A abrangência do nudging nas respostas políticas de saúde tomadas pelos municípios portugueses na gestão da Covid-19 (2020-2022)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/40189 |
Resumo: | A pandemia da COVID-19 provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2 marcará, sem dúvida, os primeiros anos da década de 2020. Apesar de constituir um fenómeno recente, observou-se um elevado número de publicações científicas com o objetivo de compreender as causas e os efeitos da pandemia, bem como o impacto das medidas de confinamento e outras intervenções não farmacêuticas na propagação do coronavírus. No entanto, menos atenção tem sido prestada às estratégias de mitigação da COVID-19 a partir da perspetiva da Economia Comportamental, que se centra na forma como as pessoas se comportam quando confrontadas com o evento e reagem a estímulos e incentivos para adotar comportamentos responsáveis. Esta dissertação tem por base uma literatura emergente (ainda que incipiente) que analisa especificamente a interação da Economia Comportamental com a pandemia da COVID-19. Antes de declarada pandemia pela OMS (Organização Mundial de Saúde), vários epidemiologistas já afirmavam que o comportamento individual seria crucial para controlar a propagação da COVID-19. Em contextos de emergência, como o da COVID-19, a proximidade das autarquias locais à população adquire uma importância acrescida, não apenas na provisão de serviços básicos, mas também no apoio e na orientação para que as pessoas transformem as suas cidades em locais seguros. Na verdade, uma das ações mais importantes tomadas pelos municípios durante a pandemia foi a tomada de decisões imediatas, oportunas e direcionadas para garantir uma resposta eficaz. Com um foco no contexto português, o objetivo desta dissertação é analisar o trabalho efetuado pelos municípios na resposta à pandemia da COVID-19, tendo por base a Economia Comportamental e a adoção de nudges, incentivando os cidadãos a adotar medidas de proteção e ação proativa. Recorrendo à análise documental e de inquéritos por questionário a uma amostra de 92 municípios, os resultados mostram que as autarquias locais adotaram uma ampla gama de respostas políticas de natureza social e económica para incentivar comportamentos, o que reforça a sua importância na resposta a emergências futuras e no atual processo de descentralização da saúde que está a decorrer em Portugal. |
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A abrangência do nudging nas respostas políticas de saúde tomadas pelos municípios portugueses na gestão da Covid-19 (2020-2022)Municípios portuguesesPolítica públicaEconomia comportamentalNudgingCOVID-19A pandemia da COVID-19 provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2 marcará, sem dúvida, os primeiros anos da década de 2020. Apesar de constituir um fenómeno recente, observou-se um elevado número de publicações científicas com o objetivo de compreender as causas e os efeitos da pandemia, bem como o impacto das medidas de confinamento e outras intervenções não farmacêuticas na propagação do coronavírus. No entanto, menos atenção tem sido prestada às estratégias de mitigação da COVID-19 a partir da perspetiva da Economia Comportamental, que se centra na forma como as pessoas se comportam quando confrontadas com o evento e reagem a estímulos e incentivos para adotar comportamentos responsáveis. Esta dissertação tem por base uma literatura emergente (ainda que incipiente) que analisa especificamente a interação da Economia Comportamental com a pandemia da COVID-19. Antes de declarada pandemia pela OMS (Organização Mundial de Saúde), vários epidemiologistas já afirmavam que o comportamento individual seria crucial para controlar a propagação da COVID-19. Em contextos de emergência, como o da COVID-19, a proximidade das autarquias locais à população adquire uma importância acrescida, não apenas na provisão de serviços básicos, mas também no apoio e na orientação para que as pessoas transformem as suas cidades em locais seguros. Na verdade, uma das ações mais importantes tomadas pelos municípios durante a pandemia foi a tomada de decisões imediatas, oportunas e direcionadas para garantir uma resposta eficaz. Com um foco no contexto português, o objetivo desta dissertação é analisar o trabalho efetuado pelos municípios na resposta à pandemia da COVID-19, tendo por base a Economia Comportamental e a adoção de nudges, incentivando os cidadãos a adotar medidas de proteção e ação proativa. Recorrendo à análise documental e de inquéritos por questionário a uma amostra de 92 municípios, os resultados mostram que as autarquias locais adotaram uma ampla gama de respostas políticas de natureza social e económica para incentivar comportamentos, o que reforça a sua importância na resposta a emergências futuras e no atual processo de descentralização da saúde que está a decorrer em Portugal.The COVID-19 pandemic caused by the new coronavirus SARS-CoV-2 will undoubtedly mark the early years of the 2020s. Despite being a recent phenomenon, many scientific publications have been observed with the aim of understanding the causes and effects of the pandemic, as well as the impact of containment measures and other non-pharmaceutical interventions on the spread of the coronavirus. However, less attention has been paid to COVID-19 mitigation strategies from the perspective of Behavioural Economics, which focuses on how people behave when confronted with the event and react to stimuli and incentives to adopt responsible behaviour. This dissertation aligns with an emerging body of literature that examines the interplay between behavioural economics and the COVID-19 pandemic. Before the WHO (World Health Organization) declared a pandemic, various epidemiologists had already emphasized the pivotal role of individual behaviour in controlling the spread of COVID-19. In emergency situations, such as the current pandemic, the proximity of local governments to their citizens becomes paramount. This proximity is significant not only for basic service delivery but also for nurturing and aiding citizens in transforming their cities into their communities and their homes. One of the most crucial actions taken by local governments during the COVID-19 pandemic was the prompt, well-timed, and targeted decision-making to ensure an effective response. With a focus on the Portuguese context, the aim of this dissertation is to analyse the empirical practice of local governments in responding to the COVID-19 pandemic through the use of behavioural economics, by nudging citizens to take protective and proactive measures. Employing document analysis and questionnaire surveys to ninety-two municipalities, the findings reveal that local governments implemented a diverse array of nudging strategies with social and economic implications, which reinforces their significance in responding to future emergency situations and their role in the ongoing health decentralization process in Portugal.2024-12-07T00:00:00Z2023-12-07T00:00:00Z2023-12-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/40189porGonçalves, Emanuel Aléxis da Rochainfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T12:18:42Zoai:ria.ua.pt:10773/40189Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:10:17.022102Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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