PERCEPÇÃO DE FONTES DE ESTRESSE OCUPACIONAL, COPING E RESILIÊNCIA NO FISIOTERAPEUTA

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Main Author: Silva, Patricia Leite Alvares
Publication Date: 2006
Format: Master thesis
Language: por
Source: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_GOAIS (TEDE-PUC Goiás)
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Summary: v O trabalho é uma das fontes de sobrevivência, auto-realização e manutenção de relações interpessoais. A saúde, sendo um estado de equilíbrio dinâmico necessário ao bom funcionamento do organismo como um todo, pode ser promovida ou prejudicada pelo trabalho. Os objetivos desta pesquisa foram: verificar a percepção de estresse e suas fontes no trabalho do fisioterapeuta; e questionar coping (enfrentamento) e resiliência relacionados com o estresse nestes profissionais. Foi realizado um estudo qualitativo, exploratório com dezesseis fisioterapeutas (nove mulheres e sete homens) na cidade de Goiânia. A abordagem foi a Grounded Theory ou Teoria fundamentada nos dados , um processo indutivo de análise, organização e redução progressiva de categorias para elaborar uma teoria que explique a questão examinada. Os dados indicam que o fisioterapeuta convive com inúmeros estressores no seu contexto ocupacional. Fontes de estresse comuns são: baixos salários, sobrecarga de trabalho e desvalorização profissional. Elas estão ligadas às questões do ambiente de trabalho e não à própria execução do mesmo. A categoria profissional encontra-se subjugada e pouco valorizada por outros profissionais e pela sociedade. Os sintomas psicológicos mais freqüentes do estresse ocupacional são: ansiedade, incapacidade de se desligar do trabalho e distúrbios de atenção. E os sintomas físicos mais freqüentes são: dores e cansaço. Dentre as estratégias de coping a atividade física e o lazer foram predominantes. O apego à profissão, a gratificação em ser fisioterapeuta, a autonomia na atuação e o respeito recebido do paciente foram os fatores de resiliência mais importantes encontrados neste estudo. Concluímos que o ambiente de trabalho do fisioterapeuta é estressante e que medidas em termos da organização do trabalho e estruturação da categoria profissional seriam bem-vindas. Do outro lado, os profissionais lançam mão de estratégias de coping adequados e mostram uma resiliência notável, que é em parte diretamente ligada com a vocação.
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A abordagem foi a Grounded Theory ou Teoria fundamentada nos dados , um processo indutivo de análise, organização e redução progressiva de categorias para elaborar uma teoria que explique a questão examinada. Os dados indicam que o fisioterapeuta convive com inúmeros estressores no seu contexto ocupacional. Fontes de estresse comuns são: baixos salários, sobrecarga de trabalho e desvalorização profissional. Elas estão ligadas às questões do ambiente de trabalho e não à própria execução do mesmo. A categoria profissional encontra-se subjugada e pouco valorizada por outros profissionais e pela sociedade. Os sintomas psicológicos mais freqüentes do estresse ocupacional são: ansiedade, incapacidade de se desligar do trabalho e distúrbios de atenção. E os sintomas físicos mais freqüentes são: dores e cansaço. Dentre as estratégias de coping a atividade física e o lazer foram predominantes. O apego à profissão, a gratificação em ser fisioterapeuta, a autonomia na atuação e o respeito recebido do paciente foram os fatores de resiliência mais importantes encontrados neste estudo. Concluímos que o ambiente de trabalho do fisioterapeuta é estressante e que medidas em termos da organização do trabalho e estruturação da categoria profissional seriam bem-vindas. Do outro lado, os profissionais lançam mão de estratégias de coping adequados e mostram uma resiliência notável, que é em parte diretamente ligada com a vocação.Labor is a way of survival, of self-realisation and of social integration. It can both aid and harm the dynamic equilibrium that is needed for the functioning of the organism as a whole, which we call health. The aims of this research were: to verify the perception of stress and its causes in the labour of the physiotherapist; amd to question coping and resilience in relation to stress in these professionals. A qualitative, exploratory study was done, in which participated sixteen physiotherapists (nine women and seven men) in the city of Goiânia. The study followed the injunctions of Grounded Theory , an inductive process of analysis, ordering and progressive reduction of categories in the elaboration of a theory that explains the researched question. The results indicate that physiotherapist face a variety of stress at work. Common causes of stress are: low salaries, work overload and professional under-valorization. All of these are part of the labor environment, and not of the work in itself. The profession sees itself subdued and under-valued by other professions and by society. Common psychological symptoms of stress are: anxiety, being unable to stop thinking of work and trouble concentrating. The most frequent physical symptoms are: pains and tiredness. Among coping strategies, physical activity and leisure predominate. The love for the profession, the satisfaction of being a physiotherapist, autonomy in the execution of one s work and the perceived respect from the patient are the most important factors of resilience found in this study. We conclude that the labor environment of the physiotherapist is stressful and that measures concerning the organization of the work and the strengthening of the profession as a category are called for. On the other side, the professionals seem to use adequate coping strategies and demonstrate notable resilience, the later being in part directly related to their professional vocation.Pontifícia Universidade Católica de GoiásCiências da SaúdeBRPUC GoiásCiências Ambientais e SaúdeVandenberghe, Luc Marcel Adhemarhttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792962U2Marães, Vera Regina Fernandes da Silvahttp://lattes.cnpq.br/7294738832905991Jonas, Elinehttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792596D4Silva, Patricia Leite Alvares2016-08-10T10:55:10Z2015-01-272006-06-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfSILVA, Patricia Leite Alvares. PERCEPÇÃO DE FONTES DE ESTRESSE OCUPACIONAL, COPING E RESILIÊNCIA NO FISIOTERAPEUTA. 2006. 99 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) - Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, 2006.http://localhost:8080/tede/handle/tede/3045porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_GOAIS (TEDE-PUC Goiás)instname:Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO)instacron:PUC_GO2024-03-25T22:03:46Zoai:ambar:tede/3045Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://tede2.pucgoias.edu.br:8080/http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/oai/requesttede@pucgoias.edu.br||tede@pucgoias.edu.bropendoar:65932024-03-25T22:03:46Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_GOAIS (TEDE-PUC Goiás) - Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO)false
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