Aproveitamento da casca de citros na perspectiva de alimentos: prospecção da atividade antibacteriana

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gerhardt,Carin
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Wiest,José Maria, Girolometto,Giovani, Silva,Magnólia Aparecida Silva da, Weschenfelder,Simone
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Food Technology
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-67232012000500003
Resumo: Os citros são as frutas mais produzidas e consumidas no mundo. O Brasil ocupa primeiro lugar na produção mundial e na exportação de suco de laranja, sendo o Estado do Rio Grande do Sul um importante produtor. Ao longo do cultivo e do processamento dos citros, são geradas toneladas de resíduos de baixo valor comercial, mas com grande potencial de aproveitamento dentro da indústria de alimentos. Esses resíduos possuem elevados teores de nutrientes, pigmentos e componentes bioativos, bem como possuem baixa toxicidade e baixo custo. Há evidências de que a casca de diferentes espécies de citros possui princípios ativos antibacterianos e antifúngicos. O objetivo deste trabalho, portanto, foi verificar a atividade antibacteriana de extratos alcoólicos da casca de citros na perspectiva da desinfecção e da conservação de alimentos, propondo alternativas sustentáveis e naturais voltadas a consumidores cada vez mais preocupados com sua saúde. Foram obtidos extratos alcoólicos da casca crua de bergamota-ponkan (Citrus reticulata Blanco), pomelo (Citrus maxima (Burm.) Merr.) e limão-bergamota (Citrus limonia Osbeck ou limão-cravo) maduros, provenientes de cultivo agroecológico, cujas atividades antibacterianas foram avaliadas quanto à Concentração Inibitória Mínima (CIM) e à Concentração Bactericida Mínima (CBM) frente a cinco diferentes bactérias. O extrato de limão-bergamota apresentou a melhor atividade antibacteriana, apresentando CIM em torno de 24 mg.mL-1 e CBM de 42 mg.mL-1 para as bactérias mais resistentes. A bactéria mais sensível a todos os extratos foi Pseudomonas aeruginosa, com CIM entre 16 e 36 mg.mL-1 e CBM entre 28 e 49 mg.mL-1. Os extratos inibiram ou inativaram na sua totalidade as bactérias testadas, indicando a possibilidade de se tornarem alternativas naturais na desinfecção e na conservação de alimentos.
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