CARACTERIZAÇÃO DA OCORRÊNCIA DE ACIDENTES ESCORPIÔNICOS REPORTADOS AO SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO (SINAN) ENTRE OS ANOS DE 2007 E 2016

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Luiz Fernando Roncoletta Abel da
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Rinaldi, Beatriz Davino, Souza, Vanessa Aparecida Feijó de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Atas de Saúde Ambiental
Texto Completo: https://revistaseletronicas.fmu.br/index.php/ASA/article/view/1973
Resumo: Os acidentes por animais peçonhentos configuram importante tema de saúde pública no estado de São Paulo por conta da quantidade e da gravidade dos casos. Aqueles que envolvem escorpiões figuram entre os mais frequentes na região, que tem reportado elevadas taxas de incidência. (BARROS,2014)  A confirmação do acidente pela picada de escorpiões implica na notificação pelo profissional de saúde ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Os dados disponí­veis coletados por esse sistema correspondem í s informações oficiais que permitem o estudo de sua ocorrência, bem como a definição da magnitude de sua distribuição e o direcionamento para ações de prevenção em saúde. Estudos epidemiológicos apontam que os grupos suscetí­veis aos acidentes escorpiônicos são trabalhadores da construção civil, crianças e pessoas que têm maior contato com o ambiente peridomiciliar, como jardins e quintais. Considerase ainda como fator de risco o trabalho diretamente com madeira, transporte e manuseio de hortifrutigranjeiros, que favorecem a presença desses artrópodes (BRASIL, 2018). Os escorpiões podem causar com sua picada um quadro de envenenamento humano cuja gravidade e evolução variam amplamente, havendo casos de morte ou de sequelas temporárias ao trabalho.(CARDOSO et al., 2009)   O presente estudo consiste em um estudo observacional descritivo retrospectivo baseado em dados do SINAN entre o perí­odo de 2007 e 2016 no estado de São Paulo.  Objetivos A presente pesquisa tem como objetivo a análise da ocorrência dos acidentes escorpiônicos no Estado de São Paulo entre 2007 e 2016 e sua caracterização, identificando o perfil epidemiológico em cada municí­pio de São Paulo nesse perí­odo.  Metodologia   Este é um estudo descritivo e retrospectivo que analisa um banco de dados on-line, o Sistema de Informação de Doenças Notificáveis (SINAN) do Ministério da Saúde em que são registrados, entre outros agravos, os acidentes causados por animais venenosos que ocorrem no paí­s. Fazem parte do estudo as ví­timas de acidentes escorpiônicos atendidas em unidades de saúde e que tiveram seus dados inclusos no Sistema de Agravos de Notificação - SINAN, no perí­odo de 2007 a 2017 no Estado de São Paulo. A distribuição espacial dos casos segundo o municí­pio de ocorrência foi conduzida com o auxí­lio do programa QGIS v. 3.2 a partir dos mapas de Kernel.    Resultados parciais  No que diz respeito à distribuição de casos por mês, de maneira geral os acidentes escorpiônicos aumentam nos meses correspondentes a primavera, sendo que no perí­odo de estudo a maior alta ocorreu em outubro, equivalendo a 11% (10638/94940) dos casos. Em relação ao gênero, os homens são mais acometidos que as mulheres sendo que essas proporções foram 57% (53904/94904) e 43% (41000/94904) respectivamente. As principais faixas etárias corresponderam ao intervalo entre 20 e 39 anos com 33% (31564/94939) e 40 e 59 anos com 29% (27966/94939) o que confirma o que padrão epidemiológico esperado para este agravo (BRASIL, 2018). Em relação à raça mais frequente, 74% (62094/83945) se declararam como brancos. A maioria dos casos recebe classificação final de leve 94% (86574/91145) o que pode representar um tempo curto decorrido entre a picada e o atendimento.
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