Crustáceos zooplanctônicos (Cladocera e Copepoda) em ambientes aquáticos temporários

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, Karoline Pereira
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FURG (RI FURG)
Texto Completo: http://repositorio.furg.br/handle/1/8704
Resumo: Os ambientes aquáticos temporários possuem uma comunidade bem adaptada a variações de hidroperíodo, dentre elas podemos destacar as metacomunidades de microcrustáceos. O conceito de metacomunidades busca entender a interação de comunidades ligadas por dispersão. Para entender a interação destas metacomunidades os índices de diversidade são uma excelente ferramenta. Dentre estes índices, podemos destacar a diversidade beta, definida como dissimilaridade na composição de espécies entre locais, e esta ainda pode ser particionada em turnover e nestedness. O turnover é quando ocorre substituição de algumas espécies por outras e nestedness é quando um local apresenta um conjunto de espécies que fazem parte de um conjunto maior. A urbanização é um fator importante para determinar a composição das metacomunidades de microcrustáceos, onde a crescente urbanização de áreas como, por exemplo, a deste estudo, tem causado grandes impactos. Além da urbanização, os fatores ambientais, como por exemplo, profundidade, concentração de nutrientes e área, podem influenciar as metacomunidades de microcrustáceos nos ambientes aquáticos temporários. Desta forma o objetivo do presente trabalho foi determinar a composição e diversidade da metacomunidade de microcrustáceos em ambientes aquáticos temporários de uma área urbana separada em duas categorias, área construída e área preservada. Foi avaliado como os fatores ambientais estruturam esta metacomunidades e qual o mecanismo da diversidade beta explica a dissimilaridade de táxons entre os locais amostrados. Temos como hipóteses que a riqueza de táxons e diversidade alfa será elevada nos ambientes aquáticos de área preservada. E acreditamos que nas áreas construídas ocorrerá uma perda de espécies, gerando assim uma diversidade beta explicada pelo padrão de aninhamento (nestedness). As coletas foram realizadas entre agosto e setembro de 2016 no Campus Carreiros da Universidade Federal do Rio Grande, RS, Brasil. Nesta área urbana de 250 ha foram amostrados 14 ambientes aquáticos temporários, divididos em duas categorias, área construída (6) e preservada (8). Em cada ambiente aquático foram filtrados 20 litros de água com rede de plâncton de 68µm por ponto, no total de três pontos por ambiente. As amostras foram fixadas com álcool 80% corado e posteriormente identificadas a menor nível taxonômico possível. No mesmo momento também foram coletadas variáveis limnológicas, como oxigênio, nitrogênio, pH e clorofila, com sonda multiparâmetro e com amostras de água para posterior análise em laboratório. Também variáveis morfometricas, como área e profundidade média dos ambientes aquáticos temporários, utilizando régua para profundidade e GPS e google Earth para área. Nossos resultados demonstraram uma riqueza de 69 táxons, com elevada diversidade alfa e homogeneidade e baixa dominância, corroborando nossa primeira hipótese. Os índices de diversidade beta foram explicados pelo mecanismo de turnover, rejeitando nossa segunda hipótese. Essa dissimilaridade entre os ambientes amostrados foi explicada provavelmente por fatores como predação e cobertura vegetal, gerando assim uma diferença na composição de táxons entre as áreas construída e preservada. Já em relação aos fatores ambientais, o fator profundidade média apresentou diferença significativa entre as duas áreas, onde as áreas construídas continham ambientes aquáticos de menos profundidade e as áreas preservadas com ambientes aquáticos de maior profundidade. Assim, a profundidade média foi considerada o principal fator ambiental estruturador das comunidades nos ambientes aquáticos temporários.
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spelling Martins, Karoline PereiraAlbertoni, Edélti Faria2020-05-05T20:32:59Z2020-05-05T20:32:59Z2018MARTINS, Karoline Pereira. Crustáceos zooplanctônicos (Cladocera e Copepoda) em ambientes aquáticos temporários. 2018. Dissertação (Mestrado em biologia de ambientes aquáticos continentais.) - Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, 2018.http://repositorio.furg.br/handle/1/8704Os ambientes aquáticos temporários possuem uma comunidade bem adaptada a variações de hidroperíodo, dentre elas podemos destacar as metacomunidades de microcrustáceos. O conceito de metacomunidades busca entender a interação de comunidades ligadas por dispersão. Para entender a interação destas metacomunidades os índices de diversidade são uma excelente ferramenta. Dentre estes índices, podemos destacar a diversidade beta, definida como dissimilaridade na composição de espécies entre locais, e esta ainda pode ser particionada em turnover e nestedness. O turnover é quando ocorre substituição de algumas espécies por outras e nestedness é quando um local apresenta um conjunto de espécies que fazem parte de um conjunto maior. A urbanização é um fator importante para determinar a composição das metacomunidades de microcrustáceos, onde a crescente urbanização de áreas como, por exemplo, a deste estudo, tem causado grandes impactos. Além da urbanização, os fatores ambientais, como por exemplo, profundidade, concentração de nutrientes e área, podem influenciar as metacomunidades de microcrustáceos nos ambientes aquáticos temporários. Desta forma o objetivo do presente trabalho foi determinar a composição e diversidade da metacomunidade de microcrustáceos em ambientes aquáticos temporários de uma área urbana separada em duas categorias, área construída e área preservada. Foi avaliado como os fatores ambientais estruturam esta metacomunidades e qual o mecanismo da diversidade beta explica a dissimilaridade de táxons entre os locais amostrados. Temos como hipóteses que a riqueza de táxons e diversidade alfa será elevada nos ambientes aquáticos de área preservada. E acreditamos que nas áreas construídas ocorrerá uma perda de espécies, gerando assim uma diversidade beta explicada pelo padrão de aninhamento (nestedness). As coletas foram realizadas entre agosto e setembro de 2016 no Campus Carreiros da Universidade Federal do Rio Grande, RS, Brasil. Nesta área urbana de 250 ha foram amostrados 14 ambientes aquáticos temporários, divididos em duas categorias, área construída (6) e preservada (8). Em cada ambiente aquático foram filtrados 20 litros de água com rede de plâncton de 68µm por ponto, no total de três pontos por ambiente. As amostras foram fixadas com álcool 80% corado e posteriormente identificadas a menor nível taxonômico possível. No mesmo momento também foram coletadas variáveis limnológicas, como oxigênio, nitrogênio, pH e clorofila, com sonda multiparâmetro e com amostras de água para posterior análise em laboratório. Também variáveis morfometricas, como área e profundidade média dos ambientes aquáticos temporários, utilizando régua para profundidade e GPS e google Earth para área. Nossos resultados demonstraram uma riqueza de 69 táxons, com elevada diversidade alfa e homogeneidade e baixa dominância, corroborando nossa primeira hipótese. Os índices de diversidade beta foram explicados pelo mecanismo de turnover, rejeitando nossa segunda hipótese. Essa dissimilaridade entre os ambientes amostrados foi explicada provavelmente por fatores como predação e cobertura vegetal, gerando assim uma diferença na composição de táxons entre as áreas construída e preservada. Já em relação aos fatores ambientais, o fator profundidade média apresentou diferença significativa entre as duas áreas, onde as áreas construídas continham ambientes aquáticos de menos profundidade e as áreas preservadas com ambientes aquáticos de maior profundidade. Assim, a profundidade média foi considerada o principal fator ambiental estruturador das comunidades nos ambientes aquáticos temporários.Temporary ponds have a well-adapted community to hydroperiod variations, among which we can highlight the metacomunidades of microcrustaceans. The concept of metacommunities search to understand communities connected by dispersion. To understand the interaction of these metacommunities, the diversity indices are an excellent instrument. Among these indices, we can highlight beta diversity, define as dissimilarity in species composition between sites, and this can be partitioned in turnover and nestedness. Turnover is the replacement of species from one site to the next and nestedness is when a site presents a set of species that are part of a larger group. Urbanization is an important factor in determining the composition of the metacommunities of microcrustaceans. Where the increasing urbanization of areas such as a study on large impacts. In addition to urbanization, environmental factors, such as depth, nutrient concentration and area, can influence the metacommunities of microcrustaceans in temporary aquatic environments. In this way, the objective of the present work was to determine the composition and diversity of the metacommunity of microcrustaceans of a urban area, separate in two categories, built area and preserved area. Evaluating how environmental factors structure this metacommunities and what the mechanism of beta diversity explains the dissimilarity of taxa among the sampled sites. We hypothesize that the richness of taxa and alpha diversity will be high in the ponds of preserved area. And we believe that in the built areas there will be a loss of species, thus generating a beta diversity explained by the pattern of nestedness. The collect were realized between August and September of 2016 in the Carreiros Campus of the Federal University of Rio Grande, RS, Brazil. In this urban area of 250 ha were sampled 14 temporary ponds, divided into two categories, constructed area (6) and preserved (8). In each pond, 20 liters of water were filtered with plankton netting of 68μm per point, totaling three points per environment. As samples were fixed with alcohol 80% ruddy and identified lower taxonomic level. At the same time, limnological variables such as oxygen, nitrogen, pH and chlorophyll were also collected, with a multiparameter and water samples for later laboratory analysis. Also morphometric variables, such as area and average depth of temporary ponds, were using the ruler for depth and GPS and google Earth for area. Our results demonstrated a richness of 69 taxa, with high alpha diversity and homogeneity and low dominance, corroborating our first hypothesis. The beta diversity indexes were explained by the turnover mechanism, rejecting our second hypothesis. This dissimilarity among the sampled environments was probably explained by factors such as predation and plant cover, generated mainly by the difference in the composition of taxa between the built and preserved areas. The environmental factors, the mean depth showed a significant difference between the two areas, where the constructed areas contained shallow ponds and the preserved areas with deep ponds. Being the depth the main environmental factor structuring of the communities in the temporary ponds.porMicrocrustáceosdiversidade betadiversidade alfaurbanizaçãometacomunidadesáreas úmidaslimnologiaMicrocrustaceansbeta diversityalpha diversityurbanizationmetacommunitieswetlandslimnologyCrustáceos zooplanctônicos (Cladocera e Copepoda) em ambientes aquáticos temporáriosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FURG (RI FURG)instname:Universidade Federal do Rio Grande (FURG)instacron:FURGORIGINALCrustáceos zooplanctônicos (Cladocera e Copepoda) em ambientes aquáticos temporários.pdfCrustáceos zooplanctônicos (Cladocera e Copepoda) em ambientes aquáticos temporários.pdfapplication/pdf816539https://repositorio.furg.br/bitstream/1/8704/1/Crust%c3%a1ceos%20zooplanct%c3%b4nicos%20%28Cladocera%20e%20Copepoda%29%20em%20ambientes%20aqu%c3%a1ticos%20tempor%c3%a1rios.pdfdef1e9b78c496984f578dc1515d82d24MD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.furg.br/bitstream/1/8704/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52open access1/87042020-05-05 17:32:59.731open accessoai:repositorio.furg.br:1/8704Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.furg.br/oai/request || http://200.19.254.174/oai/requestopendoar:2020-05-05T20:32:59Repositório Institucional da FURG (RI FURG) - Universidade Federal do Rio Grande (FURG)false
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