Infecção perinatal por Streptococcus agalactiae pode ser evitada: Prevalência da colonização em parturientes no Hospital São Marcos, factores de risco e a sua relação com a infecção perinatal.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Areal, Alexandra
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Nunes, Susana, Moreira, Moisés, Alberta Faustino, Maria, Cardoso, Luísa, Sá, Carla
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25754/pjp.2010.4432
Resumo: Introdução: O Streptococcus agalactiae (SGB) é o agente mais frequente de infecção neonatal precoce, sendo possível a sua prevenção. Em Portugal é desconhecida a prevalência de mulheres colonizadas por SGB. O estudo da Unidade de Vigilância Pediátrica refere uma revalência nacional de infecção neonatal por SGB de 0,5:1000 nados-vivos. Objectivo: Determinar a prevalência da colonização materna e da infecção perinatal por SGB no Hospital São Marcos, Braga (HSM) de modo a avaliar a importância da implementação do rastreio universal e o uso de medidas profiláticas. Método: De 1 de Fevereiro a 31 de Julho de 2005 foi realizado um estudo transversal com análise de coortes anichada, avaliando todas as grávidas assistidas para trabalho de parto no HSM e respectivos recém-nascidos. Os dados foram submetidos a análise estatística bivariada pelo teste do qui-quadrado, com um nível de significância de 5% (p<0,05). Resultados: A prevalência da colonização nas grávidas rastreadas na região de Braga foi de 34,9 % [Intervalo de confiança a 95% (IC95%), 31,5 – 38,3%]. No HSM o diagnóstico de infecção neonatal precoce por SGB ocorreu em 9:1000 recém-nascidos. O risco relativo de ocorrência de infecção perinatal entre os recém-nascidos dos grupos de mães rastreadas e não rastreadas foi de 0,3 [IC95%, 0,27 – 0,32]. Conclusão: O rastreio bacteriológico positivo para colonização materna por SGB associado à adequada profilaxia intraparto reduziu significativamente a infecção neonatal precoce, quando comparado ao grupo de gestantes não rastreadas (p=0,014). Consideramos ser recomendável a instituição do rastreio universal das grávidas e a profilaxia adequada quando indicada.
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