No tempo dividido - Mistagogia da temporalidade na poesia de Sophia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Teoliterária |
Texto Completo: | https://revistas.pucsp.br/index.php/teoliteraria/article/view/52461 |
Resumo: | A poesia de Sophia é também uma questão de tempo. É dentro do tempo que se escuta a sua aspiração à unidade e à inteireza. Trata-se de uma poesia eivada de incertezas; mesmo quando revela a posse de uma luminosidade, guarda ainda sombras subtis; mesmo quando os seus contornos intocados sugerem a lisura da superfície, não omite as suas asperezas, a litania rumorosa dos seus augúrios, o lamento – em melopeia – do tempo dividido. O tempo não é encarado apenas como duração, mas sobretudo como intensidade; não é tanto um «tempo quando», mas um «tempo onde». Sendo um «livro de passagem», No tempo dividido (1954) é como uma crisálida, um grito de resgate. É entre a pátria perdida e o corpo perdido que se entretece uma mistagogia da temporalidade. Entre naufrágios, desastres e destroços, Sophia teve «o futuro por memória»; entre o pensamento sem rosto, os gestos sem peso e o olhar atento que nenhum acaso desvia, como Antígona, a sua poesia sobreleva: «Eu sou aquela que não aprendeu a ceder aos desastres». |
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No tempo dividido - Mistagogia da temporalidade na poesia de SophiaPoesiaMistagogiaTemporalidadeTeotopiaPoetryMistagogyTemporalityTeotopiaA poesia de Sophia é também uma questão de tempo. É dentro do tempo que se escuta a sua aspiração à unidade e à inteireza. Trata-se de uma poesia eivada de incertezas; mesmo quando revela a posse de uma luminosidade, guarda ainda sombras subtis; mesmo quando os seus contornos intocados sugerem a lisura da superfície, não omite as suas asperezas, a litania rumorosa dos seus augúrios, o lamento – em melopeia – do tempo dividido. O tempo não é encarado apenas como duração, mas sobretudo como intensidade; não é tanto um «tempo quando», mas um «tempo onde». Sendo um «livro de passagem», No tempo dividido (1954) é como uma crisálida, um grito de resgate. É entre a pátria perdida e o corpo perdido que se entretece uma mistagogia da temporalidade. Entre naufrágios, desastres e destroços, Sophia teve «o futuro por memória»; entre o pensamento sem rosto, os gestos sem peso e o olhar atento que nenhum acaso desvia, como Antígona, a sua poesia sobreleva: «Eu sou aquela que não aprendeu a ceder aos desastres».Pontifícia Universidade Católica de São Paulo2021-04-15info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.pucsp.br/index.php/teoliteraria/article/view/5246110.23925/2236-9937.2021v23p180-193Teoliteraria - Journal of Literatures and Theologies (On Line) ISSN 2236-9937; Vol. 11 No. 23 (2021): Teotopias - Lugares de encontro entre teologias e literaturas; 180-193Teoliteraria - Revista de Literaturas y Teologías (On Line) ISSN 2236-9937; Vol. 11 Núm. 23 (2021): Teotopias - Lugares de encontro entre teologias e literaturas; 180-193TEOLITERARIA - Revista de Literaturas e Teologias; v. 11 n. 23 (2021): Teotopias - Lugares de encontro entre teologias e literaturas; 180-1932236-9937reponame:Teoliteráriainstname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)instacron:PUC_SPporhttps://revistas.pucsp.br/index.php/teoliteraria/article/view/52461/35043Copyright (c) 2021 TEOLITERARIA - Revista de Literaturas e Teologiashttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessTeixeira, José Rui2021-04-15T12:01:27Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/52461Revistahttps://revistas.pucsp.br/teoliterariaPRIhttps://revistas.pucsp.br/teoliteraria/oaialex@teoliteraria.com||teoliteraria@teoliteraria.com2236-99372236-9937opendoar:2021-04-15T12:01:27Teoliterária - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)false |
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