ESTUDO COMPARATIVO DAS EMPRESAS DO SETOR ENERGÉTICO QUE ADERIRAM A NÍVEIS DIFERENCIADOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA DOI - 10.5752/P.1984-6606.2015v15n38p29

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Margarida Maria Silva
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Muniz, Reynaldo Maia, Amaral, Hudson Fernandes, Francisco, José Roberto de Souza
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Economia & Gestão
Texto Completo: http://periodicos.pucminas.br/index.php/economiaegestao/article/view/P.1984-6606.2015v15n38p29
Resumo: Este artigo aborda o desempenho de empresas do segmento de energia elétrica que aderiram a diferenciados níveis de governança corporativa da BM&FBovespa; traça um comparativo do desempenho de empresas listadas em níveis distintos; e destaca o arcabouço teórico proposto pela teoria da firma, com o intuito de propiciar o melhor entendimento da governança corporativa e uma reflexão sobre os aspectos abordados por esta teoria que ganham importância no contexto da governança corporativa. Metodologicamente, caracteriza-se como uma pesquisa quantitativa, dividida em duas partes. Na primeira, compara-se o desempenho de cada empresa antes e depois da adesão em níveis diferenciados. Na segunda, faz-se a comparação do desempenho das empresas analisadas. Constatou-se que a grande maioria das empresas pesquisadas não apresentou variação de desempenho antes e depois da adesão. Na comparação do desempenho de todas as empresas selecionadas, observou-se que empresas listadas no novo mercado de governança corporativa obtiveram desempenho superior ao das empresas listadas no nível 1. Constatou-se, também, que em um mesmo segmento as empresas não obtiveram desempenho médio semelhante. Os resultados alcançados não questionam a legitimidade dos critérios diferenciadores dos segmentos propostos pela BM&FBovespa, que, na prática, mostram-se extremamente válidos, por explicitarem compromissos contratuais assumidos pelas empresas diante de um cenário ainda deficiente em termos de regulamentações e de leis. No entanto, diante dos resultados obtidos, acredita-se na limitação dos inúmeros modelos explicativos da qualidade da governança corporativa estabelecida nas organizações, especialmente no que concerne a sua real capacidade de esclarecimento, bem como à validade das generalizações apresentadas. Há, em verdade, um construto ainda não operacionalizado, uma vez que um índice construído a partir de indicadores que consideram apenas aspectos formais mostra-se insuficiente. A teoria da firma explicita a complexidade das organizações e de suas relações contratuais. Essas definições juntamente com a estrutura de poder estabelecida interferem na maneira como se estabelece a governança. Daí a necessidade de introdução de novas variáveis à análise da governança corporativa, ao mesmo tempo em que se questiona qual o ponto ideal para se estender uma quantificação da governança corporativa. Metodologias qualitativas podem contribuir para o estabelecimento e validação de um novo índice. Finalmente, atenta-se ao fato de que os critérios diferenciadores dos níveis de governança corporativa da BM&FBovespa contemplamE&G Economia e Gestão, Belo Horizonte, v. 15, n. 38, Jan./Mar. 2015 31a visão proposta pelo modelo financeiro da governança corporativa, em detrimento de conceitos introduzidos por outras teorias. Com base nos casos estudados, espera-se que este estudo possa contribuir para uma reflexão acerca da governança corporativa, especialmente no que concerne a sua análise restrita a aspectos financeiros e critérios formais.
id PUC_MG-1_bc85fdaa51955901f0a3214cef156ec6
oai_identifier_str oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/4804
network_acronym_str PUC_MG-1
network_name_str Revista Economia & Gestão
repository_id_str
spelling ESTUDO COMPARATIVO DAS EMPRESAS DO SETOR ENERGÉTICO QUE ADERIRAM A NÍVEIS DIFERENCIADOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA DOI - 10.5752/P.1984-6606.2015v15n38p29Governança corporativa. Teoria da firma. Níveis diferenciados de governança BM&FBovespa.Este artigo aborda o desempenho de empresas do segmento de energia elétrica que aderiram a diferenciados níveis de governança corporativa da BM&FBovespa; traça um comparativo do desempenho de empresas listadas em níveis distintos; e destaca o arcabouço teórico proposto pela teoria da firma, com o intuito de propiciar o melhor entendimento da governança corporativa e uma reflexão sobre os aspectos abordados por esta teoria que ganham importância no contexto da governança corporativa. Metodologicamente, caracteriza-se como uma pesquisa quantitativa, dividida em duas partes. Na primeira, compara-se o desempenho de cada empresa antes e depois da adesão em níveis diferenciados. Na segunda, faz-se a comparação do desempenho das empresas analisadas. Constatou-se que a grande maioria das empresas pesquisadas não apresentou variação de desempenho antes e depois da adesão. Na comparação do desempenho de todas as empresas selecionadas, observou-se que empresas listadas no novo mercado de governança corporativa obtiveram desempenho superior ao das empresas listadas no nível 1. Constatou-se, também, que em um mesmo segmento as empresas não obtiveram desempenho médio semelhante. Os resultados alcançados não questionam a legitimidade dos critérios diferenciadores dos segmentos propostos pela BM&FBovespa, que, na prática, mostram-se extremamente válidos, por explicitarem compromissos contratuais assumidos pelas empresas diante de um cenário ainda deficiente em termos de regulamentações e de leis. No entanto, diante dos resultados obtidos, acredita-se na limitação dos inúmeros modelos explicativos da qualidade da governança corporativa estabelecida nas organizações, especialmente no que concerne a sua real capacidade de esclarecimento, bem como à validade das generalizações apresentadas. Há, em verdade, um construto ainda não operacionalizado, uma vez que um índice construído a partir de indicadores que consideram apenas aspectos formais mostra-se insuficiente. A teoria da firma explicita a complexidade das organizações e de suas relações contratuais. Essas definições juntamente com a estrutura de poder estabelecida interferem na maneira como se estabelece a governança. Daí a necessidade de introdução de novas variáveis à análise da governança corporativa, ao mesmo tempo em que se questiona qual o ponto ideal para se estender uma quantificação da governança corporativa. Metodologias qualitativas podem contribuir para o estabelecimento e validação de um novo índice. Finalmente, atenta-se ao fato de que os critérios diferenciadores dos níveis de governança corporativa da BM&FBovespa contemplamE&G Economia e Gestão, Belo Horizonte, v. 15, n. 38, Jan./Mar. 2015 31a visão proposta pelo modelo financeiro da governança corporativa, em detrimento de conceitos introduzidos por outras teorias. Com base nos casos estudados, espera-se que este estudo possa contribuir para uma reflexão acerca da governança corporativa, especialmente no que concerne a sua análise restrita a aspectos financeiros e critérios formais.Editora PUC Minas2015-04-10info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://periodicos.pucminas.br/index.php/economiaegestao/article/view/P.1984-6606.2015v15n38p2910.5752/P.1984-6606.2015v15n38p29Revista Economia & Gestão; v. 15 n. 38 (2015): E&G JAN/MAR; 29-591984-66061678-8982reponame:Revista Economia & Gestãoinstname:Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)instacron:PUC_MINSporhttp://periodicos.pucminas.br/index.php/economiaegestao/article/view/P.1984-6606.2015v15n38p29/7764Rodrigues, Margarida Maria SilvaMuniz, Reynaldo MaiaAmaral, Hudson FernandesFrancisco, José Roberto de Souzainfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-12-13T16:19:11Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/4804Revistahttp://periodicos.pucminas.br/index.php/economiaegestao/ONGhttp://periodicos.pucminas.br/index.php/economiaegestao/oai||economiaegestao@pucminas.br|| marcrez@hotmail.com|| marcrez@hotmail.com1984-66061984-6606opendoar:2022-12-13T16:19:11Revista Economia & Gestão - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)false
dc.title.none.fl_str_mv ESTUDO COMPARATIVO DAS EMPRESAS DO SETOR ENERGÉTICO QUE ADERIRAM A NÍVEIS DIFERENCIADOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA DOI - 10.5752/P.1984-6606.2015v15n38p29
title ESTUDO COMPARATIVO DAS EMPRESAS DO SETOR ENERGÉTICO QUE ADERIRAM A NÍVEIS DIFERENCIADOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA DOI - 10.5752/P.1984-6606.2015v15n38p29
spellingShingle ESTUDO COMPARATIVO DAS EMPRESAS DO SETOR ENERGÉTICO QUE ADERIRAM A NÍVEIS DIFERENCIADOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA DOI - 10.5752/P.1984-6606.2015v15n38p29
Rodrigues, Margarida Maria Silva
Governança corporativa. Teoria da firma. Níveis diferenciados de governança BM&FBovespa.
title_short ESTUDO COMPARATIVO DAS EMPRESAS DO SETOR ENERGÉTICO QUE ADERIRAM A NÍVEIS DIFERENCIADOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA DOI - 10.5752/P.1984-6606.2015v15n38p29
title_full ESTUDO COMPARATIVO DAS EMPRESAS DO SETOR ENERGÉTICO QUE ADERIRAM A NÍVEIS DIFERENCIADOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA DOI - 10.5752/P.1984-6606.2015v15n38p29
title_fullStr ESTUDO COMPARATIVO DAS EMPRESAS DO SETOR ENERGÉTICO QUE ADERIRAM A NÍVEIS DIFERENCIADOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA DOI - 10.5752/P.1984-6606.2015v15n38p29
title_full_unstemmed ESTUDO COMPARATIVO DAS EMPRESAS DO SETOR ENERGÉTICO QUE ADERIRAM A NÍVEIS DIFERENCIADOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA DOI - 10.5752/P.1984-6606.2015v15n38p29
title_sort ESTUDO COMPARATIVO DAS EMPRESAS DO SETOR ENERGÉTICO QUE ADERIRAM A NÍVEIS DIFERENCIADOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA DOI - 10.5752/P.1984-6606.2015v15n38p29
author Rodrigues, Margarida Maria Silva
author_facet Rodrigues, Margarida Maria Silva
Muniz, Reynaldo Maia
Amaral, Hudson Fernandes
Francisco, José Roberto de Souza
author_role author
author2 Muniz, Reynaldo Maia
Amaral, Hudson Fernandes
Francisco, José Roberto de Souza
author2_role author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Rodrigues, Margarida Maria Silva
Muniz, Reynaldo Maia
Amaral, Hudson Fernandes
Francisco, José Roberto de Souza
dc.subject.por.fl_str_mv Governança corporativa. Teoria da firma. Níveis diferenciados de governança BM&FBovespa.
topic Governança corporativa. Teoria da firma. Níveis diferenciados de governança BM&FBovespa.
description Este artigo aborda o desempenho de empresas do segmento de energia elétrica que aderiram a diferenciados níveis de governança corporativa da BM&FBovespa; traça um comparativo do desempenho de empresas listadas em níveis distintos; e destaca o arcabouço teórico proposto pela teoria da firma, com o intuito de propiciar o melhor entendimento da governança corporativa e uma reflexão sobre os aspectos abordados por esta teoria que ganham importância no contexto da governança corporativa. Metodologicamente, caracteriza-se como uma pesquisa quantitativa, dividida em duas partes. Na primeira, compara-se o desempenho de cada empresa antes e depois da adesão em níveis diferenciados. Na segunda, faz-se a comparação do desempenho das empresas analisadas. Constatou-se que a grande maioria das empresas pesquisadas não apresentou variação de desempenho antes e depois da adesão. Na comparação do desempenho de todas as empresas selecionadas, observou-se que empresas listadas no novo mercado de governança corporativa obtiveram desempenho superior ao das empresas listadas no nível 1. Constatou-se, também, que em um mesmo segmento as empresas não obtiveram desempenho médio semelhante. Os resultados alcançados não questionam a legitimidade dos critérios diferenciadores dos segmentos propostos pela BM&FBovespa, que, na prática, mostram-se extremamente válidos, por explicitarem compromissos contratuais assumidos pelas empresas diante de um cenário ainda deficiente em termos de regulamentações e de leis. No entanto, diante dos resultados obtidos, acredita-se na limitação dos inúmeros modelos explicativos da qualidade da governança corporativa estabelecida nas organizações, especialmente no que concerne a sua real capacidade de esclarecimento, bem como à validade das generalizações apresentadas. Há, em verdade, um construto ainda não operacionalizado, uma vez que um índice construído a partir de indicadores que consideram apenas aspectos formais mostra-se insuficiente. A teoria da firma explicita a complexidade das organizações e de suas relações contratuais. Essas definições juntamente com a estrutura de poder estabelecida interferem na maneira como se estabelece a governança. Daí a necessidade de introdução de novas variáveis à análise da governança corporativa, ao mesmo tempo em que se questiona qual o ponto ideal para se estender uma quantificação da governança corporativa. Metodologias qualitativas podem contribuir para o estabelecimento e validação de um novo índice. Finalmente, atenta-se ao fato de que os critérios diferenciadores dos níveis de governança corporativa da BM&FBovespa contemplamE&G Economia e Gestão, Belo Horizonte, v. 15, n. 38, Jan./Mar. 2015 31a visão proposta pelo modelo financeiro da governança corporativa, em detrimento de conceitos introduzidos por outras teorias. Com base nos casos estudados, espera-se que este estudo possa contribuir para uma reflexão acerca da governança corporativa, especialmente no que concerne a sua análise restrita a aspectos financeiros e critérios formais.
publishDate 2015
dc.date.none.fl_str_mv 2015-04-10
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://periodicos.pucminas.br/index.php/economiaegestao/article/view/P.1984-6606.2015v15n38p29
10.5752/P.1984-6606.2015v15n38p29
url http://periodicos.pucminas.br/index.php/economiaegestao/article/view/P.1984-6606.2015v15n38p29
identifier_str_mv 10.5752/P.1984-6606.2015v15n38p29
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv http://periodicos.pucminas.br/index.php/economiaegestao/article/view/P.1984-6606.2015v15n38p29/7764
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Editora PUC Minas
publisher.none.fl_str_mv Editora PUC Minas
dc.source.none.fl_str_mv Revista Economia & Gestão; v. 15 n. 38 (2015): E&G JAN/MAR; 29-59
1984-6606
1678-8982
reponame:Revista Economia & Gestão
instname:Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)
instacron:PUC_MINS
instname_str Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)
instacron_str PUC_MINS
institution PUC_MINS
reponame_str Revista Economia & Gestão
collection Revista Economia & Gestão
repository.name.fl_str_mv Revista Economia & Gestão - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)
repository.mail.fl_str_mv ||economiaegestao@pucminas.br|| marcrez@hotmail.com|| marcrez@hotmail.com
_version_ 1799124678319538176