“O Brasileiro”: sociabilidade, categorização social e estatuto transnacionais oitocentistas
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/54767 |
Resumo: | Já desde o período anterior à independência do Brasil que a figura do “brasileiro” ocupa um lugar importante na literatura portuguesa, ficcional e não ficcional. E desde sempre a qualificação acarretou a ideia de uma natureza intermediária entre dois mundos. No espaço da monarquia atlântica não havia portugueses e brasileiros, mas havia territórios bem distintos e o “brasileiro” era o português que ia residir para o território do Brasil e depois voltava, ou não, para o reino. No século XIX, a manutenção e renovação deste circuito migratório consolidou-se já num contexto internacional pós-colonial entre dois países independentes. Sobretudo na segunda metade do século, o significativo aumento do fluxo de circulação de pessoas reflectiu-se no incremento da presença do “brasileiro” nas representações literárias, nos debates da opinião pública e mesmo nas agendas políticas. Mas neste contexto, e considerando o passado colonial que unia Portugal e Brasil, o “brasileiro” não foi visto como um mero emigrante. Mas, de facto, como uma figura que continuava a fazer a mediação entre dois mundos, entre duas entidades nacionais, sem nunca corresponder à integridade da origem nem do destino: uma categoria social híbrida e, veremos, transnacional |
id |
RCAP_133eb2dc49af7627be575bce3966f8e4 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ul.pt:10451/54767 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
“O Brasileiro”: sociabilidade, categorização social e estatuto transnacionais oitocentistasPortugalBrasilTransnacionalismoEmigraçãoIdentidade nacionalCategorização social.Já desde o período anterior à independência do Brasil que a figura do “brasileiro” ocupa um lugar importante na literatura portuguesa, ficcional e não ficcional. E desde sempre a qualificação acarretou a ideia de uma natureza intermediária entre dois mundos. No espaço da monarquia atlântica não havia portugueses e brasileiros, mas havia territórios bem distintos e o “brasileiro” era o português que ia residir para o território do Brasil e depois voltava, ou não, para o reino. No século XIX, a manutenção e renovação deste circuito migratório consolidou-se já num contexto internacional pós-colonial entre dois países independentes. Sobretudo na segunda metade do século, o significativo aumento do fluxo de circulação de pessoas reflectiu-se no incremento da presença do “brasileiro” nas representações literárias, nos debates da opinião pública e mesmo nas agendas políticas. Mas neste contexto, e considerando o passado colonial que unia Portugal e Brasil, o “brasileiro” não foi visto como um mero emigrante. Mas, de facto, como uma figura que continuava a fazer a mediação entre dois mundos, entre duas entidades nacionais, sem nunca corresponder à integridade da origem nem do destino: uma categoria social híbrida e, veremos, transnacionalRepositório da Universidade de LisboaCorrêa Da Silva, Isabel2022-10-13T14:50:54Z20222022-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/54767porSilva, I. C. da. (2022). “O Brasileiro”: sociabilidade, categorização social e estatuto transnacionais oitocentistas. Tempo e Argumento,Florianópolis, v. 14, n. 35, e0103. DOI https://doi.org/10.5965/2175180314352022e010310.5965/2175180314352022e0103info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T17:01:23Zoai:repositorio.ul.pt:10451/54767Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:05:33.151091Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
“O Brasileiro”: sociabilidade, categorização social e estatuto transnacionais oitocentistas |
title |
“O Brasileiro”: sociabilidade, categorização social e estatuto transnacionais oitocentistas |
spellingShingle |
“O Brasileiro”: sociabilidade, categorização social e estatuto transnacionais oitocentistas Corrêa Da Silva, Isabel Portugal Brasil Transnacionalismo Emigração Identidade nacional Categorização social. |
title_short |
“O Brasileiro”: sociabilidade, categorização social e estatuto transnacionais oitocentistas |
title_full |
“O Brasileiro”: sociabilidade, categorização social e estatuto transnacionais oitocentistas |
title_fullStr |
“O Brasileiro”: sociabilidade, categorização social e estatuto transnacionais oitocentistas |
title_full_unstemmed |
“O Brasileiro”: sociabilidade, categorização social e estatuto transnacionais oitocentistas |
title_sort |
“O Brasileiro”: sociabilidade, categorização social e estatuto transnacionais oitocentistas |
author |
Corrêa Da Silva, Isabel |
author_facet |
Corrêa Da Silva, Isabel |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Repositório da Universidade de Lisboa |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Corrêa Da Silva, Isabel |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Portugal Brasil Transnacionalismo Emigração Identidade nacional Categorização social. |
topic |
Portugal Brasil Transnacionalismo Emigração Identidade nacional Categorização social. |
description |
Já desde o período anterior à independência do Brasil que a figura do “brasileiro” ocupa um lugar importante na literatura portuguesa, ficcional e não ficcional. E desde sempre a qualificação acarretou a ideia de uma natureza intermediária entre dois mundos. No espaço da monarquia atlântica não havia portugueses e brasileiros, mas havia territórios bem distintos e o “brasileiro” era o português que ia residir para o território do Brasil e depois voltava, ou não, para o reino. No século XIX, a manutenção e renovação deste circuito migratório consolidou-se já num contexto internacional pós-colonial entre dois países independentes. Sobretudo na segunda metade do século, o significativo aumento do fluxo de circulação de pessoas reflectiu-se no incremento da presença do “brasileiro” nas representações literárias, nos debates da opinião pública e mesmo nas agendas políticas. Mas neste contexto, e considerando o passado colonial que unia Portugal e Brasil, o “brasileiro” não foi visto como um mero emigrante. Mas, de facto, como uma figura que continuava a fazer a mediação entre dois mundos, entre duas entidades nacionais, sem nunca corresponder à integridade da origem nem do destino: uma categoria social híbrida e, veremos, transnacional |
publishDate |
2022 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2022-10-13T14:50:54Z 2022 2022-01-01T00:00:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10451/54767 |
url |
http://hdl.handle.net/10451/54767 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
Silva, I. C. da. (2022). “O Brasileiro”: sociabilidade, categorização social e estatuto transnacionais oitocentistas. Tempo e Argumento,Florianópolis, v. 14, n. 35, e0103. DOI https://doi.org/10.5965/2175180314352022e0103 10.5965/2175180314352022e0103 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799134607231156224 |