A ARTE DA NOSTALGIA: EXPERIÊNCIA E INFÂNCIA SEGUNDO WALTER BENJAMIN

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ALEXANDRA VIRGINIA DA MOTA PINTO
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=49500@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=49500@2
Resumo: Como entender a obra literária dedicada às imagens de infância escrita por Walter Benjamin? Especialmente se ele enuncia essa obra, como fez nas Palavras Prévias de Infância berlinense: 1900, em 1938, enquanto um procedimento de vacinação (Verfarhen der Impfung)? Esta tese visa compreender e apresentar essa vacinação. Para isso seguimos o rastro que liga as imagens de infância à nostalgia, uma vez que é dessa relação que decorre a vacinação. Benjamin preparava-se para o exílio, contudo ele já se encontrava exilado. Então, do que se tratava, efetivamente, quando ele escreveu essas palavras? Tratava-se de uma despedida de casa, da cidade de Berlim, mas também do permanente sentimento de perda sobre a irreversibilidade do tempo. O que isso significa? Que, uma vez sitiada entre duas guerras mundiais, Infância berlinense foi concebida na contramão de uma experiência histórica, cujo resultado se antevia no horizonte mundial, em virtude de outra experiência (Erfahrung) sobre a qual Benjamin refletia desde a juventude. Esta seria pautada por uma transmissibilidade da linguagem humana ciente da verdadeira perda de experiência: o isolamento, o esquecimento, o mutismo e a morte. É nesse sentido que a obra procura chegar a uma coletividade através de imagens narrativas que suscitam a memória dos leitores. É por isso necessário entender os processos de escavação iniciados por Benjamin para encontrar, enterrados, objetos perdidos que tocam ainda nas raias da vida. Para tal, apresentamos três capítulos: o primeiro versa sobre as relações da memória e a filosofia da história; o segundo, sobre a concepção moderna de nostalgia e aquela que Benjamin apresenta; o terceiro, sobre os processos de escavação e a infância em Benjamin. Para ele, o passado é um outrora em direção ao qual se vai quando se encontra a cognoscibilidade dos seus vestígios no agora. Estes vestígios podem ser fragmentos, ruínas e imagens, deixados por uma experiência efêmera. Nesse caso, do que se sentiria nostalgia? Devemos responder sabendo que existem pelo menos dois tipos de nostalgia: uma que apela à atividade da linguagem e da arte e outra inoperante, até nociva. O exílio, como expressão limite do isolamento humano, exige um posicionamento diante da vida. Analisaremos como responderam Adorno, Benjamin e Brecht. Por fim, chegaremos às diferentes abordagens de Benjamin sobre o tema da infância: desde a análise de livros pedagógicos à criação de um programa para um teatro infantil proletário; passando pelas transmissões radiofônicos que o filósofo redigiu e emitiu, até chegar às imagens de infância. Em Infância berlinense Benjamin opera a mais misteriosa de todas as capacidades humanas que é transformar imagens em histórias e histórias em imagens. Ao tornar uma vivência muda numa experiência transmissível apresentava-se uma arte da nostalgia porvir.
id PUC_RIO-1_b5d6c5962ec0d7b451832b2074779dc1
oai_identifier_str oai:MAXWELL.puc-rio.br:49500
network_acronym_str PUC_RIO-1
network_name_str Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
repository_id_str 534
spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisA ARTE DA NOSTALGIA: EXPERIÊNCIA E INFÂNCIA SEGUNDO WALTER BENJAMINTHE ART OF NOSTALGIA: EXPERIENCE AND CHILDHOOD ACCORDING TO WALTER BENJAMIN2019-12-19PAULO CESAR DUQUE ESTRADA55009271753lattes.cnpq.br/9623198547434186PAULO CESAR DUQUE ESTRADAPATRICIA GISSONI DE SANTIAGO LAVELLELUIZ CAMILLO DOLABELLA PORTELLA OSORIO DE ALMEIDABERNARDO BARROS COELHO DE OLIVEIRABERNARDO BARROS COELHO DE OLIVEIRA06093865738ALEXANDRA VIRGINIA DA MOTA PINTOPONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIROPPG EM FILOSOFIAPUC-RioBRComo entender a obra literária dedicada às imagens de infância escrita por Walter Benjamin? Especialmente se ele enuncia essa obra, como fez nas Palavras Prévias de Infância berlinense: 1900, em 1938, enquanto um procedimento de vacinação (Verfarhen der Impfung)? Esta tese visa compreender e apresentar essa vacinação. Para isso seguimos o rastro que liga as imagens de infância à nostalgia, uma vez que é dessa relação que decorre a vacinação. Benjamin preparava-se para o exílio, contudo ele já se encontrava exilado. Então, do que se tratava, efetivamente, quando ele escreveu essas palavras? Tratava-se de uma despedida de casa, da cidade de Berlim, mas também do permanente sentimento de perda sobre a irreversibilidade do tempo. O que isso significa? Que, uma vez sitiada entre duas guerras mundiais, Infância berlinense foi concebida na contramão de uma experiência histórica, cujo resultado se antevia no horizonte mundial, em virtude de outra experiência (Erfahrung) sobre a qual Benjamin refletia desde a juventude. Esta seria pautada por uma transmissibilidade da linguagem humana ciente da verdadeira perda de experiência: o isolamento, o esquecimento, o mutismo e a morte. É nesse sentido que a obra procura chegar a uma coletividade através de imagens narrativas que suscitam a memória dos leitores. É por isso necessário entender os processos de escavação iniciados por Benjamin para encontrar, enterrados, objetos perdidos que tocam ainda nas raias da vida. Para tal, apresentamos três capítulos: o primeiro versa sobre as relações da memória e a filosofia da história; o segundo, sobre a concepção moderna de nostalgia e aquela que Benjamin apresenta; o terceiro, sobre os processos de escavação e a infância em Benjamin. Para ele, o passado é um outrora em direção ao qual se vai quando se encontra a cognoscibilidade dos seus vestígios no agora. Estes vestígios podem ser fragmentos, ruínas e imagens, deixados por uma experiência efêmera. Nesse caso, do que se sentiria nostalgia? Devemos responder sabendo que existem pelo menos dois tipos de nostalgia: uma que apela à atividade da linguagem e da arte e outra inoperante, até nociva. O exílio, como expressão limite do isolamento humano, exige um posicionamento diante da vida. Analisaremos como responderam Adorno, Benjamin e Brecht. Por fim, chegaremos às diferentes abordagens de Benjamin sobre o tema da infância: desde a análise de livros pedagógicos à criação de um programa para um teatro infantil proletário; passando pelas transmissões radiofônicos que o filósofo redigiu e emitiu, até chegar às imagens de infância. Em Infância berlinense Benjamin opera a mais misteriosa de todas as capacidades humanas que é transformar imagens em histórias e histórias em imagens. Ao tornar uma vivência muda numa experiência transmissível apresentava-se uma arte da nostalgia porvir.How to understand the literary work dedicated to childhood images, written by Walter Benjamin, especially if he states this work as a process of inoculation (Verfarhen der Impfung) in the Preface of Berlin Childhood around 1900? This thesis wishes to comprehend and present this inoculation. For such, we follow traces which link childhood images to nostalgia, once the inoculation results from such link. Benjamin said he had prepared to the exile, while he had already exiled. So, what had he meant effectively when he wrote those words? He meant he turned his home out, Berlin, but also he turned out from the permanent feeling of lost, generated for the irreversibility of time. Once besieged between two world wars, Berlin Childhood had been written against of an historical experience which results were predictable in international horizon, thanks other concept of experience (Erfahrung) in which Benjamin had reflected about since his youngness. Experience would be shaped by transmissibility of human language, and we must to have in mind a kind of lost of experience: insulation, forgiveness, muteness and death. In such way, the work seeks to build collectiveness through narrative images aroused in the memory of readers. So, we ought to comprehend the process of excavation started by Benjamin to find buried and lost objects which deals with the borders of life. For such, we present three chapters: the first, on the relations between memory and philosophy of history; the second, on the modern conception of nostalgia and that, showed by Benjamin; and the last, on the process of excavation and childhood by Benjamin. For him, the past is an ertswhile which we go in its direction when we found the cognoscibility of its traces in a now. These traces may be fragments, ruins and images, let for a short-lived experience. In such case, what kind of nostalgia would we fell? We ought answer with two kinds of nostalgia: one which appeals to the speech and art activity and other inoperative, until harmful. As the limit expression of human insulation, the exile enforced a life positioning. We analyze how Adorno, Benjamin and Brecht answered to that. In the end, we developed different approaches on Benjamin reading of childhood: since his analysis of pedagogical books to the creation of a program to the proletarian childish theater, passing by radio transmissions written and broadcast by him, as such childhood images. In Berlin Childhood, Benjamin operates the most mysterious human capacity which is to transform images in stories and stories in images. Changing mute livings in broadcastable experiences, he showed for us a becoming art of nostalgia.PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIROCOORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DO PESSOAL DE ENSINO SUPERIORPROGRAMA DE SUPORTE À PÓS-GRADUAÇÃO DE INSTS. DE ENSINOPROGRAMA DE SUPORTE À PÓS-GRADUAÇÃO DE INSTITUIÇÕES COMUNITÁRIAS DE ENSINO PARTICULAREShttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=49500@1https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=49500@2porreponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)instacron:PUC_RIOinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-11-01T13:56:53Zoai:MAXWELL.puc-rio.br:49500Repositório InstitucionalPRIhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/ibict.phpopendoar:5342022-07-28T00:00Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)false
dc.title.pt.fl_str_mv A ARTE DA NOSTALGIA: EXPERIÊNCIA E INFÂNCIA SEGUNDO WALTER BENJAMIN
dc.title.alternative.en.fl_str_mv THE ART OF NOSTALGIA: EXPERIENCE AND CHILDHOOD ACCORDING TO WALTER BENJAMIN
title A ARTE DA NOSTALGIA: EXPERIÊNCIA E INFÂNCIA SEGUNDO WALTER BENJAMIN
spellingShingle A ARTE DA NOSTALGIA: EXPERIÊNCIA E INFÂNCIA SEGUNDO WALTER BENJAMIN
ALEXANDRA VIRGINIA DA MOTA PINTO
title_short A ARTE DA NOSTALGIA: EXPERIÊNCIA E INFÂNCIA SEGUNDO WALTER BENJAMIN
title_full A ARTE DA NOSTALGIA: EXPERIÊNCIA E INFÂNCIA SEGUNDO WALTER BENJAMIN
title_fullStr A ARTE DA NOSTALGIA: EXPERIÊNCIA E INFÂNCIA SEGUNDO WALTER BENJAMIN
title_full_unstemmed A ARTE DA NOSTALGIA: EXPERIÊNCIA E INFÂNCIA SEGUNDO WALTER BENJAMIN
title_sort A ARTE DA NOSTALGIA: EXPERIÊNCIA E INFÂNCIA SEGUNDO WALTER BENJAMIN
dc.creator.Lattes.none.fl_str_mv
author ALEXANDRA VIRGINIA DA MOTA PINTO
author_facet ALEXANDRA VIRGINIA DA MOTA PINTO
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv PAULO CESAR DUQUE ESTRADA
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv 55009271753
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv lattes.cnpq.br/9623198547434186
dc.contributor.referee1.fl_str_mv PAULO CESAR DUQUE ESTRADA
dc.contributor.referee2.fl_str_mv PATRICIA GISSONI DE SANTIAGO LAVELLE
dc.contributor.referee3.fl_str_mv LUIZ CAMILLO DOLABELLA PORTELLA OSORIO DE ALMEIDA
dc.contributor.referee4.fl_str_mv BERNARDO BARROS COELHO DE OLIVEIRA
dc.contributor.referee5.fl_str_mv BERNARDO BARROS COELHO DE OLIVEIRA
dc.contributor.authorID.fl_str_mv 06093865738
dc.contributor.author.fl_str_mv ALEXANDRA VIRGINIA DA MOTA PINTO
contributor_str_mv PAULO CESAR DUQUE ESTRADA
PAULO CESAR DUQUE ESTRADA
PATRICIA GISSONI DE SANTIAGO LAVELLE
LUIZ CAMILLO DOLABELLA PORTELLA OSORIO DE ALMEIDA
BERNARDO BARROS COELHO DE OLIVEIRA
BERNARDO BARROS COELHO DE OLIVEIRA
description Como entender a obra literária dedicada às imagens de infância escrita por Walter Benjamin? Especialmente se ele enuncia essa obra, como fez nas Palavras Prévias de Infância berlinense: 1900, em 1938, enquanto um procedimento de vacinação (Verfarhen der Impfung)? Esta tese visa compreender e apresentar essa vacinação. Para isso seguimos o rastro que liga as imagens de infância à nostalgia, uma vez que é dessa relação que decorre a vacinação. Benjamin preparava-se para o exílio, contudo ele já se encontrava exilado. Então, do que se tratava, efetivamente, quando ele escreveu essas palavras? Tratava-se de uma despedida de casa, da cidade de Berlim, mas também do permanente sentimento de perda sobre a irreversibilidade do tempo. O que isso significa? Que, uma vez sitiada entre duas guerras mundiais, Infância berlinense foi concebida na contramão de uma experiência histórica, cujo resultado se antevia no horizonte mundial, em virtude de outra experiência (Erfahrung) sobre a qual Benjamin refletia desde a juventude. Esta seria pautada por uma transmissibilidade da linguagem humana ciente da verdadeira perda de experiência: o isolamento, o esquecimento, o mutismo e a morte. É nesse sentido que a obra procura chegar a uma coletividade através de imagens narrativas que suscitam a memória dos leitores. É por isso necessário entender os processos de escavação iniciados por Benjamin para encontrar, enterrados, objetos perdidos que tocam ainda nas raias da vida. Para tal, apresentamos três capítulos: o primeiro versa sobre as relações da memória e a filosofia da história; o segundo, sobre a concepção moderna de nostalgia e aquela que Benjamin apresenta; o terceiro, sobre os processos de escavação e a infância em Benjamin. Para ele, o passado é um outrora em direção ao qual se vai quando se encontra a cognoscibilidade dos seus vestígios no agora. Estes vestígios podem ser fragmentos, ruínas e imagens, deixados por uma experiência efêmera. Nesse caso, do que se sentiria nostalgia? Devemos responder sabendo que existem pelo menos dois tipos de nostalgia: uma que apela à atividade da linguagem e da arte e outra inoperante, até nociva. O exílio, como expressão limite do isolamento humano, exige um posicionamento diante da vida. Analisaremos como responderam Adorno, Benjamin e Brecht. Por fim, chegaremos às diferentes abordagens de Benjamin sobre o tema da infância: desde a análise de livros pedagógicos à criação de um programa para um teatro infantil proletário; passando pelas transmissões radiofônicos que o filósofo redigiu e emitiu, até chegar às imagens de infância. Em Infância berlinense Benjamin opera a mais misteriosa de todas as capacidades humanas que é transformar imagens em histórias e histórias em imagens. Ao tornar uma vivência muda numa experiência transmissível apresentava-se uma arte da nostalgia porvir.
publishDate 2019
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-12-19
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=49500@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=49500@2
url https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=49500@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=49500@2
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO
dc.publisher.program.fl_str_mv PPG EM FILOSOFIA
dc.publisher.initials.fl_str_mv PUC-Rio
dc.publisher.country.fl_str_mv BR
publisher.none.fl_str_mv PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)
instacron:PUC_RIO
instname_str Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)
instacron_str PUC_RIO
institution PUC_RIO
reponame_str Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
collection Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1748324951613505536