Empresas brasileiras do novo mercado e suas práticas de evidenciação voluntária de informações por segmento
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Publication Date: | 2015 |
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Source: | Sinergia (Rio Grande. Online) |
Download full: | https://periodicos.furg.br/sinergia/article/view/4218 |
Summary: | A adoção das normas internacionais de contabilidade tem demandado alterações no padrão contábil de diversos países. Dentre tais mudanças, no Brasil, tem-se a incorporação de uma nova prática de divulgação de resultados que exige a evidenciação de informações por segmentos. O segment reporting, como também é denominado, trata-se de uma exigência adicional introduzida pela International Financial Reporting Standard (IFRS) 8 que implica um ponto de tangência muito forte entre a contabilidade gerencial e a contabilidade com foco no usuário externo. Com base nestas alterações, a partir da análise das Notas Explicativas das 106 companhias listadas no Novo Mercado da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBovespa), nível que reúne as empresas comprometidas com as melhores práticas de governança corporativa no Brasil, o estudo objetivou verificar como as companhias abertas brasileiras estruturaram o formato de evidenciação de informações por segmento. Em termos metodológicos, trata-se de uma pesquisa documental, de caráter descritivo, que conjuntou o emprego da técnica de análise de conteúdo e de testes não paramétricos de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis para verificar o grau de intensidade da divulgação de informações por segmento, conforme metodologia utilizada por Guthrie et al. (1999). Os achados sinalizaram que a divulgação voluntária de informações por segmento ainda é incipiente no cenário brasileiro. Identificou-se que as companhias auditadas por uma das Big Four apresentaram menor grau de intensidade na divulgação dos impactos futuros da aplicação das orientações normativas sobre informações segmento. Considerando o universo das 106 companhias analisadas, destaca-se que as informações segmentadas por área geográfica e ainda, por tipo de produtos ou serviços, mostraram-se mais recorrentes; informações por clientes foram escassas. Nenhuma empresa evidenciou o fluxo de caixa por segmento, e 39 companhias não mencionaram que o CPC 22 trará impacto às futuras Demonstrações Contábeis. Assim, os resultados sugerem que a Comissão de Valores Mobiliários e as empresas de auditoria devem ficar alerta às primeiras publicações contábeis relativas ao ano de 2010. |
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