O corpo falante de Don Juan: a versão muito original de João de Barros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sequeira, Rosa Maria
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.2/12433
Resumo: O poema dramático de João de Barros, datado de 1920, ilustra uma conceção de desejo ligada a uma ética da alegria na qual o desejo é o motor da ação. Esta conceção, que radica em Espinoza, Deleuze e Guattari, opõe-se a uma outra conceção de desejo como falta que vemos nas filosofias de Platão e Shopenhauer. No poema dramático de João de Barros, o herói reúne forças humanas e sublimes e possui qualidades simbólicas superiores às das restantes personagens na busca de conhecimento de si que constitui o cerne da trama. Por outro lado, este texto contraria a tendência das versões do século XX para anular a presença do transcendente, aqui com algum papel enquanto entidade que participa do confronto. Esta versão de João de Barros tem ainda outra originalidade que consiste em sugerir uma intimidade masculina entre as personagens, vinte anos antes de o médido Gregório Marañon (1947) ter proposto a homossexualidade do sedutor.
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