"A Joanna sou eu, mas a casa é nossa": a emergência de um locus midiático colaborativo feminista

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Azevedo, Debora
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Demboski Burigo, Beatriz, Burigo, Joanna, Delajustine, Ana Claudia, Battesini Teixeira, Thainá
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Café com Sociologia
Texto Completo: https://revistacafecomsociologia.com/revista/index.php/revista/article/view/636
Resumo: O presente trabalho é resultado de uma construção coletiva, que apresenta e analisa a elaboração, criação e execução de um projeto colaborativo de comunicação e educação feminista sobre gênero situado nas redes sociais e denominado Casa da Mãe Joanna "“ CDMJ. Este local midiático, idealizado por uma de suas integrantes e construído por diversas forças em colaboração, surge de uma necessidade: espaço seguro para discussões sobre gênero que seja declaradamente feminista. Com o objetivo de caracterizar este local midiático e discutir sua emergência, realizou-se uma pesquisa quantitativa de caráter descritivo. Para a obtenção de dados foram utilizadas pesquisa documental baseada em 276 postagens em um grupo fechado em uma rede social e um levantamento por meio de questionário on line com 69 respondentes. Os dados foram tratados quantitativamente por meio de estatística descritiva. A análise indica que a CDMJ se constitui em alternativa de espaço no qual discussões sobre gênero e feminismo(s) são bem-vindas e incentivadas. Identifica-se a opção de muitas mulheres por apresentarem suas subjetividades de modos distintos dentro e fora de espaços considerados "seguros". Aponta-se ainda que o reconhecimento da mídia como espaço hostil influencia e informa a formatação da CDMJ como espaço de construção colaborativa, para que diversas vozes possam existir a partir de uma sensação de pertencimento e liberdade de discurso "“ seja o discurso produzido à respeito delas mesmas, ou sobre quaisquer outros temas situados na espinhosa discussão feminista acerca de gênero. Finalmente, argumenta-se que mídias feministas fazem-se necessárias para que mais vozes e subjetividades possam vir a público em segurança, e que a tecnologia permite a construção coletiva de tais espaços.This paper, which results from the joint efforts from members of the collaborative endeavor Casa da Mãe Joanna "“ CDMJ, presents and analyzes the development, creation and implementation of this gender-centric feminist communication and education project. This mediatic site, designed by one of its members and brought to life by various forces, arises from a very specific need: a safe space for discussions relating to gender issues that is avowedly feminist. A quantitative study was undertaken and the analysis indicates that CDMJ does constitute an alternative space in which discussions on gender and feminism(s) are welcomed and encouraged. It was also pointed out that recognizing the media as a hostile space influences and informs the formatting of CDMJ as a space for collaborative construction, so that different voices can arise from within an atmosphere of belonging and freedom of speech "“ be the speech about the members"™ own experiences or about any other topic located in cantankerous feminist discussions about gender. Finally, it is argued that feminist media sites are necessary so that more voices and subjectivities can be made public safely, and that technology allows for the collective creation of such spaces.
id GPCS-1_cd259f16b592baae949534d84320e02f
oai_identifier_str oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/636
network_acronym_str GPCS-1
network_name_str Revista Café com Sociologia
repository_id_str
spelling "A Joanna sou eu, mas a casa é nossa": a emergência de um locus midiático colaborativo feministaFeminismosTecnologiasSubjetividadesO presente trabalho é resultado de uma construção coletiva, que apresenta e analisa a elaboração, criação e execução de um projeto colaborativo de comunicação e educação feminista sobre gênero situado nas redes sociais e denominado Casa da Mãe Joanna "“ CDMJ. Este local midiático, idealizado por uma de suas integrantes e construído por diversas forças em colaboração, surge de uma necessidade: espaço seguro para discussões sobre gênero que seja declaradamente feminista. Com o objetivo de caracterizar este local midiático e discutir sua emergência, realizou-se uma pesquisa quantitativa de caráter descritivo. Para a obtenção de dados foram utilizadas pesquisa documental baseada em 276 postagens em um grupo fechado em uma rede social e um levantamento por meio de questionário on line com 69 respondentes. Os dados foram tratados quantitativamente por meio de estatística descritiva. A análise indica que a CDMJ se constitui em alternativa de espaço no qual discussões sobre gênero e feminismo(s) são bem-vindas e incentivadas. Identifica-se a opção de muitas mulheres por apresentarem suas subjetividades de modos distintos dentro e fora de espaços considerados "seguros". Aponta-se ainda que o reconhecimento da mídia como espaço hostil influencia e informa a formatação da CDMJ como espaço de construção colaborativa, para que diversas vozes possam existir a partir de uma sensação de pertencimento e liberdade de discurso "“ seja o discurso produzido à respeito delas mesmas, ou sobre quaisquer outros temas situados na espinhosa discussão feminista acerca de gênero. Finalmente, argumenta-se que mídias feministas fazem-se necessárias para que mais vozes e subjetividades possam vir a público em segurança, e que a tecnologia permite a construção coletiva de tais espaços.This paper, which results from the joint efforts from members of the collaborative endeavor Casa da Mãe Joanna "“ CDMJ, presents and analyzes the development, creation and implementation of this gender-centric feminist communication and education project. This mediatic site, designed by one of its members and brought to life by various forces, arises from a very specific need: a safe space for discussions relating to gender issues that is avowedly feminist. A quantitative study was undertaken and the analysis indicates that CDMJ does constitute an alternative space in which discussions on gender and feminism(s) are welcomed and encouraged. It was also pointed out that recognizing the media as a hostile space influences and informs the formatting of CDMJ as a space for collaborative construction, so that different voices can arise from within an atmosphere of belonging and freedom of speech "“ be the speech about the members"™ own experiences or about any other topic located in cantankerous feminist discussions about gender. Finally, it is argued that feminist media sites are necessary so that more voices and subjectivities can be made public safely, and that technology allows for the collective creation of such spaces.Vinculada ao grupo de pesquisa ConsCiência-Social, a Pós-Graduação em Sociologia (UFAL)2016-09-08info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado pelos Paresapplication/pdfhttps://revistacafecomsociologia.com/revista/index.php/revista/article/view/636Revista Café com Sociologia; v. 5 n. 2 (2016): Mai./Jul. 2016; 64-772317-0352reponame:Revista Café com Sociologiainstname:Universidade Federal de Alagoas (UFAL)instacron:GPCSporhttps://revistacafecomsociologia.com/revista/index.php/revista/article/view/636/pdfAzevedo, DeboraDemboski Burigo, BeatrizBurigo, JoannaDelajustine, Ana ClaudiaBattesini Teixeira, Thaináinfo:eu-repo/semantics/openAccess2016-12-26T17:58:54Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/636Revistahttps://revistacafecomsociologia.com/revista/index.php/revista/PUBhttps://revistacafecomsociologia.com/revista/index.php/revista/oai||crisbodart@hotmail.com2317-03522317-0352opendoar:2024-03-06T12:28:04.585935Revista Café com Sociologia - Universidade Federal de Alagoas (UFAL)false
dc.title.none.fl_str_mv "A Joanna sou eu, mas a casa é nossa": a emergência de um locus midiático colaborativo feminista
title "A Joanna sou eu, mas a casa é nossa": a emergência de um locus midiático colaborativo feminista
spellingShingle "A Joanna sou eu, mas a casa é nossa": a emergência de um locus midiático colaborativo feminista
Azevedo, Debora
Feminismos
Tecnologias
Subjetividades
title_short "A Joanna sou eu, mas a casa é nossa": a emergência de um locus midiático colaborativo feminista
title_full "A Joanna sou eu, mas a casa é nossa": a emergência de um locus midiático colaborativo feminista
title_fullStr "A Joanna sou eu, mas a casa é nossa": a emergência de um locus midiático colaborativo feminista
title_full_unstemmed "A Joanna sou eu, mas a casa é nossa": a emergência de um locus midiático colaborativo feminista
title_sort "A Joanna sou eu, mas a casa é nossa": a emergência de um locus midiático colaborativo feminista
author Azevedo, Debora
author_facet Azevedo, Debora
Demboski Burigo, Beatriz
Burigo, Joanna
Delajustine, Ana Claudia
Battesini Teixeira, Thainá
author_role author
author2 Demboski Burigo, Beatriz
Burigo, Joanna
Delajustine, Ana Claudia
Battesini Teixeira, Thainá
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Azevedo, Debora
Demboski Burigo, Beatriz
Burigo, Joanna
Delajustine, Ana Claudia
Battesini Teixeira, Thainá
dc.subject.por.fl_str_mv Feminismos
Tecnologias
Subjetividades
topic Feminismos
Tecnologias
Subjetividades
description O presente trabalho é resultado de uma construção coletiva, que apresenta e analisa a elaboração, criação e execução de um projeto colaborativo de comunicação e educação feminista sobre gênero situado nas redes sociais e denominado Casa da Mãe Joanna "“ CDMJ. Este local midiático, idealizado por uma de suas integrantes e construído por diversas forças em colaboração, surge de uma necessidade: espaço seguro para discussões sobre gênero que seja declaradamente feminista. Com o objetivo de caracterizar este local midiático e discutir sua emergência, realizou-se uma pesquisa quantitativa de caráter descritivo. Para a obtenção de dados foram utilizadas pesquisa documental baseada em 276 postagens em um grupo fechado em uma rede social e um levantamento por meio de questionário on line com 69 respondentes. Os dados foram tratados quantitativamente por meio de estatística descritiva. A análise indica que a CDMJ se constitui em alternativa de espaço no qual discussões sobre gênero e feminismo(s) são bem-vindas e incentivadas. Identifica-se a opção de muitas mulheres por apresentarem suas subjetividades de modos distintos dentro e fora de espaços considerados "seguros". Aponta-se ainda que o reconhecimento da mídia como espaço hostil influencia e informa a formatação da CDMJ como espaço de construção colaborativa, para que diversas vozes possam existir a partir de uma sensação de pertencimento e liberdade de discurso "“ seja o discurso produzido à respeito delas mesmas, ou sobre quaisquer outros temas situados na espinhosa discussão feminista acerca de gênero. Finalmente, argumenta-se que mídias feministas fazem-se necessárias para que mais vozes e subjetividades possam vir a público em segurança, e que a tecnologia permite a construção coletiva de tais espaços.This paper, which results from the joint efforts from members of the collaborative endeavor Casa da Mãe Joanna "“ CDMJ, presents and analyzes the development, creation and implementation of this gender-centric feminist communication and education project. This mediatic site, designed by one of its members and brought to life by various forces, arises from a very specific need: a safe space for discussions relating to gender issues that is avowedly feminist. A quantitative study was undertaken and the analysis indicates that CDMJ does constitute an alternative space in which discussions on gender and feminism(s) are welcomed and encouraged. It was also pointed out that recognizing the media as a hostile space influences and informs the formatting of CDMJ as a space for collaborative construction, so that different voices can arise from within an atmosphere of belonging and freedom of speech "“ be the speech about the members"™ own experiences or about any other topic located in cantankerous feminist discussions about gender. Finally, it is argued that feminist media sites are necessary so that more voices and subjectivities can be made public safely, and that technology allows for the collective creation of such spaces.
publishDate 2016
dc.date.none.fl_str_mv 2016-09-08
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
Artigo avaliado pelos Pares
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://revistacafecomsociologia.com/revista/index.php/revista/article/view/636
url https://revistacafecomsociologia.com/revista/index.php/revista/article/view/636
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://revistacafecomsociologia.com/revista/index.php/revista/article/view/636/pdf
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Vinculada ao grupo de pesquisa ConsCiência-Social, a Pós-Graduação em Sociologia (UFAL)
publisher.none.fl_str_mv Vinculada ao grupo de pesquisa ConsCiência-Social, a Pós-Graduação em Sociologia (UFAL)
dc.source.none.fl_str_mv Revista Café com Sociologia; v. 5 n. 2 (2016): Mai./Jul. 2016; 64-77
2317-0352
reponame:Revista Café com Sociologia
instname:Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
instacron:GPCS
instname_str Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
instacron_str GPCS
institution GPCS
reponame_str Revista Café com Sociologia
collection Revista Café com Sociologia
repository.name.fl_str_mv Revista Café com Sociologia - Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
repository.mail.fl_str_mv ||crisbodart@hotmail.com
_version_ 1792807728662446080