Composição, riqueza e diversidade de peixes de igarapés no plató bacaba, flona de saracá-taquera, município de Oriximiná (Pa)

• Autor(a) principal: Santos, Bruno Ayres
• Data de Publicação: 2008
• Outros Autores: Montag, Luciano Fogaça de Assis
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/2516
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA; Igarapé; Ictiologia; Rio Trombetas

A bacia amazônica é a maior bacia hidrográfica em termos de riqueza de espécies de peixes no mundo, no entanto, os estudos ictiológicos enfocam rios de grande porte e espécies de interesse comercial, o que excluem muitas vezes habitats menores como os igarapés. No presente estudo foi investigada a estruturação da ictiocenose nos igarapés de baixio do Platô Bacaba, tributários do rio Trombetas. Os exemplares foram capturados utilizando-se métodos tradicionais de coleta que abrangeram peneiras e redes de arrasto. Foram capturados um total de 552 exemplares representantes de 33 espécies, distribuídas em dez famílias e seis Ordens. A ordem mais diversa e abundante em ambas as fases (cheia e seca) foi Characiformes, seguida de Perciformes. Uma destas espécies provavelmente é nova para a ciência e pertence ao gênero Pyrrhulina. A curva de rarefação de riqueza total não atingiu a assíntota, no entanto, esta foi atingida pela curva das famílias Cichlidaee Lebiasinidae. A partir do teste de ANOVA (gl=l; n=8 p=0, 01; f = 4,208) pode-se concluir que a composição da ictiofauna sofre fortes influências da variação anual das águas e a abundância de espécies apresenta tendência a variações em função do volume de água nos igarapés decorrentes de chuvas. As quatro estações de coleta estudadas não apresentaram diferenças ambientais. A composição encontrada vai de acordo com o padrão de composição para igarapés neotropicais. A riqueza de espécies reflete um limite de ocupação ecológica para ambientes de igarapé. Variações na composição e na riqueza entre as estações do ano provavelmente estão relacionadas com a intensificação das interações bióticas especialmente no período de seca.