Melhoramento do Cafeeiro: XXI - Comportamento regional de variedades. Linhagens e progênies de café ao sol e à sombra

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho,A.
Data de Publicação: 1961
Outros Autores: Krug,C. A., Mendes,J. E. T., Antunes Filho,H., Junqueira,A. R., Aloisio Sobrinho,J., Rocha,T. R., Moraes,M. V.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Bragantia
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87051961000100046
Resumo: Plantaram-se em fins de 1945, nas estações experimentais do Instituto Agronômico localizadas em Campinas, Ribeirão Prêto e Pindorama e, em princípios de 1947 em Mococa e Jaú, ensaios compreendendo progênies, linhagens e variedades de cafeeiros selecionados a fim de estudar a sua reação em ambiente ensolarado e à sombra de ingàzeiros. Numerosas anotações foram realizadas referentes às re-plantas, desenvolvimento dos cafeeiros, produtividade, rendimento e características dos frutos e das sementes. Durante os primeiros anos de desenvolvimento, as replantas feitas mostraram-se mais freqüentes em Ribeirão Prêto e Pindorama e, ao dar por encerrada a primeira fase dêste ensaio, em 1956, o maior número de falhas foi observado em Jaú e, o menor, em Campinas. Nas repetições sombreadas dêstes ensaios, as falhas mostraram-se mais freqüentes. As progênies ou linhagens de Sumatra, Laurina e Caturra e as derivadas do Bourbon Vermelho C 44 foram as que deram os mais elevados números de falhas. Apenas em Ribeirão Prêto os cafeeiros mostraram sensível diminuição na altura, tomada como índice do desenvolvimento vegetativo, no ambiente sombreado, sendo pequenas as diferenças nas demais localidades. No que se refere à produção total de café cereja de todos os intens nos anos considerados, os dados obtidos indicaram sempre maior produção no lote ao sol, em comparação corn a do sombreado. Em Campinas, a produção tias repetições ao sol foi de 82% maior; em Pindorama, 349% em Ribeirão Prêto, 1271%; em Mococa. 69% e, em Jaú, 305% mais elevadas, tornando desaconselhável a prática do sombreamento nas localidades estudadas. Diferenças no número de talhas, na luminosidade e na água disponível no solo, devem ser os principais responsáveis pelas produções mais elevadas ao sol. No que se refere ao comportamento dos cafeeiros nos dois ambientes, notou-se que os mais produtivos ao sol, também alcançam as primeiras colocações no lote sombreado, indicando (pie a seleção feita ao sol deve ser eficiente também para o plantio à sombra do ingàzeiro. Em comparação com a testemunha HourUon Vermelho LC 370, dez dos itens do ensaio de Campinas, dois de Pindorama, seis de Ribeirão Prêto, três de Mococa e dois de Jaú, deram produções significativamente maiores no lote ao sol. No lote à sombra os itens melhores do que o testemunha foram em número de dois em Campinas, cinco em Pindorama, sete em Ribeirão Prêto, dois em Mococa e um em Jaú. Revelaram-se de particular interesse, pela elevada produção, as progenies de Bourbon Amarelo incluídas em ensaios de Mococa e Jaú, confirmando resultados obtidos em outros ensaios sobre a produtividade do Bourbon Amarelo. Se não tivessem surgido as linhagens de Mundo Novo e outras de liourboii Amarelo, Oses ensaios teriam fornecido informações sobre as melhores linhagens a serem plantadas em cada região agrícola. Quanto à variação anual de produção cm Campinas e Mo;oca, não se observaram diferenças significativas nos lotes ao sol e sombreado, enquanto em Pindorama e Jaú, as variâncias de produção nas repetições ao sol mostraram-se pouco maiores, o que talvez esteja relacionado com a produção, bem maior ao sol, nessas localidades. Em Ribeirão Prêto a discrepância de produção foi muito elevada, não permitindo esta comparação. As observações feitas sobre as produções nos períodos de 2, 4, 6 e K anos, mostraram que os itens mais produtivos, tanto ao sol como nas repetições a sombra, revelaram-se logo depois das quatro primeiras produções. Notou-se que alguns cafeeiros são precoces quanto à produção, como o Caturra o a linhagem de líourbon Vermelho LC 43, e outros mais tardios, como os de líourbon Amarelo em Mococa e Jaú, as linhagens LC 408 em Campinas, e as de líourbon Vermelho C 376-1, C 662 e LC 493 cm várias localidades. Embora tenham sido verificadas setisívei-, diferenças no rendimento das progenies, linhagens e variedades, observou-se que estes são um pouco melhores à sombra. As porcentagens de frutil icação foram mais elevadas nas repetições à sombra em Campinas, Mococa e Jaú e, menores, em Ribeirão Prêto e Pindorama, embora a produção tenha se revelado menor. É de se salientar que o Laurina, com a mais elevada porcentagem de frutificação, apresentou também uma das mais reduzidas produções. O pêso médio de cereja foi pouco influenciado pelo plantio à sombra, cm relação ao sol, enquanto o peso médio das sementes se mostrou pouco maior no lote sombreado, indicando menor pêso do pericarpo, o que confirma os dados sôbre os valores do rendimento. Quanto às proporções dos tipos de sementes moca, concha e chato, pouca variação foi notada no lote ao sol e à sombra, o mesmo ocorrendo com a quantidade de sementes chochas e tamanho da semente, revelado pela peneira média, e sua densidade. Os dados obtidos sobre a incidência de broca, em Campinas, mostraram que, à sombra, a infestação é maior. Observações realizadas sobre a maturação dos frutos, levaram à conclusão de que a partir de flôres abertas na mesma época, não ocorrem diferenças na maturação nas progenies plantadas ao sol e à sombra. Tomando-se ao acaso, amostras de frutos resultantes de flôres abertas nas várias épocas, verifica-se um pequeno atraso de maturação nas repetições ê sombra, indicando possíveis diferenças na intensidade do florescimento nos dois ambientes. Quanto à qualidade da bebida, os dados são de molde a sugerir maior acidez nas amostras colhidas à sombra, não ocorrendo discrepâncias acentuadas quanto aos demais característicos examinados. Os dados gerais dêstes ensaios permitem concluir que, a não ser pela drástica redução na produtividade dos cafèzais, os demais fatores estudados não se mostraram particularmente afetados pelas diferenças do ambiente ao sol e à sombra. Também permitem afirmar, de um modo geral, que as progenies e linhagens reagiram, de maneira semelhante ao sol e à sombra, no sentido de que as mais promissoras ao sol também tendem a dar boa produção à sombra.
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As progênies ou linhagens de Sumatra, Laurina e Caturra e as derivadas do Bourbon Vermelho C 44 foram as que deram os mais elevados números de falhas. Apenas em Ribeirão Prêto os cafeeiros mostraram sensível diminuição na altura, tomada como índice do desenvolvimento vegetativo, no ambiente sombreado, sendo pequenas as diferenças nas demais localidades. No que se refere à produção total de café cereja de todos os intens nos anos considerados, os dados obtidos indicaram sempre maior produção no lote ao sol, em comparação corn a do sombreado. Em Campinas, a produção tias repetições ao sol foi de 82% maior; em Pindorama, 349% em Ribeirão Prêto, 1271%; em Mococa. 69% e, em Jaú, 305% mais elevadas, tornando desaconselhável a prática do sombreamento nas localidades estudadas. Diferenças no número de talhas, na luminosidade e na água disponível no solo, devem ser os principais responsáveis pelas produções mais elevadas ao sol. No que se refere ao comportamento dos cafeeiros nos dois ambientes, notou-se que os mais produtivos ao sol, também alcançam as primeiras colocações no lote sombreado, indicando (pie a seleção feita ao sol deve ser eficiente também para o plantio à sombra do ingàzeiro. Em comparação com a testemunha HourUon Vermelho LC 370, dez dos itens do ensaio de Campinas, dois de Pindorama, seis de Ribeirão Prêto, três de Mococa e dois de Jaú, deram produções significativamente maiores no lote ao sol. No lote à sombra os itens melhores do que o testemunha foram em número de dois em Campinas, cinco em Pindorama, sete em Ribeirão Prêto, dois em Mococa e um em Jaú. Revelaram-se de particular interesse, pela elevada produção, as progenies de Bourbon Amarelo incluídas em ensaios de Mococa e Jaú, confirmando resultados obtidos em outros ensaios sobre a produtividade do Bourbon Amarelo. 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As progênies ou linhagens de Sumatra, Laurina e Caturra e as derivadas do Bourbon Vermelho C 44 foram as que deram os mais elevados números de falhas. Apenas em Ribeirão Prêto os cafeeiros mostraram sensível diminuição na altura, tomada como índice do desenvolvimento vegetativo, no ambiente sombreado, sendo pequenas as diferenças nas demais localidades. No que se refere à produção total de café cereja de todos os intens nos anos considerados, os dados obtidos indicaram sempre maior produção no lote ao sol, em comparação corn a do sombreado. Em Campinas, a produção tias repetições ao sol foi de 82% maior; em Pindorama, 349% em Ribeirão Prêto, 1271%; em Mococa. 69% e, em Jaú, 305% mais elevadas, tornando desaconselhável a prática do sombreamento nas localidades estudadas. Diferenças no número de talhas, na luminosidade e na água disponível no solo, devem ser os principais responsáveis pelas produções mais elevadas ao sol. 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Notou-se que alguns cafeeiros são precoces quanto à produção, como o Caturra o a linhagem de líourbon Vermelho LC 43, e outros mais tardios, como os de líourbon Amarelo em Mococa e Jaú, as linhagens LC 408 em Campinas, e as de líourbon Vermelho C 376-1, C 662 e LC 493 cm várias localidades. Embora tenham sido verificadas setisívei-, diferenças no rendimento das progenies, linhagens e variedades, observou-se que estes são um pouco melhores à sombra. As porcentagens de frutil icação foram mais elevadas nas repetições à sombra em Campinas, Mococa e Jaú e, menores, em Ribeirão Prêto e Pindorama, embora a produção tenha se revelado menor. É de se salientar que o Laurina, com a mais elevada porcentagem de frutificação, apresentou também uma das mais reduzidas produções. 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