Esofagite ulcerativa associada ao uso de alendronato de sódio: achados histopatológicos e endoscópicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes,Paula Ávila
Data de Publicação: 2002
Outros Autores: Pires,Marcelo Soares, Gouvêa,Agostinho Pinto
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos de gastroenterologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032002000300007
Resumo: RACIONAL: A esofagite induzida por drogas pode ser decorrente do contato prolongado do medicamento com a mucosa ou de alterações das condições locais da mucosa esofágica. O uso de alendronato de sódio, um inibidor da reabsorção óssea utilizado na prevenção e tratamento da osteoporose, tem sido recentemente citado como causa de lesões no trato gastrointestinal superior. OBJETIVO: Descrever os achados clínicos, endoscópicos e histopatológicos de pacientes com esofagite ulcerativa associada ao uso de alendronato de sódio. PACIENTES: Quatro pacientes do sexo feminino e um do sexo masculino, em tratamento de osteoporose com alendronato de sódio, submetidos a endoscopia digestiva alta seguida de biopsia esofágica. RESULTADOS: Os pacientes apresentavam idade entre 64 e 84 anos e sintomatologia dispéptica após um período de 2 a 12 meses de uso de alendronato de sódio. A endoscopia digestiva mostrou área de mucosa friável, com erosão e/ou ulceração recobertas por fibrina, localizadas no terço distal do esôfago. O exame histopatológico mostrou esofagite ulcerativa caracterizada por material necrofibrinopurulento e tecido de granulação, além de material amarelado e refringente à luz polarizada. Os pacientes evoluíram com remissão completa dos sintomas após suspensão da droga. CONCLUSÕES: As lesões esofágicas associadas ao uso de alendronato de sódio não são freqüentes e parecem estar relacionadas ao uso incorreto da medicação. Os endoscopistas e patologistas devem ficar atentos à possibilidade do uso de alendronato de sódio diante do diagnóstico de úlceras esofágicas em pacientes idosos, principalmente do sexo feminino. Esta identificação implicaria em melhor tratamento dos pacientes.
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