Estudo molecular da epilepsia mioclonica progressiva Unverricht-Lundborg

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinto, Eugénia Maria
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/8764
Resumo: As Epilepsias Mioclónicas Progressivas (EMP) estão associadas a um grupo heterogéneo de doenças metabólicas raras. São caracterizadas clinicamente por mioclonias, crises tónico-clónicas e declínio neurológico progressivo com ataxia e demência. A doença de Unverricht-Lundborg (DUL), epilepsia mioclónica progressiva tipo 1 (EPM1, MIM 254800) e principal causa de EMP, é uma doença autossómica recessiva causada por mutações no gene da cistatina B (CSTB) que levam à perda de função desta proteína. Os primeiros sintomas surgem entre os 6 e os 10 anos de idade, e são caracterizados por convulsões. O diagnóstico da EPM1 é feito, inicialmente, a nível clínico e posteriormente confirmado a nível genético. O objectivo principal deste trabalho foi a implementação do estudo genético e investigação aplicada da EPM1. Sendo a EPM1 uma doença rara, sem diagnóstico laboratorial em Portugal, e da qual se desconhece o impacto real em termos de saúde pública, este trabalho permite proceder à confirmação/exclusão de suspeita clínica e à caracterização dos casos. Os resultados obtidos permitiram iniciar o estudo do gene CSTB em casos com suspeita de EPM1. Assim, foi possível a confirmação de um doente com suspeita de EPM1, e a avaliação preliminar de alguns polimorfismos existentes na nossa população. A mutação nova identificada e caracterizada neste trabalho é uma mutação pontual, aparentemente silenciosa (p.Q22Q), mas que altera o padrão normal de splicing resultando em inclusão de sequência intrónica, sendo de prever a perda de função da cistatina B. Estes resultados demonstram a necessidade de optar por uma abordagem não direccionada, complementando o estudo de gDNA com o de cDNA. O estudo molecular desta doença, poderá contribuir para a avaliação e caracterização desta patologia em termos mutacionais e, simultaneamente, contribuir para uma melhor compreensão da patofisiologia da doença.
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