Inventário da entomofauna remanescente na área urbana de Belém

• Autor(a) principal: Souza, Fernanda N. de
• Data de Publicação: 2001
• Outros Autores: Martins, Marlúcia B.
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/2022
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA; Entomofauna; Inventário

O presente trabalho tem como objetivo inventariar a entomofauna visitante de plantas do estrato arbustivo de dois parques de Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi e Bosque Rodrigues Alves, no intuito de comparar estes parques em termos da diversidade e abundância desses insetos, relacionando-as às características gerais de cada parque e à composição florística dos seus sub-bosques. As visitas com três observações semanais, sempre no horário da manhã, foram realizadas durante quatro meses em cada parque. Em cada visita as plantas foram vistoriadas para registrar a visitação dos insetos, localizadas, identificadas e classificadas quanto a origem. Os insetos visitantes foram coletados manualmente, com auxílio de um puçá. Os indivíduos foram mantidos à seco e identificados posteriormente. O material foi fotografado e tombado na coleção do Museu Goeldi e uma coleção de referência de cada parque foi reservada. No total foram realizadas 299 amostragens de insetos nos dois parques (142 no MPEG e 157 no BRA). O parque do MPEG caracterizou-se por possuir mais de 60% de plantas introduzidas no seu sub-bosque enquanto que o vegetação do BRA apresentou-se como um remanescente de floresta com pouca introduções. Coletou-se 387 insetos no Museu e 634 no Bosque, totalizando 7 ordens, 24 famílias e 210 morfoespécies. O Bosque foi 3 vezes mais rico em morfoespécies que o Museu. A similaridade da fauna entre os parques foi menor que 33% para todas as ordens analisadas. Há uma clara distinção entre os dois parques. A diferença observada na composição da entomofauna pode ser reflexo do grande número de plantas exóticas introduzidas no Museu. Já a menor diversidade de espécies lá encontrada, pode ser produto não só da composição florística distinta, mas também dada pela localização mais urbana do parque, menor tamanho e pela própria história da sua constituição.