Problemas de desequilíbrio externo na economia portuguesa. Uma análise empírica no quadro da abordagem monetária

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Antão, Mário Patinha
Data de Publicação: 1998
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.5/24320
Resumo: Parte do entusiasmo que se verificou com a ascensão do monetarismo ao estatuto de corrente dominante no pensamento económico contemporâneo desvaneceu-se nos últimos anos a medida que a evidencia ia mostrando que as relações macro-económicas estruturais e os processos dinâmicos de ajustamento eram significativamente mais complexos do que o monetarismo assumia. Em particular, e como e geralmente reconhecido, os bancos centrais rapidamente desapontaram os defensores da adopção de regras Friedmanianas na condução da política monetária. Este facto verificou-se também nos bancos centrais de maior pendor monetarista, como os dos EUA, Inglaterra e RFA. A atribuição de uma maior importância aos factores de incerteza, designadamente pelo reconhecimento do papel decisivo que as expectativas do sector privado têm no êxito ou insucesso da política monetária, está na origem do facto de que os bancos centrais jamais abdicaram de utilizar elementos de avaliação subjectiva, produto da sua experiência, na formulação das suas decisões estratégicas ou de gestão corrente. Este estado de coisas reavivou naturalmente o debate regras ou acção discricionária e reforçou a influência de abordagens ecléticas, alargando-se assim a área de consenso entre monetaristas, neo-keynesianos e "novos" neo-clássicos. Frequentemente a abordagem monetária e seleccionada como ponto de partida para uma análise empírica não só porque produz em regra resultados interessantes mas também porque os seus modelos, sendo ecléticos, suportam facilmente extensões. Neste contexto, e em face da evidência anteriormente recolhida sobre a economia portuguesa, parece promissor ensaiar-se a aplicação de um modelo do tipo PMC , isto e do tipo "pressão sobre o mercado cambial" , na esteira do que recentemente se tem feito com certo sucesso, no tocante a algumas pequenas economias abertas.
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