relação ao de homens (1,28; IC95% 1,05-1,58). A mortalidade de jovens do sexo masculino por agressão foi elevada, especialmente nos municípios maiores, mais urbanizados e com maior proporção de jovens buscando emprego e fora do ensino médio. Evidencia-se a relevância das políticas sociais para o enfrentamento da violência entre jovens.
publishDate 2017
dc.date.none.fl_str_mv 2017-11-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2017001105008
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2017001105008
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/0102-311x00168316
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz
publisher.none.fl_str_mv Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz
dc.source.none.fl_str_mv Cadernos de Saúde Pública v.33 n.11 2017
reponame:Cadernos de Saúde Pública
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Cadernos de Saúde Pública
collection Cadernos de Saúde Pública
repository.name.fl_str_mv Cadernos de Saúde Pública - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv cadernos@ensp.fiocruz.br||cadernos@ensp.fiocruz.br
_version_ 1754115738038173696