Reação da laranjeira azêda à tristeza

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa,A. S.
Data de Publicação: 1954
Outros Autores: Grant,T. J., Moreira,Sylvio
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Bragantia
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87051954000100017
Resumo: Mudinhas novas de laranjeira azêda podem ser infetadas com o vírus da tristeza por meio do afídio vetor da moléstia ou mais fàcilmente por enxertia. Plantas adultas são muitos resistentes, quase imunes. A recuperação do vírus da tristeza de plantas de laranja azeda infetadas é efetuada com facilidade por meio de enxertia e com muita dificuldade por meio do vetor. Os sintomas comumente apresentados por mudinhas de laranja azêda afetadas, consistem em amarelecimento das fôlhas novas, paralisação no crescimento e eventual queda das fôlhas amareladas. Em caso de infecção com estirpes fracas do vírus, os sintomas são menos evidentes e comumente há recuperação. As fôlhas formadas após recuperação, muitas vêzes apresentam palidez de pequenas extensões das nervuras. Os tecidos do floema da laranjeira azêda, abaixo do enxêrto de laranjeira doce infetada, mostram degeneração. Êstes sintomas têm sido utilizados para distinguir a tristeza de outras moléstias que causam declínio da planta. Sintomas de depressões no lenho ("pitting") raramente se manifestam em laranjeira azêda. Não se conhece presentemente nenhuma variedade de laranja azêda tolerante à tristeza, não se podendo, portanto, utilizar êsse cavalo para copas nas quais o vírus da tristeza se multiplica e atinge concentrações elevadas. Entretanto, a laranjeira azeda ainda pode ser usada como cavalo para alguns limões dos tipos Eureka e Siciliano e para a própria laranjeira azêda, em áreas invadidas pela moléstia. Há possibilidade de que o cavalo de azêda possa vir a ser novamente empregado para variedades que usualmente perecem quando nela enxertadas, lançando-se mão de medidas auxiliares como a inoculação prévia da copa com uma estirpe fraca do vírus, pela utilização do tipo de copa com união múltipla, etc. Borbulhas de plantas de laranja azêda afetadas pela tristeza nem sempre encerram o vírus. Borbulhas de plantas afetadas ou de plantas sadias se desenvolvem mais ou menos satisfatòriamente quando sôbre-enxertadas em galhos de laranjeira doce sobre laranjeira azêda, já em avançado estado de declínio. Uma copa mista de laranjeiras azêda e doce sôbre cavalo de azêda pode causar alguns benefícios à planta afetada pela tristeza sob determinadas condições, mas êsse benefício não é duradouro e o método não oferece possibilidades práticas. A laranjeira azêda em viveiro tem sido utilizada com vantagem na determinação da presença do vírus da tristeza em borbulhas de vários tipos de Citrus, pela observação do crescimento feito a partir dessas borbulhas em comparação com aquêle de borbulhas da mesma variedade garantidamente sadias. Para a determinação da presença de estirpes fracas do vírus o método é mais demorado. Interenxertos de laranjeira azêda entre copas e raízes de laranjeira doce são suficientes para que haja manifestação de sintomas da moléstia. Há aparentemente alguma translocação através do interenxêrto, pois o desenvolvimento do cavalo abaixo e acima dele é aproximadamente igual.
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