Sonhos e a análise do comportamento: contribuições da literatura e de terapeutas

• Autor(a) principal: Rocha, Laura Muniz
• Data de Publicação: 2010
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/28829
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA; Sonhos; Análise do comportamento; Terapia

Desde que o homem se constituiu como homem ele sonha; entretanto, a psicologia e a psiquiatria começaram a apropriar deste fenômeno a partir de meados do século XIX e a análise dos sonhos tornou-se uma grande ferramenta para as abordagens psicodinâmicas. Dentro da abordagem analítico-comportamental os sonhos são caracterizados como qualquer outro tipo de comportamento encoberto, conforme foi defendido por Skinner e parece importante que este fenômeno seja levado em consideração, uma vez que: “Eles são pistas (1) para o comportamento passado e as condições que o afetaram, (2) para o comportamento atual e as condições que o afetam, e (3) para as condições relacionadas com o comportamento futuro.” (Skinner, 1982. p. 31). Todavia, este fenômeno é um tema pouco discutido dentro das abordagens analítico-comportamentais. Assim, este trabalho desdobrou-se em dois estudos: 1. levantamento e análise da literatura produzida conforme os pressupostos do behaviorismo radical acerca de sonhos; e 2. a partir de entrevista com quatro terapeutas comportamentais experientes, discutir como utilizam relatos de sonhos, com que freqüência esse tema surge durante as sessões terapêuticas e de que modo é abordado pelo profissional. Dentro do primeiro estudo, foi possível observar que a literatura mostrou-se bastante coesa entre si e que os teóricos buscam entender a relação deste evento com as contingências passadas e atuais do cliente. Este resultado também foi observado no estudo dois. Notou-se que os terapeutas comportamentais atuam de forma similar diante um relato de sonho, porém suas definições teóricas e conceituais sobre sonhos mostraram-se diferentes