LIMNOLOGIA QUÍMICA DO LAGO DO ARROZ (ILHA DO CAREIRO), SUAS FLUTUAÇÕES EM FUNÇÃO DO MEIO HÍDRICO DO RIO AMAZONAS.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1983 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Acta Amazonica |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0044-59671983000200227 |
Resumo: | Resumo: As condições limnológicas do Lago do Arroz, Ilha do Careiro, Amazônia Central, são determinadas pelo Rio Solimões (Amazonas), pois encontra-se conectado com o mesmo, praticamente o ano todo. A variação do nível da água oscila em torno de 7 a 9 metros, anualmente. Em janeiro, inicia-se o período de elevação do nível da água que vai até fins de junho; de julho até novembro ou dezembro, tem-se o período de rebaixamento. A evolução deste ciclo é o principal responsável pelas grandes variações químicas e biológicas, ali ocorridas. As análises químicas revelam, claramente, as variações sazonais no Lago do Arroz: estagnação, com nítida separação entre o epilímnio e o hipolímnio, estratificação de temperatura, conteúdo de sais totais e a presença de agentes complexantes notáveis durante a cheia e uma mistura total durante o rebaixamento do nível da água (seca). A partir de fins de setembro (seca), o lago recebe uma intensa migração de peixes da família Loricariidae (Pterygoplichthys), que tem o nome vulgar de "Acari-Bodó", (65.000 peixes dessa espécie foram capturados de setembro a dezembro por seis pescadores). Estes peixes provocam uma intensa ressuspensão no sedimento verde do Lago, pois, para desovar cavam buracos de até 20 cm de profundidade na lama. Essa recirculação somada ao efeito do vento, provoca ressuspensão de sedimentos aumentando a quantidade de sais minerais dissolvidos. Este fenômeno gera algumas anomalias que permitem um elevado grau de reciclagem entre nutrientes e a produção primária, que, praticamente, determinam a ausência de estratificação de sedimentos. Em virtude desse fenômeno, o Lago possui uma farta produção primária, absorvendo os nutrientes e transformando-os em matéria orgânica. |
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LIMNOLOGIA QUÍMICA DO LAGO DO ARROZ (ILHA DO CAREIRO), SUAS FLUTUAÇÕES EM FUNÇÃO DO MEIO HÍDRICO DO RIO AMAZONAS.Resumo: As condições limnológicas do Lago do Arroz, Ilha do Careiro, Amazônia Central, são determinadas pelo Rio Solimões (Amazonas), pois encontra-se conectado com o mesmo, praticamente o ano todo. A variação do nível da água oscila em torno de 7 a 9 metros, anualmente. Em janeiro, inicia-se o período de elevação do nível da água que vai até fins de junho; de julho até novembro ou dezembro, tem-se o período de rebaixamento. A evolução deste ciclo é o principal responsável pelas grandes variações químicas e biológicas, ali ocorridas. As análises químicas revelam, claramente, as variações sazonais no Lago do Arroz: estagnação, com nítida separação entre o epilímnio e o hipolímnio, estratificação de temperatura, conteúdo de sais totais e a presença de agentes complexantes notáveis durante a cheia e uma mistura total durante o rebaixamento do nível da água (seca). A partir de fins de setembro (seca), o lago recebe uma intensa migração de peixes da família Loricariidae (Pterygoplichthys), que tem o nome vulgar de "Acari-Bodó", (65.000 peixes dessa espécie foram capturados de setembro a dezembro por seis pescadores). Estes peixes provocam uma intensa ressuspensão no sedimento verde do Lago, pois, para desovar cavam buracos de até 20 cm de profundidade na lama. Essa recirculação somada ao efeito do vento, provoca ressuspensão de sedimentos aumentando a quantidade de sais minerais dissolvidos. Este fenômeno gera algumas anomalias que permitem um elevado grau de reciclagem entre nutrientes e a produção primária, que, praticamente, determinam a ausência de estratificação de sedimentos. Em virtude desse fenômeno, o Lago possui uma farta produção primária, absorvendo os nutrientes e transformando-os em matéria orgânica.Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia1983-04-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0044-59671983000200227Acta Amazonica v.13 n.2 1983reponame:Acta Amazonicainstname:Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)instacron:INPA10.1590/1809-43921983132227info:eu-repo/semantics/openAccessLopes,Ubirajara BoechatSantos,Umberto de MenezesRibeiro,Maria de Nazaré Góespor2017-01-13T00:00:00Zoai:scielo:S0044-59671983000200227Revistahttps://acta.inpa.gov.br/PUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpacta@inpa.gov.br||acta@inpa.gov.br1809-43920044-5967opendoar:2017-01-13T00:00Acta Amazonica - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)false |
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