Os horrea na Quinta de Crestelos (Mogadouro) na Idade do Ferro e Romanização: dados arqueobotânicos sobre armazenagem e construção

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tereso, João Pedro
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Vaz, Filipe Costa, Jesus, Ana, Pereira, Sérgio Simões, Espí, Israel, Sastre-Blanco, José
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/36492
Resumo: O povoado da Quinta de Crestelos (Mogadouro) foi intervencionado no âmbito das medidas de minimização do Aproveitamento Hidroelétrico do Baixo Sabor. Na área mais elevada deste povoado, uma crista alongada, foram identificados 8 horrea com cronologias balizadas entre o séc. I a.C. e II d.C. Durante a escavação da área, foram efetuadas recolhas de sedimentos com vista à realização de um estudo arqueobotânico. Este tinha como objetivo de fornecer informações relativamente à utilização destas estruturas. Os contextos amostrados, compreendendo várias unidades estratigráficas dentro e fora das estruturas de armazenagem, revelaram uma grande diversidade de elementos vegetais carbonizados. Não obstante a identificação de grandes momentos de remobilizações de sedimento e reestruturações a que a crista do sítio da Quinta de Crestelos foi sujeita, os resultados obtidos permitiram concluir que a área foi amplamente utilizada como espaço de armazenagem e que o trigo de grão nu terá sido o cultivo mais frequente, seguido do milho-miúdo. Foram recuperados também grãos de cevada e grainhas de uva, entre outros vestígios. Quanto à antracologia, entre as espécies mais frequentes contaram-se o medronheiro, Quercus de folha perene, esteva, freixo e pinheiro-bravo. Algumas das madeiras terão mesmo sido utilizadas na edificação das estruturas de armazenagem.
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