Leituras e leitores de Camilo Castelo Branco, em particular, Agustina Bessa-Luís
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/1823 |
Resumo: | Com este estudo pretendemos analisar Camilo Castelo Branco em duas perspectivas distintas: leituras e leitores do autor. Tido como um dos maiores escritores portugueses do século XIX, Camilo Castelo Branco foi influenciado, não só por autores europeus, como também pelos clássicos, com quem travara conhecimento desde muito cedo. De qualquer modo, outras leituras faremos da sua obra literária: quais dos seus percursos mais influenciaram os leitores; quem foram e são os seus leitores; por que razão marcou tão fortemente a cultura portuguesa; quais as marcas de identidade presentes na sua obra. Estas são algumas das linhas que norteiam a investigação. Camilo revelava uma linguagem invulgar, onde a vertente clássica, a par da sentimental e romântica, se explicam pela leitura dos autores clássicos, junto do padre António de Azevedo, e a linguagem popular se deve ao contacto directo tido com o povo no Minho e em Trás-os-Montes. Em Camilo, encontrámos uma oratória vocabular extraordinária, graças ao uso de léxico extremamente rico e colorido, assim como de uma linguagem vernácula exemplar. No que concerne aos leitores de Camilo, e após uma análise, ainda que breve, da sociedade portuguesa, a nossa escolha recaiu em Agustina Bessa-Luís já que a sua obra tem espelhado Camilo Castelo Branco e sabido trazer à actualidade as paixões e os infortúnios amorosos provocados por desigualdades sociais, ódios de família, rejeição e abandono, intriga e ciúme, ingenuidade das meninas românticas, boçalidade das pessoas do povo, e todo um mundo de personagens visto por Camilo e revisitado por Agustina nas obras Fanny Owen e Camilo: Génio e Figura. |
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