Comunidades vegetais dos salgados no Namibe (sudoeste de Angola)
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.18055/Finis20156 |
Resumo: | Este trabalho constitui a primeira análise fitossociológica de sapais da costa angolana. Sessenta e cinco inventários foram realizados resultando na descrição de seis novas associações de plantas. Estes sapais são caracterizados por uma menor riqueza florística quando comparadas aos sapais holárticos. Dezoito táxons foram identificados, alguns deles suculentos. Os sapais ocorrem desde a foz do rio Cunene até ao rio Cuanza, embora nesta última parte já estejam muito empobrecidos. No rio Cuanza, os sapais ocupam apenas uma faixa estreita no setor interno dos mangais em contato com os ecossistemas continentais e geralmente são constituídos por um único táxon, Sarcocornia natalensis subsp. affinis. Os mangais atingem o seu limite sul na cidade de Lobito, embora estejam quase extintos. A ocorrência e distribuição dos sapais são afetados pela Corrente Fria de Benguela, que influencia a costa oeste da África entre o Cabo da Boa Esperança e Benguela. A altura das plataformas do sapal colonizadas por plantas halófitas, subhalófitas ou halotolerantes determina o período de inundação e, portanto, a composição florística das comunidades vegetais. A granulometria do solo também desempenha um papel importante na organização espacial das comunidades de plantas. Uma das principais originalidades dos sapais angolanos é o predomínio de solos de textura arenosa fina ou franco-arenosa, em consequência da proximidade com o deserto do Namibe. A ACP segregou as diferentes comunidades de plantas descritas. |
id |
RCAP_00f2c352e63b2aec634690aeefbd4e59 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/20156 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Comunidades vegetais dos salgados no Namibe (sudoeste de Angola)Comunidades vegetales de las Marismas de Namibe (suroeste de Angola))Comunidades vegetais dos salgados no Namibe (sudoeste de Angola)ArtigosEste trabalho constitui a primeira análise fitossociológica de sapais da costa angolana. Sessenta e cinco inventários foram realizados resultando na descrição de seis novas associações de plantas. Estes sapais são caracterizados por uma menor riqueza florística quando comparadas aos sapais holárticos. Dezoito táxons foram identificados, alguns deles suculentos. Os sapais ocorrem desde a foz do rio Cunene até ao rio Cuanza, embora nesta última parte já estejam muito empobrecidos. No rio Cuanza, os sapais ocupam apenas uma faixa estreita no setor interno dos mangais em contato com os ecossistemas continentais e geralmente são constituídos por um único táxon, Sarcocornia natalensis subsp. affinis. Os mangais atingem o seu limite sul na cidade de Lobito, embora estejam quase extintos. A ocorrência e distribuição dos sapais são afetados pela Corrente Fria de Benguela, que influencia a costa oeste da África entre o Cabo da Boa Esperança e Benguela. A altura das plataformas do sapal colonizadas por plantas halófitas, subhalófitas ou halotolerantes determina o período de inundação e, portanto, a composição florística das comunidades vegetais. A granulometria do solo também desempenha um papel importante na organização espacial das comunidades de plantas. Uma das principais originalidades dos sapais angolanos é o predomínio de solos de textura arenosa fina ou franco-arenosa, em consequência da proximidade com o deserto do Namibe. A ACP segregou as diferentes comunidades de plantas descritas.This work constitutes the first phytosociological analysis of saltmarshes on the Angolan coast. Sixty-five relevés were carried out resulting in the description of six new plant associations. These saltmarshes are characterized by a lower floristic richness when compared to the Holarctic saltmarshes. Eighteen taxa were identified, some of them succulent. Saltmarshes occur from the mouth of the Cunene River to the Cuanza River, although in this last part they are already very impoverished. In the Cuanza river, saltmarshes occupy only a narrow strip in the inner sector of the mangroves in contact with continental ecosystems and are often made up of just one taxon, Sarcocornia natalensis subsp. affinis. Mangroves reach their southern limit in the city of Lobito, although they are almost extinct there. The occurrence and distribution of saltmarshes are affected by the Cold Benguela Current, that influences the west coast of Africa between Cabo da Boa Esperança and Benguela. The height of the saltmarsh’s platforms colonized by halophyte, sub-halophyte or halotolerant plants determines the flooding period and thus the plant community’s floristic composition. Soil granulometry also plays an important role in the spatial organization of plant communities. One of the main originalities of Angolan saltmarshes is the predominance of fine sandy or sandy-loam soil texture as a consequence of the proximity of the Namibe desert. The PCA segregated the different plant communities described.Este trabajo constituye el primer análisis fitosociológico de las marismas del litoral angoleño. Se realizaron sesenta y cinco inventarios que dieron como resultado la descripción de seis nuevas asociaciones de plantas. Estas marismas salinas se caracterizan por una menor riqueza florística en comparación con las marismas salinas de Holarctic. Se identificaron dieciocho taxones, algunos de ellos suculentos. Las marismas se dan desde la desembocadura del río Cunene hasta el río Cuanza, aunque en este último tramo ya están muy empobrecidas. En el río Cuanza, las marismas ocupan solo una franja estrecha en el sector interior de los manglares en contacto con los ecosistemas continentales y, a menudo, están formadas por un solo taxón, Sarcocornia natalensis subsp. affinis. Los manglares alcanzan su límite Sur en la ciudad de Lobito, aunque allí están casi extintos. La ocurrencia y distribución de las marismas se ven afectadas por la Corriente Fría de Benguela, que influye en la costa occidental de África entre Cabo da Boa Esperança y Benguela. La altura de las plataformas de la marisma colonizada por plantas halófitas, subhalófitas o halotolerantes determina el período de inundación y, por tanto, la composición florística de las comunidades vegetales. La granulometría del suelo también juega un papel importante en la organización espacial de las comunidades vegetales. Una de las principales originalidades de las marismas angoleñas es el predominio de la textura del suelo de arena fina o franco-arenosa como consecuencia de la proximidad del desierto de Namibe. El ACP segregó las diferentes comunidades vegetales descritas.Centro de Estudos Geográficos2021-08-05T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.18055/Finis20156por2182-29050430-5027Cardoso, João FranciscoCosta, José CarlosNeto, CarlosDuarte, Maria CristinaMonteiro-Henriques, Tiagoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-05T14:40:05Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/20156Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:12:53.892515Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Comunidades vegetais dos salgados no Namibe (sudoeste de Angola) Comunidades vegetales de las Marismas de Namibe (suroeste de Angola)) Comunidades vegetais dos salgados no Namibe (sudoeste de Angola) |
title |
Comunidades vegetais dos salgados no Namibe (sudoeste de Angola) |
spellingShingle |
Comunidades vegetais dos salgados no Namibe (sudoeste de Angola) Cardoso, João Francisco Artigos |
title_short |
Comunidades vegetais dos salgados no Namibe (sudoeste de Angola) |
title_full |
Comunidades vegetais dos salgados no Namibe (sudoeste de Angola) |
title_fullStr |
Comunidades vegetais dos salgados no Namibe (sudoeste de Angola) |
title_full_unstemmed |
Comunidades vegetais dos salgados no Namibe (sudoeste de Angola) |
title_sort |
Comunidades vegetais dos salgados no Namibe (sudoeste de Angola) |
author |
Cardoso, João Francisco |
author_facet |
Cardoso, João Francisco Costa, José Carlos Neto, Carlos Duarte, Maria Cristina Monteiro-Henriques, Tiago |
author_role |
author |
author2 |
Costa, José Carlos Neto, Carlos Duarte, Maria Cristina Monteiro-Henriques, Tiago |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Cardoso, João Francisco Costa, José Carlos Neto, Carlos Duarte, Maria Cristina Monteiro-Henriques, Tiago |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Artigos |
topic |
Artigos |
description |
Este trabalho constitui a primeira análise fitossociológica de sapais da costa angolana. Sessenta e cinco inventários foram realizados resultando na descrição de seis novas associações de plantas. Estes sapais são caracterizados por uma menor riqueza florística quando comparadas aos sapais holárticos. Dezoito táxons foram identificados, alguns deles suculentos. Os sapais ocorrem desde a foz do rio Cunene até ao rio Cuanza, embora nesta última parte já estejam muito empobrecidos. No rio Cuanza, os sapais ocupam apenas uma faixa estreita no setor interno dos mangais em contato com os ecossistemas continentais e geralmente são constituídos por um único táxon, Sarcocornia natalensis subsp. affinis. Os mangais atingem o seu limite sul na cidade de Lobito, embora estejam quase extintos. A ocorrência e distribuição dos sapais são afetados pela Corrente Fria de Benguela, que influencia a costa oeste da África entre o Cabo da Boa Esperança e Benguela. A altura das plataformas do sapal colonizadas por plantas halófitas, subhalófitas ou halotolerantes determina o período de inundação e, portanto, a composição florística das comunidades vegetais. A granulometria do solo também desempenha um papel importante na organização espacial das comunidades de plantas. Uma das principais originalidades dos sapais angolanos é o predomínio de solos de textura arenosa fina ou franco-arenosa, em consequência da proximidade com o deserto do Namibe. A ACP segregou as diferentes comunidades de plantas descritas. |
publishDate |
2021 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2021-08-05T00:00:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://doi.org/10.18055/Finis20156 |
url |
https://doi.org/10.18055/Finis20156 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
2182-2905 0430-5027 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Centro de Estudos Geográficos |
publisher.none.fl_str_mv |
Centro de Estudos Geográficos |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799129996607881216 |