INFLUÊNCIA DA DECLIVIDADE E DE NÍVEIS DE COBERTURA DO SOLO NO PROCESSO DE EROSÃO COM CHUVA SIMULADA
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentavel |
Texto Completo: | https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/RVADS/article/view/432 |
Resumo: | Utilizou-se um simulador de chuvas com o objetivo de avaliar o comportamento da perda de solo e água decorrentes de chuvas simuladas sob diferentes declividades e níveis de cobertura da superfície do solo. O experimento foi conduzido em um galpão na área experimental do Departamento de Engenharia Rural, da Universidade Federal de Santa Maria, RS, no ano agrícola de 2010. As precipitações simuladas foram aplicadas utilizando-se um simulador estacionário de bicos múltiplos e oscilantes, desenvolvido pelo National Soil Erosion Research Lab, USDA – ARS, USA. O experimento consistiu de um esquema fatorial, com quatro valores de cobertura do solo (0, 0, 1, e 5 ton. ha-1) correspondentes às declividades de 20, 10, 10, e 10%, respectivamente, e uma intensidade de precipitação média de 73,13 mm h-1. Foram usadas quatro caixas metálicas (tratamentos), com uma abertura em uma das extremidades para escoamento da enxurrada. O tratamento 1 ficou com uma declividade de 20% e sem palha sobre a superfície, simulando um sistema de cultivo convencional; os outros três tratamentos restantes permaneceram com 10% de declividade, porém o tratamento 2 permaneceu sem palha sobre a superfície, simulando um sistema de cultivo convencional; no tratamento 3 distribuiu-se a palha uniformemente sobre a superfície na proporção de 1 ton. ha-1, simulando um sistema de plantio direto com pouca palhada; e no tratamento 4 a palhada foi distribuída uniformemente sobre a superfície na proporção de 5 ton. ha-1, simulando um sistema de cultivo plantio direto com boa formação de palhada. A perda de solo foi determinada pelo método direto. Nos tratamentos 1 e 2, a água da chuva não encontrou nenhuma barreira para atingir o solo, descarregando toda sua energia sobre os agregados do solo, que sofreram desagregação, e foram transportados por salpicamento, e se depositaram em outro local, trazendo como conseqüência o entupimento dos poros. Esse entupimento dos poros causou selamento superficial do solo, o que afetou significativamente a infiltração da água, aumentando a quantidade de água perdida por escoamento, e que junto com ela arrastou as partículas do solo. Nos tratamentos 3 e 4 foi encontrado uma situação bem mais próxima da ideal para manter um solo protegido. Isso ocorreu devido à cobertura vegetal que protegeu o solo contra o impacto da gota de chuva, dissipando sua energia cinética, impedindo a desagregação e posterior entupimento dos poros e evitando a formação da camada de selamento superficial. Então um dos principais métodos para controlar a maior parte dessas perdas do solo por erosão, se dá com a adoção de uma boa cobertura vegetal do solo (palhada), principalmente para impedir a ocorrência da primeira fase da erosão, que é a desagregação das partículas do solo. |
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Utilizou-se um simulador de chuvas com o objetivo de avaliar o comportamento da perda de solo e água decorrentes de chuvas simuladas sob diferentes declividades e níveis de cobertura da superfície do solo. O experimento foi conduzido em um galpão na área experimental do Departamento de Engenharia Rural, da Universidade Federal de Santa Maria, RS, no ano agrícola de 2010. As precipitações simuladas foram aplicadas utilizando-se um simulador estacionário de bicos múltiplos e oscilantes, desenvolvido pelo National Soil Erosion Research Lab, USDA – ARS, USA. O experimento consistiu de um esquema fatorial, com quatro valores de cobertura do solo (0, 0, 1, e 5 ton. ha-1) correspondentes às declividades de 20, 10, 10, e 10%, respectivamente, e uma intensidade de precipitação média de 73,13 mm h-1. Foram usadas quatro caixas metálicas (tratamentos), com uma abertura em uma das extremidades para escoamento da enxurrada. O tratamento 1 ficou com uma declividade de 20% e sem palha sobre a superfície, simulando um sistema de cultivo convencional; os outros três tratamentos restantes permaneceram com 10% de declividade, porém o tratamento 2 permaneceu sem palha sobre a superfície, simulando um sistema de cultivo convencional; no tratamento 3 distribuiu-se a palha uniformemente sobre a superfície na proporção de 1 ton. ha-1, simulando um sistema de plantio direto com pouca palhada; e no tratamento 4 a palhada foi distribuída uniformemente sobre a superfície na proporção de 5 ton. ha-1, simulando um sistema de cultivo plantio direto com boa formação de palhada. A perda de solo foi determinada pelo método direto. Nos tratamentos 1 e 2, a água da chuva não encontrou nenhuma barreira para atingir o solo, descarregando toda sua energia sobre os agregados do solo, que sofreram desagregação, e foram transportados por salpicamento, e se depositaram em outro local, trazendo como conseqüência o entupimento dos poros. Esse entupimento dos poros causou selamento superficial do solo, o que afetou significativamente a infiltração da água, aumentando a quantidade de água perdida por escoamento, e que junto com ela arrastou as partículas do solo. Nos tratamentos 3 e 4 foi encontrado uma situação bem mais próxima da ideal para manter um solo protegido. Isso ocorreu devido à cobertura vegetal que protegeu o solo contra o impacto da gota de chuva, dissipando sua energia cinética, impedindo a desagregação e posterior entupimento dos poros e evitando a formação da camada de selamento superficial. Então um dos principais métodos para controlar a maior parte dessas perdas do solo por erosão, se dá com a adoção de uma boa cobertura vegetal do solo (palhada), principalmente para impedir a ocorrência da primeira fase da erosão, que é a desagregação das partículas do solo. |
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