O conforto total do vestuário: design para os cinco sentidos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Broega, A. C.
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Silva, Maria Elisabete
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1822/19302
Resumo: Quando se projeta um produto de Design, na maior parte das vezes o sentido mais valorizado pelo designer é a visão, pois é aquele que melhor aprecia a estética e harmonia, descorando sentidos como o olfato, o tato e até a audição. É frequente verificar que belas e funcionais construções arquitetõnicas, tem lacunas no que diz res- peito a isolamento acústico entre pisos ou a problemas de exaustão de odores das cozinhas e fumos de lareiras. Quem é que já não se queixou do odor da sua roupa quando deixa um restaurante de churrasco ou grelhados ou mesmo o cheiro a tabaco que se entranha no vestuário após uma noite numa discoteca mal ventilada? À medida que os produtos têm uma maior proximidade com corpo humano como, por exemplo, o mobiliário de utilização quotidiana, o problema torna-se mais com- plexo como é o caso das cadeiras e sofás, com os quais a nossa pele entra em contato direto. Uma cadeira de metal no Inverno torna-se desagradável quando nos sentamos, principalmente se pousarmos os nossos braços mais descobertos sobre os braços metálicos que muitas vezes até são pouco confortáveis ergonomicamente (caso dos fabricados com tubos metálicos cilíndricos que não per- mitem o correto apoio do cotovelo). Um sofá revestido por materiais que não permitam a respiração da pele, pode também ser muito incômodo num dia de calor. Estes são alguns exemplos de produtos de design desen- volvidos sem ter em consideração os restantes sentidos para além da visão, tornando-se especialmente proble- mático quando se trata de matérias que estão diariamente em contato com a nossa pele, como é o caso do vestuário. O vestuário é a nossa segunda pele, para além da função estética ele tem principalmente a função protetora. Não se pode falar em design de vestuário sem falar em con- forto, podendo mesmo dizer que o design de vestuário e o conforto total do vestuário são indissociáveis. Ainda que um implica o outro, em última instância o design Moreira, Samantha C. O. et al. Briefing: Uma estratégia para o pro- jeto de Design de Ambientes. Artigo inédito. p.1-6, outubro. 2008b. Paula Glória Barbosa. Centro de Inovação para Ambientes ED/UEMG - Graduada em Design de Ambientes, UEMG. Amanda Trindade Madeira Araújo. Graduada em Design de Am- bientes, UEMG. Marina Montenegro de Holanda Lopes. Graduando em Design de Ambientes, UEMG. Samantha Cidaley de Oliveira Moreira. Designer de Ambientes, Msc - Gestora de Empreendedorismo e Inovação - CDE/IED. no sentido projectual não pode ser bem sucedido sem utilizar a componente da ciência do conforto. Com efeito, estudos de marketing mostram que os consu- midores atuais já não estão só interessados no vestuário com estética, na boa aparência, na qualidade do que “fica bem”, mas exigem cada vez mais, roupas com as quais se sintam confortáveis. Desejam que a sua indumentária esteja de acordo com as suas atitudes, funções e imagem que pretendem transmitir à sociedade mas, principal- mente, que sejam confortáveis. O marketing têxtil tem identificado que os consumidores envolvem, cada vez mais, na sua decisão de compra, para além do seu sentido visual, o toque, o cheiro, a intuição e a emoção. Em conseqüência desta atitude, uma maior importância está a ser atribuída à experiência/ato da “compra” do vestuário, sendo cada vez maior o interesse por tecidos mais agradáveis ao toque. “Se os estilos se aproximam cada vez mais, os consumi- dores tomam consciência de que os materiais têm dife- rentes valores e fazem a diferença através do bem-estar e do toque”, estudo de mercado, realizado pela RISC em 1999, a pedido da LYCRA1. Isto refere-se ao Conforto Sen- sorial e é devido a esta qualidade que os novos produtos se impõem no mercado. O conforto é já um parâmetro chave na seleção e compra de produtos têxteis, seja de vestuário ou produtos para o lar. O conforto é uma necessidade universal e fundamental para os seres vivos, pois todas as realizações podem ser consideradas como um esforço para melhorar os nossos níveis de conforto na vida. O vestuário e os têxteis são produtos essenciais usados diariamente, para se ter conforto (fisiológico e psicológico) e fundamentalmente assegurar as condições físicas apropriadas para a sobre- vivência do organismo.
id RCAP_1b3778d590744f42e43855d119dd1e71
oai_identifier_str oai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/19302
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling O conforto total do vestuário: design para os cinco sentidosConfortoAvaliação objectivaQuando se projeta um produto de Design, na maior parte das vezes o sentido mais valorizado pelo designer é a visão, pois é aquele que melhor aprecia a estética e harmonia, descorando sentidos como o olfato, o tato e até a audição. É frequente verificar que belas e funcionais construções arquitetõnicas, tem lacunas no que diz res- peito a isolamento acústico entre pisos ou a problemas de exaustão de odores das cozinhas e fumos de lareiras. Quem é que já não se queixou do odor da sua roupa quando deixa um restaurante de churrasco ou grelhados ou mesmo o cheiro a tabaco que se entranha no vestuário após uma noite numa discoteca mal ventilada? À medida que os produtos têm uma maior proximidade com corpo humano como, por exemplo, o mobiliário de utilização quotidiana, o problema torna-se mais com- plexo como é o caso das cadeiras e sofás, com os quais a nossa pele entra em contato direto. Uma cadeira de metal no Inverno torna-se desagradável quando nos sentamos, principalmente se pousarmos os nossos braços mais descobertos sobre os braços metálicos que muitas vezes até são pouco confortáveis ergonomicamente (caso dos fabricados com tubos metálicos cilíndricos que não per- mitem o correto apoio do cotovelo). Um sofá revestido por materiais que não permitam a respiração da pele, pode também ser muito incômodo num dia de calor. Estes são alguns exemplos de produtos de design desen- volvidos sem ter em consideração os restantes sentidos para além da visão, tornando-se especialmente proble- mático quando se trata de matérias que estão diariamente em contato com a nossa pele, como é o caso do vestuário. O vestuário é a nossa segunda pele, para além da função estética ele tem principalmente a função protetora. Não se pode falar em design de vestuário sem falar em con- forto, podendo mesmo dizer que o design de vestuário e o conforto total do vestuário são indissociáveis. Ainda que um implica o outro, em última instância o design Moreira, Samantha C. O. et al. Briefing: Uma estratégia para o pro- jeto de Design de Ambientes. Artigo inédito. p.1-6, outubro. 2008b. Paula Glória Barbosa. Centro de Inovação para Ambientes ED/UEMG - Graduada em Design de Ambientes, UEMG. Amanda Trindade Madeira Araújo. Graduada em Design de Am- bientes, UEMG. Marina Montenegro de Holanda Lopes. Graduando em Design de Ambientes, UEMG. Samantha Cidaley de Oliveira Moreira. Designer de Ambientes, Msc - Gestora de Empreendedorismo e Inovação - CDE/IED. no sentido projectual não pode ser bem sucedido sem utilizar a componente da ciência do conforto. Com efeito, estudos de marketing mostram que os consu- midores atuais já não estão só interessados no vestuário com estética, na boa aparência, na qualidade do que “fica bem”, mas exigem cada vez mais, roupas com as quais se sintam confortáveis. Desejam que a sua indumentária esteja de acordo com as suas atitudes, funções e imagem que pretendem transmitir à sociedade mas, principal- mente, que sejam confortáveis. O marketing têxtil tem identificado que os consumidores envolvem, cada vez mais, na sua decisão de compra, para além do seu sentido visual, o toque, o cheiro, a intuição e a emoção. Em conseqüência desta atitude, uma maior importância está a ser atribuída à experiência/ato da “compra” do vestuário, sendo cada vez maior o interesse por tecidos mais agradáveis ao toque. “Se os estilos se aproximam cada vez mais, os consumi- dores tomam consciência de que os materiais têm dife- rentes valores e fazem a diferença através do bem-estar e do toque”, estudo de mercado, realizado pela RISC em 1999, a pedido da LYCRA1. Isto refere-se ao Conforto Sen- sorial e é devido a esta qualidade que os novos produtos se impõem no mercado. O conforto é já um parâmetro chave na seleção e compra de produtos têxteis, seja de vestuário ou produtos para o lar. O conforto é uma necessidade universal e fundamental para os seres vivos, pois todas as realizações podem ser consideradas como um esforço para melhorar os nossos níveis de conforto na vida. O vestuário e os têxteis são produtos essenciais usados diariamente, para se ter conforto (fisiológico e psicológico) e fundamentalmente assegurar as condições físicas apropriadas para a sobre- vivência do organismo.Universidade de Palermo. Facultad de Diseño y ComunicaciónUniversidade do MinhoBroega, A. C.Silva, Maria Elisabete2010-072010-07-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1822/19302por1850-2032info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-21T11:58:18Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/19302Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:48:01.066425Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv O conforto total do vestuário: design para os cinco sentidos
title O conforto total do vestuário: design para os cinco sentidos
spellingShingle O conforto total do vestuário: design para os cinco sentidos
Broega, A. C.
Conforto
Avaliação objectiva
title_short O conforto total do vestuário: design para os cinco sentidos
title_full O conforto total do vestuário: design para os cinco sentidos
title_fullStr O conforto total do vestuário: design para os cinco sentidos
title_full_unstemmed O conforto total do vestuário: design para os cinco sentidos
title_sort O conforto total do vestuário: design para os cinco sentidos
author Broega, A. C.
author_facet Broega, A. C.
Silva, Maria Elisabete
author_role author
author2 Silva, Maria Elisabete
author2_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Universidade do Minho
dc.contributor.author.fl_str_mv Broega, A. C.
Silva, Maria Elisabete
dc.subject.por.fl_str_mv Conforto
Avaliação objectiva
topic Conforto
Avaliação objectiva
description Quando se projeta um produto de Design, na maior parte das vezes o sentido mais valorizado pelo designer é a visão, pois é aquele que melhor aprecia a estética e harmonia, descorando sentidos como o olfato, o tato e até a audição. É frequente verificar que belas e funcionais construções arquitetõnicas, tem lacunas no que diz res- peito a isolamento acústico entre pisos ou a problemas de exaustão de odores das cozinhas e fumos de lareiras. Quem é que já não se queixou do odor da sua roupa quando deixa um restaurante de churrasco ou grelhados ou mesmo o cheiro a tabaco que se entranha no vestuário após uma noite numa discoteca mal ventilada? À medida que os produtos têm uma maior proximidade com corpo humano como, por exemplo, o mobiliário de utilização quotidiana, o problema torna-se mais com- plexo como é o caso das cadeiras e sofás, com os quais a nossa pele entra em contato direto. Uma cadeira de metal no Inverno torna-se desagradável quando nos sentamos, principalmente se pousarmos os nossos braços mais descobertos sobre os braços metálicos que muitas vezes até são pouco confortáveis ergonomicamente (caso dos fabricados com tubos metálicos cilíndricos que não per- mitem o correto apoio do cotovelo). Um sofá revestido por materiais que não permitam a respiração da pele, pode também ser muito incômodo num dia de calor. Estes são alguns exemplos de produtos de design desen- volvidos sem ter em consideração os restantes sentidos para além da visão, tornando-se especialmente proble- mático quando se trata de matérias que estão diariamente em contato com a nossa pele, como é o caso do vestuário. O vestuário é a nossa segunda pele, para além da função estética ele tem principalmente a função protetora. Não se pode falar em design de vestuário sem falar em con- forto, podendo mesmo dizer que o design de vestuário e o conforto total do vestuário são indissociáveis. Ainda que um implica o outro, em última instância o design Moreira, Samantha C. O. et al. Briefing: Uma estratégia para o pro- jeto de Design de Ambientes. Artigo inédito. p.1-6, outubro. 2008b. Paula Glória Barbosa. Centro de Inovação para Ambientes ED/UEMG - Graduada em Design de Ambientes, UEMG. Amanda Trindade Madeira Araújo. Graduada em Design de Am- bientes, UEMG. Marina Montenegro de Holanda Lopes. Graduando em Design de Ambientes, UEMG. Samantha Cidaley de Oliveira Moreira. Designer de Ambientes, Msc - Gestora de Empreendedorismo e Inovação - CDE/IED. no sentido projectual não pode ser bem sucedido sem utilizar a componente da ciência do conforto. Com efeito, estudos de marketing mostram que os consu- midores atuais já não estão só interessados no vestuário com estética, na boa aparência, na qualidade do que “fica bem”, mas exigem cada vez mais, roupas com as quais se sintam confortáveis. Desejam que a sua indumentária esteja de acordo com as suas atitudes, funções e imagem que pretendem transmitir à sociedade mas, principal- mente, que sejam confortáveis. O marketing têxtil tem identificado que os consumidores envolvem, cada vez mais, na sua decisão de compra, para além do seu sentido visual, o toque, o cheiro, a intuição e a emoção. Em conseqüência desta atitude, uma maior importância está a ser atribuída à experiência/ato da “compra” do vestuário, sendo cada vez maior o interesse por tecidos mais agradáveis ao toque. “Se os estilos se aproximam cada vez mais, os consumi- dores tomam consciência de que os materiais têm dife- rentes valores e fazem a diferença através do bem-estar e do toque”, estudo de mercado, realizado pela RISC em 1999, a pedido da LYCRA1. Isto refere-se ao Conforto Sen- sorial e é devido a esta qualidade que os novos produtos se impõem no mercado. O conforto é já um parâmetro chave na seleção e compra de produtos têxteis, seja de vestuário ou produtos para o lar. O conforto é uma necessidade universal e fundamental para os seres vivos, pois todas as realizações podem ser consideradas como um esforço para melhorar os nossos níveis de conforto na vida. O vestuário e os têxteis são produtos essenciais usados diariamente, para se ter conforto (fisiológico e psicológico) e fundamentalmente assegurar as condições físicas apropriadas para a sobre- vivência do organismo.
publishDate 2010
dc.date.none.fl_str_mv 2010-07
2010-07-01T00:00:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1822/19302
url http://hdl.handle.net/1822/19302
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 1850-2032
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de Palermo. Facultad de Diseño y Comunicación
publisher.none.fl_str_mv Universidade de Palermo. Facultad de Diseño y Comunicación
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799132240842588160