As máscaras poéticas de Florbela: teatralidade e escrita de si nos sonetos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gama, Adriana Martins da
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/36811
Resumo: O objetivo deste trabalho é delinear os contornos das máscaras poéticas assumidas pelo sujeito lírico nos sonetos de Florbela Espanca, o qual se metamorfoseia em diferentes facetas para dizer o amor. Os diferentes posicionamentos do sujeito lírico feminino, diante da problemática amorosa, ditam a aparência da máscara poética: seja como uma “princesa” reclusa em um castelo e imersa em símbolos e valores medievais, cultuando um amor idealizado, seja como uma “charneca”, imagem natural que rompe as contenções do ambiente recluso, e derrama-se em expressões de um amor erotizado. O corpus escolhido para a investigação são os sonetos “Castelã da Tristeza”, “Princesa Desalento”, “Maria das Quimeras”, “Sóror Saudade” e “Charneca em Flor”. Em cada um deles Florbela assume uma faceta poética peculiar, e neles se verificam traços de diferentes tendências: trovadorescas, clássicas, românticas e, sobretudo, simbolistas (o culto do universo onírico e a musicalidade). Mas a teatralidade da escrita de si aproxima a lírica florbeliana das produções modernistas, especialmente da heteronímia. Apoiamo-nos na fortuna crítica da escritora: Maria Lúcia Dal Farra, Renata Soares Junqueira e Zina Bellodi Silva. O estudo da temática amorosa, na literatura, foi baseado em Denis de Rougemont e Octávio Paz. O capítulo I apresenta a investigação desse arcabouço crítico e teórico, e o capítulo II traz uma leitura analítica detalhada dos sonetos. Concluímos que Florbela assume diferentes máscaras para exprimir o amor em seus sonetos, e o faz a partir de traços literários distintos, o que só reforça a teatralidade dessa escrita e mostra que a poeta, para dizer o amor, mascara o eu em outro. Isso não deixa de ser uma marca de despersonalização típica da lírica moderna, como mostrou Hugo Friedrich
id PUC_SP-1_ce9583dba0f89c813e0d6ce8597a6ec7
oai_identifier_str oai:repositorio.pucsp.br:handle/36811
network_acronym_str PUC_SP-1
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
repository_id_str
spelling Orione, Eduino Jose de MacedoGama, Adriana Martins da2023-07-28T20:49:49Z2023-07-28T20:49:49Z2010-03-05Gama, Adriana Martins da. As máscaras poéticas de Florbela: teatralidade e escrita de si nos sonetos. 2010. Monografia de Especialização (Especialização em Literatura) - Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artes da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2010.https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/36811O objetivo deste trabalho é delinear os contornos das máscaras poéticas assumidas pelo sujeito lírico nos sonetos de Florbela Espanca, o qual se metamorfoseia em diferentes facetas para dizer o amor. Os diferentes posicionamentos do sujeito lírico feminino, diante da problemática amorosa, ditam a aparência da máscara poética: seja como uma “princesa” reclusa em um castelo e imersa em símbolos e valores medievais, cultuando um amor idealizado, seja como uma “charneca”, imagem natural que rompe as contenções do ambiente recluso, e derrama-se em expressões de um amor erotizado. O corpus escolhido para a investigação são os sonetos “Castelã da Tristeza”, “Princesa Desalento”, “Maria das Quimeras”, “Sóror Saudade” e “Charneca em Flor”. Em cada um deles Florbela assume uma faceta poética peculiar, e neles se verificam traços de diferentes tendências: trovadorescas, clássicas, românticas e, sobretudo, simbolistas (o culto do universo onírico e a musicalidade). Mas a teatralidade da escrita de si aproxima a lírica florbeliana das produções modernistas, especialmente da heteronímia. Apoiamo-nos na fortuna crítica da escritora: Maria Lúcia Dal Farra, Renata Soares Junqueira e Zina Bellodi Silva. O estudo da temática amorosa, na literatura, foi baseado em Denis de Rougemont e Octávio Paz. O capítulo I apresenta a investigação desse arcabouço crítico e teórico, e o capítulo II traz uma leitura analítica detalhada dos sonetos. Concluímos que Florbela assume diferentes máscaras para exprimir o amor em seus sonetos, e o faz a partir de traços literários distintos, o que só reforça a teatralidade dessa escrita e mostra que a poeta, para dizer o amor, mascara o eu em outro. Isso não deixa de ser uma marca de despersonalização típica da lírica moderna, como mostrou Hugo FriedrichporPontifícia Universidade Católica de São PauloEspecialização em LiteraturaPUC-SPBrasilFaculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e ArtesCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LITERATURA COMPARADAFlorbela EspancaSonetosTeatralidadeDorAmorAs máscaras poéticas de Florbela: teatralidade e escrita de si nos sonetosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SPinstname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)instacron:PUC_SPORIGINALADRIANA MARTINS DA GAMA.pdfapplication/pdf184076https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/36811/1/ADRIANA%20MARTINS%20DA%20GAMA.pdf297655057f180c943c752cdbbd2764aeMD51TEXTADRIANA MARTINS DA GAMA.pdf.txtADRIANA MARTINS DA GAMA.pdf.txtExtracted texttext/plain96809https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/36811/2/ADRIANA%20MARTINS%20DA%20GAMA.pdf.txtf1f8e8a172728057b177b85a2ee2e55aMD52THUMBNAILADRIANA MARTINS DA GAMA.pdf.jpgADRIANA MARTINS DA GAMA.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1134https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/36811/3/ADRIANA%20MARTINS%20DA%20GAMA.pdf.jpgb2f7ec2bad6f4eff80e19f04ff889194MD53handle/368112023-09-18 10:21:40.381oai:repositorio.pucsp.br:handle/36811Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://sapientia.pucsp.br/https://sapientia.pucsp.br/oai/requestbngkatende@pucsp.br||rapassi@pucsp.bropendoar:2023-09-18T13:21:40Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv As máscaras poéticas de Florbela: teatralidade e escrita de si nos sonetos
title As máscaras poéticas de Florbela: teatralidade e escrita de si nos sonetos
spellingShingle As máscaras poéticas de Florbela: teatralidade e escrita de si nos sonetos
Gama, Adriana Martins da
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LITERATURA COMPARADA
Florbela Espanca
Sonetos
Teatralidade
Dor
Amor
title_short As máscaras poéticas de Florbela: teatralidade e escrita de si nos sonetos
title_full As máscaras poéticas de Florbela: teatralidade e escrita de si nos sonetos
title_fullStr As máscaras poéticas de Florbela: teatralidade e escrita de si nos sonetos
title_full_unstemmed As máscaras poéticas de Florbela: teatralidade e escrita de si nos sonetos
title_sort As máscaras poéticas de Florbela: teatralidade e escrita de si nos sonetos
author Gama, Adriana Martins da
author_facet Gama, Adriana Martins da
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Orione, Eduino Jose de Macedo
dc.contributor.author.fl_str_mv Gama, Adriana Martins da
contributor_str_mv Orione, Eduino Jose de Macedo
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LITERATURA COMPARADA
topic CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LITERATURA COMPARADA
Florbela Espanca
Sonetos
Teatralidade
Dor
Amor
dc.subject.por.fl_str_mv Florbela Espanca
Sonetos
Teatralidade
Dor
Amor
description O objetivo deste trabalho é delinear os contornos das máscaras poéticas assumidas pelo sujeito lírico nos sonetos de Florbela Espanca, o qual se metamorfoseia em diferentes facetas para dizer o amor. Os diferentes posicionamentos do sujeito lírico feminino, diante da problemática amorosa, ditam a aparência da máscara poética: seja como uma “princesa” reclusa em um castelo e imersa em símbolos e valores medievais, cultuando um amor idealizado, seja como uma “charneca”, imagem natural que rompe as contenções do ambiente recluso, e derrama-se em expressões de um amor erotizado. O corpus escolhido para a investigação são os sonetos “Castelã da Tristeza”, “Princesa Desalento”, “Maria das Quimeras”, “Sóror Saudade” e “Charneca em Flor”. Em cada um deles Florbela assume uma faceta poética peculiar, e neles se verificam traços de diferentes tendências: trovadorescas, clássicas, românticas e, sobretudo, simbolistas (o culto do universo onírico e a musicalidade). Mas a teatralidade da escrita de si aproxima a lírica florbeliana das produções modernistas, especialmente da heteronímia. Apoiamo-nos na fortuna crítica da escritora: Maria Lúcia Dal Farra, Renata Soares Junqueira e Zina Bellodi Silva. O estudo da temática amorosa, na literatura, foi baseado em Denis de Rougemont e Octávio Paz. O capítulo I apresenta a investigação desse arcabouço crítico e teórico, e o capítulo II traz uma leitura analítica detalhada dos sonetos. Concluímos que Florbela assume diferentes máscaras para exprimir o amor em seus sonetos, e o faz a partir de traços literários distintos, o que só reforça a teatralidade dessa escrita e mostra que a poeta, para dizer o amor, mascara o eu em outro. Isso não deixa de ser uma marca de despersonalização típica da lírica moderna, como mostrou Hugo Friedrich
publishDate 2010
dc.date.issued.fl_str_mv 2010-03-05
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-07-28T20:49:49Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-07-28T20:49:49Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv Gama, Adriana Martins da. As máscaras poéticas de Florbela: teatralidade e escrita de si nos sonetos. 2010. Monografia de Especialização (Especialização em Literatura) - Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artes da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2010.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/36811
identifier_str_mv Gama, Adriana Martins da. As máscaras poéticas de Florbela: teatralidade e escrita de si nos sonetos. 2010. Monografia de Especialização (Especialização em Literatura) - Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artes da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2010.
url https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/36811
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
dc.publisher.program.fl_str_mv Especialização em Literatura
dc.publisher.initials.fl_str_mv PUC-SP
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artes
publisher.none.fl_str_mv Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)
instacron:PUC_SP
instname_str Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)
instacron_str PUC_SP
institution PUC_SP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/36811/1/ADRIANA%20MARTINS%20DA%20GAMA.pdf
https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/36811/2/ADRIANA%20MARTINS%20DA%20GAMA.pdf.txt
https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/36811/3/ADRIANA%20MARTINS%20DA%20GAMA.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 297655057f180c943c752cdbbd2764ae
f1f8e8a172728057b177b85a2ee2e55a
b2f7ec2bad6f4eff80e19f04ff889194
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)
repository.mail.fl_str_mv bngkatende@pucsp.br||rapassi@pucsp.br
_version_ 1799796169827680256