Os desafios de São Paulo para transformar moradores de rua em cidadãos

• Autor(a) principal: Camasmie, Amanda
• Data de Publicação: 2012
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/33212
• topic: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ECONOMIA::ECONOMIA REGIONAL E URBANA::ECONOMIA URBANA; Moradores de rua; São Paulo; Políticas públicas; Pobreza; Pobres

Em 2008, a Pesquisa Nacional sobre a População em Situação de Rua realizada pelo Governo Federal por meio do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) identificou 31.922 pessoas acima de 18 anos vivendo nas ruas do país. Só na cidade de São Paulo, a quantidade de moradores de rua chega a mais de 14 mil. Parece pouco para uma cidade de mais de 11 milhões de habitantes. Mas o contingente de miseráveis que vagam pelas ruas paulistanas se equipara à mesma quantidade de habitantes de cidades como Itapoá, em Santa Catarina, e Pinheiro Machado, no Rio Grande do Sul. Como a cidade de São Paulo chegou a essa equação? Quais foram as ações do estado e da sociedade para pintar a referida paisagem urbana contemporânea? O objetivo dessa pesquisa é avaliar a eficácia das políticas públicas adotadas para moradores de rua entre 2001 e 2012. São avaliadas as ações de três prefeituras, a de Marta Suplicy, José Serra e Gilberto Kassab. Em destaque, as principais ações que o estado e a sociedade precisam desempenhar (ou aprimorar) para reposicionar (ou transformar) essas pessoas em genuínos cidadãos. Segundo Schor e Vieira (2010), a “população em situação de rua na cidade de São Paulo é predominantemente do sexo masculino (86%) e de não brancos (64%), com idade média de 40 anos”. Os dados revelam a dificuldade de reintegração ao mercado de trabalho. O perfil dessas pessoas mostra que, apesar de mais de 90% saber ler e escrever, a maioria não chegou a completar o ensino fundamental. Por esses motivos e por problemas como o alcoolismo e drogas, é um grande desafio tirálos dessa situação. Mas o problema maior é que as políticas públicas não recebem a devida atenção e seriedade que deveriam receber para solucionar essa situação