Distribuição Espacial das Comunidades de Peixes da Floresta Nacional de Caxiuanã - Pa, Baseado em Atributos Ecomorfológico

• Autor(a) principal: Freitas, Tiago Magalhães da Silva
• Data de Publicação: 2007
• Outros Autores: Barthem, Ronaldo Borges, Montag, Luciano Fogaça de Assis
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/2444
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA::MORFOLOGIA DOS GRUPOS RECENTES; CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA::MORFOLOGIA DOS GRUPOS RECENTES; Comunidades de peixes; Comunidades de peixes; Atributos ecomorfológico; Atributos ecomorfológico

Por meio de um estudo ecomorfológico é possível descrever possíveis táticas alimentares e ambientais de cada espécie (posição em relação à coluna d'água, distância das margens e ambientes), partindo do pressuposto de que a variação morfológica leva a diferenças funcionais e no desempenho, que resultam em diferenças de uso dos recursos. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi analisar a distribuição espacial da comunidade de peixes da Floresta Nacional de Caxiuanã - PA, baseando-se em medidas ecomorfológicas das 28 espécies mais dominantes. A FLONA de Caxiuanã está localizada na porção inferior do rio Anapu, entre os rios Tocantins e Xingu, na Amazônia Oriental, nos municípios de Melgaço e Portei (Estado do Pará). As coletas foram realizadas entre os meses de março/abril (cheia) e outubro/novembro de 2004 (estiagem), por meio de coleta experimental com rede de espera. Em laboratório, dez indivíduos adultos de cada espécie tiveram 18 medidas morfológicas tomadas para se calcular 15 atributos ecomorfológicos. A análise de dados foi composta por técnicas de ordenação (Análise de Componente Principal) e análise de agrupamento hierárquico (Cluster). O resultado da análise de ordenação utilizando-se os dois primeiros componentes, explicaram 97,78% da variação entre as espécies. A análise de agrupamento demonstrou a formação de seis grupos, e que independentemente da proximidade taxonômica, não segrega ou integra as espécies por ambiente, e sim onde as espécies estarão inseridas nos micro-hábitats dos rios e baías da FLONA de Caxiuanã. Isso provavelmente ocorra devido às características morfológicas das espécies e dos cursos d'água dessa região, onde a separação de ambiente lêntico e lótico dificilmente é percebida, pelo fato da região ser uma "ria fluvial", criando um mosaico extremamente heterogêneo, tornando necessários estudos para melhor compreender as adaptações que ao longo do tempo selecionaram as espécies.