A variação da diversidade de microcrustáceos (Cladocera e Copepoda) a jusante de pequenos reservatórios é influenciada por táxons litorâneos
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Iheringia. Série Zoologia |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0073-47212021000100204 |
Resumo: | RESUMO Testaram-se as hipóteses de que, assim como em reservatórios de grande áreas de superfície, volumes e vazão, em reservatórios pequenos também ocorrem a diluição gradual e contínua da riqueza, da diversidade e abundância de microcrustáceos (Cladocera e Copepoda) a jusante dos mesmos, sem a recomposição da riqueza a jusante pela falta de rios tributários, lagoas marginais e até pelo pequeno porte do riacho, sem condições para o desenvolvimento do potamoplâncton próprio do sistema. Foram estudados dois pequenos reservatórios e seus trechos a jusante, com coletas diárias a cada seis horas em oito pontos de amostragem, sendo dois lênticos e seis lóticos a jusante de cada. Foram encontradas 19 espécies (11 de Cladocera e oito de Copepoda), com destaque para o maior número de espécies litorâneas do que pelágicas, e a maior abundância de cladóceros litorâneos nos pontos a jusante dos reservatórios. Não houve diferença entre os horários, indicando que a escala espacial foi mais importante que a temporal. Houve maiores valores dos atributos ecológicos nos ambientes lênticos, porém houve aumentos significativos de riqueza e diversidade nos últimos pontos dos trechos de riacho, enquanto que a abundância diminuiu gradativamente a jusante. Não foram encontradas correlações significativas da abundância dos táxons com nenhuma variável limnológica (temperatura, pH, oxigênio dissolvido, turbidez, sólidos totais dissolvidos e transparência), indicando pouco ou nenhum efeito destas variáveis. A análise de cluster com distância euclidiana separou dois grandes grupos, o primeiro formado pelo trecho a jusante do primeiro reservatório e o segundo com os demais pontos. Além da presença dos táxons litorâneos vindos dos reservatórios, houve incremento de táxons litorâneos residentes nos riachos. Pode-se concluir que houve uma diluição da abundância das espécies a jusante dos riachos, mas a riqueza e a diversidade permaneceram estáveis devido à contribuição de táxons litorâneos. |
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A variação da diversidade de microcrustáceos (Cladocera e Copepoda) a jusante de pequenos reservatórios é influenciada por táxons litorâneosZooplânctonvariação espacialrecomposiçãovazãoRESUMO Testaram-se as hipóteses de que, assim como em reservatórios de grande áreas de superfície, volumes e vazão, em reservatórios pequenos também ocorrem a diluição gradual e contínua da riqueza, da diversidade e abundância de microcrustáceos (Cladocera e Copepoda) a jusante dos mesmos, sem a recomposição da riqueza a jusante pela falta de rios tributários, lagoas marginais e até pelo pequeno porte do riacho, sem condições para o desenvolvimento do potamoplâncton próprio do sistema. Foram estudados dois pequenos reservatórios e seus trechos a jusante, com coletas diárias a cada seis horas em oito pontos de amostragem, sendo dois lênticos e seis lóticos a jusante de cada. Foram encontradas 19 espécies (11 de Cladocera e oito de Copepoda), com destaque para o maior número de espécies litorâneas do que pelágicas, e a maior abundância de cladóceros litorâneos nos pontos a jusante dos reservatórios. Não houve diferença entre os horários, indicando que a escala espacial foi mais importante que a temporal. Houve maiores valores dos atributos ecológicos nos ambientes lênticos, porém houve aumentos significativos de riqueza e diversidade nos últimos pontos dos trechos de riacho, enquanto que a abundância diminuiu gradativamente a jusante. Não foram encontradas correlações significativas da abundância dos táxons com nenhuma variável limnológica (temperatura, pH, oxigênio dissolvido, turbidez, sólidos totais dissolvidos e transparência), indicando pouco ou nenhum efeito destas variáveis. A análise de cluster com distância euclidiana separou dois grandes grupos, o primeiro formado pelo trecho a jusante do primeiro reservatório e o segundo com os demais pontos. Além da presença dos táxons litorâneos vindos dos reservatórios, houve incremento de táxons litorâneos residentes nos riachos. Pode-se concluir que houve uma diluição da abundância das espécies a jusante dos riachos, mas a riqueza e a diversidade permaneceram estáveis devido à contribuição de táxons litorâneos.Museu de Ciências Naturais2021-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0073-47212021000100204Iheringia. Série Zoologia v.111 2021reponame:Iheringia. Série Zoologiainstname:Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB/RS)instacron:FZB/RS10.1590/1678-4766e2021004info:eu-repo/semantics/openAccessSartori,MilenaMartins,Bárbara A.Perbiche-Neves,Gilmarpor2021-03-10T00:00:00Zoai:scielo:S0073-47212021000100204Revistahttp://www.scielo.br/iszPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||iheringia-zoo@fzb.rs.gov.br1678-47660073-4721opendoar:2021-03-10T00:00Iheringia. Série Zoologia - Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB/RS)false |
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