Camu-camu arbustivo (Myrciaria dubia) e camu-camu arbóreo (M. floribunda): enxertia intraespecífica e interespecífica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do INPA |
Texto Completo: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5253 http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4240907H8 |
Resumo: | O camu-camu (Myrciaria dubia (H.B.K.) McVaugh), espécie frutífera nativa da Amazônia, de porte arbustivo, é propagado, normalmente, por sementes, ocasionando grande variação na idade do início da frutificação e no ciclo de produção, bem como no teor de ácido ascórbico (vitamina C) dos frutos. Outra espécie de camu-camu, M. floribunda (West ex Willd.) O. Berg, de porte arbóreo, ocorre em menor densidade na região. O trabalho foi desenvolvido no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Manaus, AM) e teve por objetivo avaliar a eficiência de diferentes métodos de enxertia e a compatibilidade intraespecífica e interespecífica na formação de mudas de camu-camu arbustivo e camu-camu arbóreo. Para tanto, foram instalados quatro ensaios independentes, como seguem: a) Clonagem do camu-camu arbustivo em porta-enxertos de camu-camu arbustivo e arbóreo - delineamento experimental de blocos ao acaso, em esquema fatorial 4 (tipos de enxertia) X 2 (espécies de porta-enxerto), com quatro repetições, com cada bloco constituído de material propagativo de uma planta doadora diferente; b) Clonagem do camu-camu arbóreo sobre arbóreo - delineamento experimental de blocos ao acaso, com 5 tratamentos (tipos de enxertia) e cinco repetições, com cada bloco constituído de material propagativo de uma planta doadora diferente; c) Clonagem do camu-camu arbustivo em porta-enxertos de camu-camu arbustivo e arbóreo utilizando enxertia por garfagem e borbulhia - delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3 (tipos de enxertia) x 2 (espécies de portaenxerto), com quatro repetições; d) Clonagem do camu-camu arbóreo em portaenxertos de camu-camu arbóreo e arbustivo - delineamento experimental inteiramente casualizado, em esquema fatorial, 3 (tipos de enxertia: garfagem lateral com lingüeta, fenda lateral e borbulhia escudo com lenho) x 2 (espécies de portaenxerto), com quatro repetições. Seguem os resultados: a) M. dubia apresentou melhor desempenho como porta-enxerto da própria espécie (78,4%), comparada a M. floribunda (49,3%); foram observados comportamentos distintos quanto aos métodos de enxertia empregados (fenda lateral, 89,3%; lateral com lingüeta, 79,3%; topo em fenda cheia, 51,6%; e inglês complicado, 31,5%); b) M. floribunda enxertada sobre a própria espécie se comportou de maneira distinta quanto aos métodos de enxertia utilizados (garfagem fenda lateral, 60,0%; borbulhia escudo com lenho, 53,3%; garfagem lateral com lingüeta, 46,7%; garfagem de topo fenda cheia, 10,0%; e garfagem inglês complicado, 3,3%); c) M. floribunda (56.7%) e M. dubia (52,5%) não diferiram significativamente entre si como porta-enxerto de M. dubia, assim como quanto aos diferentes métodos de enxertia (garfagem lateral com lingüeta, 45,0%; borbulhia escudo com lenho, 56,2%; e garfagem fenda lateral, 62,5%); d) A matriz de M. floribunda, utilizada como fonte de propágulo, mostrou-se inadequada para o processo de enxertia, aparentemente, devido a sua incapacidade de formação de calo ponte . Diante dos resultados acima, conclui-se que: a) M. dubia e M. floribunda não apresentaram sinais aparentes de incompatibilidade na enxertia intraespecífica e interespecífica durante a formação de mudas; b) Os métodos de enxertia garfagem lateral, garfagem fenda lateral e borbulhia escudo com lenho apresentaram melhor desempenho tanto para M. dubia como M. floribunda; e c) Enxertos provenientes de progênies de meio-irmãos de M. floribunda mostraram comportamento diferenciado quanto à formação de calo e pegamento da enxertia intraespecífica e interespecífica. |
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Moreira Filho, MarioFerreira, Sidney Alberto do Nascimento2020-01-20T20:03:13Z2020-01-20T20:03:13Z2009-05-06https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5253http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4240907H8O camu-camu (Myrciaria dubia (H.B.K.) McVaugh), espécie frutífera nativa da Amazônia, de porte arbustivo, é propagado, normalmente, por sementes, ocasionando grande variação na idade do início da frutificação e no ciclo de produção, bem como no teor de ácido ascórbico (vitamina C) dos frutos. Outra espécie de camu-camu, M. floribunda (West ex Willd.) O. Berg, de porte arbóreo, ocorre em menor densidade na região. O trabalho foi desenvolvido no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Manaus, AM) e teve por objetivo avaliar a eficiência de diferentes métodos de enxertia e a compatibilidade intraespecífica e interespecífica na formação de mudas de camu-camu arbustivo e camu-camu arbóreo. Para tanto, foram instalados quatro ensaios independentes, como seguem: a) Clonagem do camu-camu arbustivo em porta-enxertos de camu-camu arbustivo e arbóreo - delineamento experimental de blocos ao acaso, em esquema fatorial 4 (tipos de enxertia) X 2 (espécies de porta-enxerto), com quatro repetições, com cada bloco constituído de material propagativo de uma planta doadora diferente; b) Clonagem do camu-camu arbóreo sobre arbóreo - delineamento experimental de blocos ao acaso, com 5 tratamentos (tipos de enxertia) e cinco repetições, com cada bloco constituído de material propagativo de uma planta doadora diferente; c) Clonagem do camu-camu arbustivo em porta-enxertos de camu-camu arbustivo e arbóreo utilizando enxertia por garfagem e borbulhia - delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3 (tipos de enxertia) x 2 (espécies de portaenxerto), com quatro repetições; d) Clonagem do camu-camu arbóreo em portaenxertos de camu-camu arbóreo e arbustivo - delineamento experimental inteiramente casualizado, em esquema fatorial, 3 (tipos de enxertia: garfagem lateral com lingüeta, fenda lateral e borbulhia escudo com lenho) x 2 (espécies de portaenxerto), com quatro repetições. Seguem os resultados: a) M. dubia apresentou melhor desempenho como porta-enxerto da própria espécie (78,4%), comparada a M. floribunda (49,3%); foram observados comportamentos distintos quanto aos métodos de enxertia empregados (fenda lateral, 89,3%; lateral com lingüeta, 79,3%; topo em fenda cheia, 51,6%; e inglês complicado, 31,5%); b) M. floribunda enxertada sobre a própria espécie se comportou de maneira distinta quanto aos métodos de enxertia utilizados (garfagem fenda lateral, 60,0%; borbulhia escudo com lenho, 53,3%; garfagem lateral com lingüeta, 46,7%; garfagem de topo fenda cheia, 10,0%; e garfagem inglês complicado, 3,3%); c) M. floribunda (56.7%) e M. dubia (52,5%) não diferiram significativamente entre si como porta-enxerto de M. dubia, assim como quanto aos diferentes métodos de enxertia (garfagem lateral com lingüeta, 45,0%; borbulhia escudo com lenho, 56,2%; e garfagem fenda lateral, 62,5%); d) A matriz de M. floribunda, utilizada como fonte de propágulo, mostrou-se inadequada para o processo de enxertia, aparentemente, devido a sua incapacidade de formação de calo ponte . Diante dos resultados acima, conclui-se que: a) M. dubia e M. floribunda não apresentaram sinais aparentes de incompatibilidade na enxertia intraespecífica e interespecífica durante a formação de mudas; b) Os métodos de enxertia garfagem lateral, garfagem fenda lateral e borbulhia escudo com lenho apresentaram melhor desempenho tanto para M. dubia como M. floribunda; e c) Enxertos provenientes de progênies de meio-irmãos de M. floribunda mostraram comportamento diferenciado quanto à formação de calo e pegamento da enxertia intraespecífica e interespecífica.The camu-camu (Myrciaria dubia (H.B.K.) McVaugh) is a shrubby indigenous fruit species found in the floodplains of Amazonia. The species is commonly propagated by seeds, and consequently shows considerable variation in age of bearing, production cycle, fruit yields and Vitamin C contents. Myrciaria floribunda (West ex Willd.) O. Berg is a small tree that occurs less frequently in the region. The present study was carried out at the Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Manaus, AM) and evaluated different types of grafting, and intraspecific and interspecific compatibility between shrubby and arboreal camu-camu to obtain cloned plants of both. To achieve this, four experiments were installed: a) Cloning of shrubby camu-camu on shrubby and arboreal camu-camu rootstocks in a randomized complete blocks design arranged as a 4 (types of grafting) x 2 (rootstock species) factorial plan, with 4 replicates, each block composed of propagative material obtained from a different plant; b) Cloning of arboreal camu-camu on arboreal rootstocks in a randomized complete blocks design, with 5 treatments (types of grafting) and 5 replicates, each block composed of propagative material obtained from a different tree; c) Cloning of shrubby camu-camu on shrubby and arboreal camu-camu rootstocks employing grafting and budding in a completely randomized design arranged as a 3 (types of grafting) x 2 (rootstock species) factorial plan, with 4 replicates; d) Cloning of arboreal camu-camu on arboreal and shrubby camu-camu rootstocks in a completely randomized design arranged as a 3 (types of grafting) x 2 (rootstock species) factorial plan, with 4 replicates. a) M. dubia was a better rootstock for itself (78,4%) than was M. floribunda (49,3%); as for the type of grafting, side cleft graft, 89,3%, was the best, side-tongue graft, 79,3%, cleft graft, 51,6%, and whip and tongue graft, 31,5%. b) M. floribunda grafted on itself responded differently for each type of grafting method (side cleft graft, 60,0%; chip budding, 53,3%; side-tongue graft, 46,7%; cleft graft, 10,0%; and whip and tongue graft, 3,3%). c) M. floribunda (56.7%) and M. dubia (52,5%) presented no significant difference as rootstocks for M. dubia, with differences for type of grafting method (side-tongue graft, 45,0%; chip budding, 56,2%; and side cleft graft, 62,5%). d) M. floribunda, used as scion source, appeared to be inadequate for grafting, apparently due to inability form callus bridge . In conclusion: a) M. dubia and M. floribunda presented no serious signs of intraspecific and interspecific grafting incompatibility; b) Side-tongue graft, side cleft graft and chip budding presented the best results in both M. dubia and M. floribunda; and c) Half-sib progenies of M. floribunda showed variable behavior with regard to callus formation and intraspecific and interspecific grafting take.porInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPAAgricultura no Trópico Úmido - ATUAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessMyrciariaCamu-camuMyrciaria dubiaPropagação vegetativaCamu-camu arbustivo (Myrciaria dubia) e camu-camu arbóreo (M. floribunda): enxertia intraespecífica e interespecíficainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional do INPAinstname:Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)instacron:INPATEXTDissertacao_Mario_Moreira.pdf.txtDissertacao_Mario_Moreira.pdf.txtExtracted texttext/plain92762https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/5253/2/Dissertacao_Mario_Moreira.pdf.txt9b6810fd88d3a5e5e7db859baec04669MD52THUMBNAILDissertacao_Mario_Moreira.pdf.jpgDissertacao_Mario_Moreira.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1296https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/5253/3/Dissertacao_Mario_Moreira.pdf.jpg4fa302d9fb461fe131cbd15f44296d5aMD53ORIGINALDissertacao_Mario_Moreira.pdfDissertacao_Mario_Moreira.pdfapplication/pdf969910https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/5253/1/Dissertacao_Mario_Moreira.pdfc57e3f803faf0ba1d49e5de271b8caacMD511/52532020-03-11 11:44:28.107oai:repositorio:1/5253Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.inpa.gov.br/oai/requestopendoar:2020-03-11T15:44:28Repositório Institucional do INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)false |
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O camu-camu (Myrciaria dubia (H.B.K.) McVaugh), espécie frutífera nativa da Amazônia, de porte arbustivo, é propagado, normalmente, por sementes, ocasionando grande variação na idade do início da frutificação e no ciclo de produção, bem como no teor de ácido ascórbico (vitamina C) dos frutos. Outra espécie de camu-camu, M. floribunda (West ex Willd.) O. Berg, de porte arbóreo, ocorre em menor densidade na região. O trabalho foi desenvolvido no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Manaus, AM) e teve por objetivo avaliar a eficiência de diferentes métodos de enxertia e a compatibilidade intraespecífica e interespecífica na formação de mudas de camu-camu arbustivo e camu-camu arbóreo. Para tanto, foram instalados quatro ensaios independentes, como seguem: a) Clonagem do camu-camu arbustivo em porta-enxertos de camu-camu arbustivo e arbóreo - delineamento experimental de blocos ao acaso, em esquema fatorial 4 (tipos de enxertia) X 2 (espécies de porta-enxerto), com quatro repetições, com cada bloco constituído de material propagativo de uma planta doadora diferente; b) Clonagem do camu-camu arbóreo sobre arbóreo - delineamento experimental de blocos ao acaso, com 5 tratamentos (tipos de enxertia) e cinco repetições, com cada bloco constituído de material propagativo de uma planta doadora diferente; c) Clonagem do camu-camu arbustivo em porta-enxertos de camu-camu arbustivo e arbóreo utilizando enxertia por garfagem e borbulhia - delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3 (tipos de enxertia) x 2 (espécies de portaenxerto), com quatro repetições; d) Clonagem do camu-camu arbóreo em portaenxertos de camu-camu arbóreo e arbustivo - delineamento experimental inteiramente casualizado, em esquema fatorial, 3 (tipos de enxertia: garfagem lateral com lingüeta, fenda lateral e borbulhia escudo com lenho) x 2 (espécies de portaenxerto), com quatro repetições. Seguem os resultados: a) M. dubia apresentou melhor desempenho como porta-enxerto da própria espécie (78,4%), comparada a M. floribunda (49,3%); foram observados comportamentos distintos quanto aos métodos de enxertia empregados (fenda lateral, 89,3%; lateral com lingüeta, 79,3%; topo em fenda cheia, 51,6%; e inglês complicado, 31,5%); b) M. floribunda enxertada sobre a própria espécie se comportou de maneira distinta quanto aos métodos de enxertia utilizados (garfagem fenda lateral, 60,0%; borbulhia escudo com lenho, 53,3%; garfagem lateral com lingüeta, 46,7%; garfagem de topo fenda cheia, 10,0%; e garfagem inglês complicado, 3,3%); c) M. floribunda (56.7%) e M. dubia (52,5%) não diferiram significativamente entre si como porta-enxerto de M. dubia, assim como quanto aos diferentes métodos de enxertia (garfagem lateral com lingüeta, 45,0%; borbulhia escudo com lenho, 56,2%; e garfagem fenda lateral, 62,5%); d) A matriz de M. floribunda, utilizada como fonte de propágulo, mostrou-se inadequada para o processo de enxertia, aparentemente, devido a sua incapacidade de formação de calo ponte . Diante dos resultados acima, conclui-se que: a) M. dubia e M. floribunda não apresentaram sinais aparentes de incompatibilidade na enxertia intraespecífica e interespecífica durante a formação de mudas; b) Os métodos de enxertia garfagem lateral, garfagem fenda lateral e borbulhia escudo com lenho apresentaram melhor desempenho tanto para M. dubia como M. floribunda; e c) Enxertos provenientes de progênies de meio-irmãos de M. floribunda mostraram comportamento diferenciado quanto à formação de calo e pegamento da enxertia intraespecífica e interespecífica. |
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