Síndrome da Hiperémese dos Canabinoides: Uma Revisão Prática para Clínicos
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2184-06282020000300254 |
Resumo: | Resumo A primeira descrição clínica da síndrome da hiperémese dos canabinoides advém de um artigo de Allen et al publicado em 2004. Desde então, várias publicações têm-se focado na sua conceptualização e abordagem clínica, embora se mantenha pouco conhecida na comunidade médica. Esta síndrome é caracterizada pela tríade de consumo crónico de canabinoides, hiperémese cíclica, e banhos ou duches quentes compulsivos como forma de alívio sintomatológico. Podem ainda ocorrer dor abdominal e outros sintomas. A sua verdadeira prevalência é desconhecida, embora se acumule evidência de que é mais frequente do que outrora julgado. Foram aventadas várias hipóteses para a sua patogénese, nomeadamente relacionadas com recetores canabinoides e vaniloides, o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal e o sistema nervoso simpático. Em termos terapêuticos, justificam-se medidas de suporte (p.e. hidratação) na fase aguda, existindo evidência para a utilização de benzodiazepinas (nomeadamente lorazepam), haloperidol ou capsaicina tópica para alívio sintomático. A única intervenção que interrompe o quadro é a abstinência dos consumos, devendo ser feita psicoeducação e orientação adequadas do doente. O conhecimento relativo a esta patologia encontra-se em crescimento. A falta de sensibilização para a doença pode conduzir a testes de diagnóstico invasivos e dispendiosos, inúmeras idas ao serviço de urgência e manutenção do quadro clínico sem resolução sintomatológica. O presente artigo visa sistematizar as linhas de intervenção clínica e fomentar uma maior consciencialização dos profissionais de saúde sobre esta entidade, permitindo uma melhor identificação e abordagem terapêutica deste quadro. |
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Síndrome da Hiperémese dos Canabinoides: Uma Revisão Prática para ClínicosAbuso de Marijuana/complicaçõesCanabinoides/envenenamentoComportamento Compulsivo/induzido quimicamenteSíndromeVómitos/induzido quimicamenteVómitos/tratamentoResumo A primeira descrição clínica da síndrome da hiperémese dos canabinoides advém de um artigo de Allen et al publicado em 2004. Desde então, várias publicações têm-se focado na sua conceptualização e abordagem clínica, embora se mantenha pouco conhecida na comunidade médica. Esta síndrome é caracterizada pela tríade de consumo crónico de canabinoides, hiperémese cíclica, e banhos ou duches quentes compulsivos como forma de alívio sintomatológico. Podem ainda ocorrer dor abdominal e outros sintomas. A sua verdadeira prevalência é desconhecida, embora se acumule evidência de que é mais frequente do que outrora julgado. Foram aventadas várias hipóteses para a sua patogénese, nomeadamente relacionadas com recetores canabinoides e vaniloides, o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal e o sistema nervoso simpático. Em termos terapêuticos, justificam-se medidas de suporte (p.e. hidratação) na fase aguda, existindo evidência para a utilização de benzodiazepinas (nomeadamente lorazepam), haloperidol ou capsaicina tópica para alívio sintomático. A única intervenção que interrompe o quadro é a abstinência dos consumos, devendo ser feita psicoeducação e orientação adequadas do doente. O conhecimento relativo a esta patologia encontra-se em crescimento. A falta de sensibilização para a doença pode conduzir a testes de diagnóstico invasivos e dispendiosos, inúmeras idas ao serviço de urgência e manutenção do quadro clínico sem resolução sintomatológica. O presente artigo visa sistematizar as linhas de intervenção clínica e fomentar uma maior consciencialização dos profissionais de saúde sobre esta entidade, permitindo uma melhor identificação e abordagem terapêutica deste quadro.Círculo Médico2020-09-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2184-06282020000300254Gazeta Médica v.7 n.3 2020reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2184-06282020000300254Ferreira,TiagoOliveira,CatarinaDehanov,SaraFigueiredo,InêsDias,ManuelMorins,Marianainfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T17:32:08Zoai:scielo:S2184-06282020000300254Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:35:01.135999Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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