Associação entre o nível de resiliência e o estado clínico de pacientes renais crônicos em hemodiálise

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Slomka, Luciane
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_RS
Texto Completo: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/1584
Resumo: Introdução: Pacientes com insuficiência renal crônica em tratamento dialítico sofrem uma série de restrições e perdas físicas e emocionais ao longo deste, que lhes exigem uma capacidade de enfrentar tal adversidade através, também, de recursos psicológicos para este enfrentamento. Estes recursos, a chamada resiliência do indivíduo, pode influenciar a forma como cada paciente responde ao tratamento médico e suas condições clínicas. Assim, o objetivo do estudo foi de avaliar a associação existente entre o nível de resiliência e o estado clínico de pacientes renais crônicos em hemodiálise. Método: Estudo transversal, de caráter quantitativo, que mensurou e analisou a distribuição dos níveis de resiliência apresentados por pacientes em tratamento dialítico e os relacionou com o estado clínico destes. Os participantes do estudo foram 60 pacientes renais crônicos de ambos os sexos, adultos (acima de 18 anos), alfabetizados até pelo menos o primeiro grau, sem déficit cognitivo importante, independentemente da doença de base que tenha conduzido ao tratamento dialítico e que este tivesse iniciado há pelo menos três meses. Os principais instrumentos aplicados foram a escala de resiliência de Wagnild e Young (1993), o Mini Exame do Estado Mental (Mini Mental, 1999) e a Escala Beck de Depressão (2001). O estado clínico dos pacientes estudados foi mensurado através ma média dos três últimos meses anteriores à coleta, de três principais parâmetros: Índice de Kt/V, taxa de hemoglobina e o indice de massa corporal (IMC). Resultados: Percebeu-se uma leve tendência dos pacientes com escore de resiliência mais elevados apresentarem um índice de Kt/V mais próximo do considerado como ideal para uma boa dialisância (maior ou igual a 1,2 mg/dL), com r = 0,19 e P= 0,15, o que indica uma associação não significativa. Quando analisada a relação entre o nível de resiliência e a média dos últimos 3 meses anteriores à aplicação do estudo da taxa de hemoglobina dos pacientes analisados percebeu-se uma associação ainda mais discreta do que a comparação com o indice de Kt/V, com r= 0,04 3 P=0,76. Isso indica que em mais esse aspecto referido como parte da forma de avaliar o estado clínico dos pacientes estudados, não há associação significativa. Analisando a relação existente entre o nível de resiliência e o índice de massa corporal (IMC) dos pacientes avaliados, percebe-se uma tendência maior do que em comparação às associações feitas anteriormente, com r = 0,27 e P = 0,038. Isso significa que possivelmente pacientes que apresentaram o índice de massa corporal dentro do nível tomado como saudável também apresentaram nível mais elevado de resiliência. Conclusões: Não houve associação estatisticamente significativa entre o nível de resiliência e o estado clínico dos pacientes avaliados, apesar dos resultados apontarem uma discreta tendência para isso. Novos estudos fazem-se necessários para aprofundar o conceito da resiliência.
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Os principais instrumentos aplicados foram a escala de resiliência de Wagnild e Young (1993), o Mini Exame do Estado Mental (Mini Mental, 1999) e a Escala Beck de Depressão (2001). O estado clínico dos pacientes estudados foi mensurado através ma média dos três últimos meses anteriores à coleta, de três principais parâmetros: Índice de Kt/V, taxa de hemoglobina e o indice de massa corporal (IMC). Resultados: Percebeu-se uma leve tendência dos pacientes com escore de resiliência mais elevados apresentarem um índice de Kt/V mais próximo do considerado como ideal para uma boa dialisância (maior ou igual a 1,2 mg/dL), com r = 0,19 e P= 0,15, o que indica uma associação não significativa. Quando analisada a relação entre o nível de resiliência e a média dos últimos 3 meses anteriores à aplicação do estudo da taxa de hemoglobina dos pacientes analisados percebeu-se uma associação ainda mais discreta do que a comparação com o indice de Kt/V, com r= 0,04 3 P=0,76. 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