Abordagem à vítima de trauma na fase pré-hospitalar : avaliação do papel das equipas de bombeiros
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Publication Date: | 2013 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Download full: | http://hdl.handle.net/10400.6/1503 |
Summary: | Introdução: O trauma continua a ser uma das principiais causas de morte. Em Portugal é a primeira causa de morte e incapacidade até aos 44 anos de idade. O socorro prestado às vítimas na fase do pré-hospitalar é efetuado por equipas multidisciplinares, tendo a equipa de socorro inicial um papel fundamental. Devido à possível complexidade das situações envolventes do trauma, podem ocorrer erros na abordagem inicial, por vezes relacionados com falhas na formação teórica e técnica da equipa de socorro. Estes podem estar associados com lesões potencialmente evitáveis, o que motiva a realização de uma avaliação focada na formação específica das equipas de socorro à vítima de trauma na fase pré-hospitalar. Em Portugal, os bombeiros são responsáveis por realizar cerca de 80% do socorro pré-hospitalar. Objetivos: Avaliar e comparar a formação teórica dos bombeiros, em termos qualitativos e quantitativos, relativamente à abordagem da vítima de trauma no socorro pré-hospitalar, nos distritos de Castelo Branco, Coimbra e Guarda. Método: Estudo transversal analítico referente ao ano de 2012, através da realização de um inquérito elaborado pelo investigador, aplicado aos 3 distritos, num total de 18 corporações, selecionados por conveniência. Foi realizado um questionário composto por quatro partes (Identificação; Competências curriculares; Conhecimentos específicos e Opinião individual). As questões para avaliação de conhecimentos foram elaboradas com base nos manuais de formação em vigor, procurando avaliar o nível de conhecimento dos procedimentos que, do ponto de vista médico, o socorrista deve possuir. Os critérios de avaliação possibilitaram o reconhecimento de conhecimentos mínimos. Resultados: Os dados dos 213 inquéritos indicam-nos que a maioria dos bombeiros não apresenta uma linha de raciocínio sequencial e lógico face ao exame primário. Se por um lado indicam a sequência correta designada por ABCDE, por outro, não indicam quais os objetivos da mesma e transmitem confusões entre os procedimentos a realizar. Apesar de demonstrarem que possuem conhecimentos teóricos, também nos levam a questionar se estes são aplicados corretamente em contexto real. A maioria dos inquiridos indica que a formação ministrada é suficiente e adequada, e que esta lhes proporciona segurança para atuarem num cenário de trauma. Ao mesmo tempo referem que a duração das formações deveria ser maior e com uma maior prevalência da componente prática. Conclusões: Os resultados obtidos demonstram que existem falhas na formação. De referir que nos distritos em estudo não existem diferenças significativas ao nível da formação teórica. Concluímos que é necessário aprofundar os conhecimentos teóricos e técnicos nesta área específica de uma forma contínua e adequada à realidade em que estes profissionais atuam. |
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Abordagem à vítima de trauma na fase pré-hospitalar : avaliação do papel das equipas de bombeirosTraumaTrauma - Exame primário - Avaliação pré-hospitalarTrauma - Equipas de socorro - FormaçãoTrauma - Equipas de socorro - Avaliação pré-hospitalarIntrodução: O trauma continua a ser uma das principiais causas de morte. Em Portugal é a primeira causa de morte e incapacidade até aos 44 anos de idade. O socorro prestado às vítimas na fase do pré-hospitalar é efetuado por equipas multidisciplinares, tendo a equipa de socorro inicial um papel fundamental. Devido à possível complexidade das situações envolventes do trauma, podem ocorrer erros na abordagem inicial, por vezes relacionados com falhas na formação teórica e técnica da equipa de socorro. Estes podem estar associados com lesões potencialmente evitáveis, o que motiva a realização de uma avaliação focada na formação específica das equipas de socorro à vítima de trauma na fase pré-hospitalar. Em Portugal, os bombeiros são responsáveis por realizar cerca de 80% do socorro pré-hospitalar. Objetivos: Avaliar e comparar a formação teórica dos bombeiros, em termos qualitativos e quantitativos, relativamente à abordagem da vítima de trauma no socorro pré-hospitalar, nos distritos de Castelo Branco, Coimbra e Guarda. Método: Estudo transversal analítico referente ao ano de 2012, através da realização de um inquérito elaborado pelo investigador, aplicado aos 3 distritos, num total de 18 corporações, selecionados por conveniência. Foi realizado um questionário composto por quatro partes (Identificação; Competências curriculares; Conhecimentos específicos e Opinião individual). As questões para avaliação de conhecimentos foram elaboradas com base nos manuais de formação em vigor, procurando avaliar o nível de conhecimento dos procedimentos que, do ponto de vista médico, o socorrista deve possuir. Os critérios de avaliação possibilitaram o reconhecimento de conhecimentos mínimos. Resultados: Os dados dos 213 inquéritos indicam-nos que a maioria dos bombeiros não apresenta uma linha de raciocínio sequencial e lógico face ao exame primário. Se por um lado indicam a sequência correta designada por ABCDE, por outro, não indicam quais os objetivos da mesma e transmitem confusões entre os procedimentos a realizar. Apesar de demonstrarem que possuem conhecimentos teóricos, também nos levam a questionar se estes são aplicados corretamente em contexto real. A maioria dos inquiridos indica que a formação ministrada é suficiente e adequada, e que esta lhes proporciona segurança para atuarem num cenário de trauma. Ao mesmo tempo referem que a duração das formações deveria ser maior e com uma maior prevalência da componente prática. Conclusões: Os resultados obtidos demonstram que existem falhas na formação. De referir que nos distritos em estudo não existem diferenças significativas ao nível da formação teórica. Concluímos que é necessário aprofundar os conhecimentos teóricos e técnicos nesta área específica de uma forma contínua e adequada à realidade em que estes profissionais atuam.Universidade da Beira InteriorSantos, José EduardouBibliorumVerão, Pedro2013-11-26T16:31:14Z2013-062013-06-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/1503porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:37:04Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/1503Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:43:18.684621Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Introdução: O trauma continua a ser uma das principiais causas de morte. Em Portugal é a primeira causa de morte e incapacidade até aos 44 anos de idade. O socorro prestado às vítimas na fase do pré-hospitalar é efetuado por equipas multidisciplinares, tendo a equipa de socorro inicial um papel fundamental. Devido à possível complexidade das situações envolventes do trauma, podem ocorrer erros na abordagem inicial, por vezes relacionados com falhas na formação teórica e técnica da equipa de socorro. Estes podem estar associados com lesões potencialmente evitáveis, o que motiva a realização de uma avaliação focada na formação específica das equipas de socorro à vítima de trauma na fase pré-hospitalar. Em Portugal, os bombeiros são responsáveis por realizar cerca de 80% do socorro pré-hospitalar. Objetivos: Avaliar e comparar a formação teórica dos bombeiros, em termos qualitativos e quantitativos, relativamente à abordagem da vítima de trauma no socorro pré-hospitalar, nos distritos de Castelo Branco, Coimbra e Guarda. Método: Estudo transversal analítico referente ao ano de 2012, através da realização de um inquérito elaborado pelo investigador, aplicado aos 3 distritos, num total de 18 corporações, selecionados por conveniência. Foi realizado um questionário composto por quatro partes (Identificação; Competências curriculares; Conhecimentos específicos e Opinião individual). As questões para avaliação de conhecimentos foram elaboradas com base nos manuais de formação em vigor, procurando avaliar o nível de conhecimento dos procedimentos que, do ponto de vista médico, o socorrista deve possuir. Os critérios de avaliação possibilitaram o reconhecimento de conhecimentos mínimos. Resultados: Os dados dos 213 inquéritos indicam-nos que a maioria dos bombeiros não apresenta uma linha de raciocínio sequencial e lógico face ao exame primário. Se por um lado indicam a sequência correta designada por ABCDE, por outro, não indicam quais os objetivos da mesma e transmitem confusões entre os procedimentos a realizar. Apesar de demonstrarem que possuem conhecimentos teóricos, também nos levam a questionar se estes são aplicados corretamente em contexto real. A maioria dos inquiridos indica que a formação ministrada é suficiente e adequada, e que esta lhes proporciona segurança para atuarem num cenário de trauma. Ao mesmo tempo referem que a duração das formações deveria ser maior e com uma maior prevalência da componente prática. Conclusões: Os resultados obtidos demonstram que existem falhas na formação. De referir que nos distritos em estudo não existem diferenças significativas ao nível da formação teórica. Concluímos que é necessário aprofundar os conhecimentos teóricos e técnicos nesta área específica de uma forma contínua e adequada à realidade em que estes profissionais atuam. |
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